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Que tal integrar sustentabilidade, cultura, meio ambiente e convívio social em um só projeto? Parece legal não é? É justamente isso que o Colégio Estadual Barão de Mauá, localizado no Conjunto Orlando Dantas, em Aracaju, vem desenvolvendo com o Projeto Sustentabilidade: Ambiental, Cultural e Social. A iniciativa é dos professores da rede estadual de ensino Sérgio Andrade e Sônia Magali dos Santos. O projeto tem o apoio da Secretaria de Estado do Meio Ambiente e dos Recursos Hídricos, Universidade Federal de Sergipe e Universidade Tiradentes.

Iniciado em maio de 2012, o projeto contou com o apoio da empresa Schlumberger Excellence in Educational Development, que desenvolveu um Workshop Colaborativo oferecido à direção, pedagogos, professores e alunos do Barão de Mauá, na cidade de Macaé/RJ. O workshop norteou a equipe sobre como trabalhar com programas como Scratch e a robótica e problemas ambientais.

Atualmente o projeto envolve 44 alunos do ensino fundamental e médio, que atuam como fiscais do meio ambiente, tendo como base a gestão de recursos humanos. Esses alunos passam inicialmente por um curso preparatório, com disciplinas de gestão de pessoas e outras disciplinas. Em 2013, os cursos preparatórios tiveram início em maio. Logo depois, os estudantes se tornam fiscais do meio ambiente ou monitores e futuros jovens cientistas.

Sustentabilidade

No quesito Sustentabilidade Ambiental, o projeto é estruturado por meio de ações e atividades educativas em prol da conservação do patrimônio escolar e da resolução das dificuldades interpessoais da comunidade estudantil de como lidar com a problemática do lixo, como reciclá-lo e como conservar o ambiente escolar limpo.

O objetivo do item ‘Sustentabilidade’ é capacitar alunos, denominados fiscais do meio ambiente, a partir da discussão do tema sustentabilidade ambiental e de temas transversais, a exemplo de bullying, diversidades cultural, religiosa e sexual, ética e moral.  De acordo com Sérgio Andrade, através de oficinas, apresentações culturais e workshop, os estudantes entendem que as medidas socioambientais e de conservação do patrimônio escolar deverão ser aplicadas pela própria comunidade estudantil na unidade de ensino.

Para a diretora do Colégio, Maria Cristina Santos, a importância é de estar formando cidadãos. “Com este projeto, os alunos vão sair daqui preparados não só em termos de conteúdos, mas com um aprendizado para a vida. Eles têm de saber que devem proteger a vida, o meio ambiente, os móveis da escola, o prédio, o ambiente; enfim, não estão aprendendo sozinhos; estão levando esta informação para a família, ampliando este ciclo”, frisou.
 
“Os planos de ação obedecem a um cronograma que viabiliza as práticas pedagógicas através de aulas quinzenais expositivas, oficinas, palestras e mostras pedagógicas que, uma vez postas em prática, através dos encaminhamentos de projetos paralelos desenvolvidos ao longo do ano, ofereceram suporte ao projeto”, revelou o professor Sérgio.

“Em cima da disciplina de gestão de pessoas, os ficais vão ajudar a diretora e os orientadores pedagógicos a construir um mundo de paz, um mundo de harmonia e um mundo de integração, de responsabilidade para que eles entendam que o jovem tem o direito e o dever de buscar responsabilidades para poder administrar uma escola melhor junto com a direção”, explicou o professor.

Para o professor Sergio de Andrade, os benefícios para os alunos são inúmeros. “Não é só um preparatório de conteúdos para entrarem no Enem. Eles vão ser avaliados tanto na universidade como no trabalho e na família como gestores. Eles vão aprender a buscar soluções para os problemas que a vida vai impor”, destacou Sérgio.

Para a fiscal do meio ambiente, estudante Ketlyn Taiane de Jesus Vieira, 13 anos, estudante do 9º ano do ensino fundamental, o trabalho é muito interessante. “Nós chegamos à sala e conversamos com os alunos. Às vezes eles entendem o que a gente fala, às vezes não. Mas quando eles experimentarem ser um fiscal do meio ambiente eles saberão o valor que é. O importante é que respeitam nosso trabalho”, destacou a jovem.

Social

No social, o projeto trabalha a integração do corpo de alunos com os professores. Existe o café filosófico, onde é desenvolvida a literatura, para que o professor possa entender melhor como é o cotidiano do aluno, o gosto musical e as ideias de mundo.

Além disso, o estudante entra como protagonista social. Sérgio de Andrade explica que na escola, normalmente, o protagonista é o professor. Porém, no caso do estudante Lemuel Moisés da Silva Lacerda, 16 anos, do 2º ano do ensino médio, participa do projeto não só como aluno, mas também como professor. “Eu tenho aula com Lemuel sobre os programas de Scratch e robótica. Ele tem facilidade com relação às tecnologias, nas áreas de exatas. Pelo fato de ele ser de uma geração que gosta mais de tecnologia, ele foi levado para participar das oficinas. Ele aprende e passa para nós professores e outros alunos”, disse o professor.

Lemuel disse que está aprendendo mais, tendo mais interação dentro da escola, principalmente na conscientização dos colegas e familiares. “Dentro do projeto eu aprendi uma programação que se chama Scratch. Neste programa, desenvolvo animações em que posso explorar todas as minhas ideias. Coloco o assunto que é debatido em sala de aula de um jeito mais gostoso de aprender”, informou Lemuel.

Cultural
 
No item cultural muda-se a mentalidade do lixo, que passa a ser transformado em resíduos sólidos.  O exemplo é o grupo musical Arte na Lata. “Nós observávamos que no cotidiano dos alunos eles batucavam a mesa com lápis, batiam o pé no chão. Entendi que com tanta energia guardada, eles poderiam ser ótimos percussionistas. Daí sugeri a formação do grupo trabalhando em cima dos resíduos sólidos como instrumentos musicais”, descreveu o professor Sérgio.

No projeto, os jovens pegam baldes, cabos de madeira, latas de leite e constroem instrumentos musicais. Esse processo transforma a mentalidade das pessoas sobre o que é lixo.  Com criatividade eles levam o som com alegria e harmonia nos eventos.

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