Projeto `Arte em Toda Parte´ encanta o conjunto Sol Nascente
Nesta quinta edição, o projeto ampliou a programação incluindo mais opções de oficinas e atividades recreativas, esportivas e culturais, agradando as dezenas de crianças, jovens e adultos que prestigiaram a iniciativa.
O resgate das brincadeiras e jogos populares na praça, por exemplo, promoveu a integração entre os pequenos. As crianças vibravam ao brincar de queimado, bambolê, pula corda, bola de gude e disputavam para andar de tamanco chinês ou pular na cama elástica.
Enquanto uns corriam pelo espaço da festa, outros participavam concentrados das oficinas de desenho, pintura, teatro, capoeira, xadrez, dama, percussão e brinquedos com material reciclado. Marcelo dos Santos Oliveira, 13 anos, não escondia a satisfação no rosto ao mostrar a pipa que confeccionou durante a oficina. “Achei fácil montar minha própria pipa. Basta ter o material e criatividade”, conta.
Para os que gostam de ler e desenhar também estava disponível na praça uma espécie de sala de leitura ao ar livre com mesas, cadeiras, esteiras, almofadas, livros, revistas e lápis de cor. De fato, o ambiente aconchegante atraiu os pequenos que participaram atentos da `Hora do Conto´, ou que simplesmente deram asas à imaginação lendo e desenhando.
Morador do bairro há 19 anos, Felipe Johannes fez questão de levar os irmãos Patrícia e Vinícius, ambos 6 anos, para a sala de leitura. “Considero importante incentivar o desenho para desenvolver a coordenação motora e o hábito da leitura para instigar a percepção deles”, comenta. Ele também elogiou a proposta do projeto. “A festa está muito bonita. Não lembro ter visto no bairro uma iniciativa que integrasse tantas opções de lazer e cultura”, frisa.
Integração
O projeto `Arte em Toda Parte´, além de atrair os moradores do bairro Sol Nascente também aproximou desta comunidade alguns grupos artísticos de algumas instituições da cidade. O Instituto Lourival Fontes, por exemplo, levou cerca de 30 alunos especiais para participar das atividades recreativas e das oficinas de pintura, teatro e capoeira.
Segundo Wilma Rabelo, responsável pelo esporte adaptado da Funcaju, a inserção desses alunos no projeto é uma forma de promover a inclusão social. “É fundamental trazê-los para que eles sintam-se iguais aos ditos ‘normais’. Além disso, estar presente nas oficinas, brincadeiras e apresentações culturais eleva a auto-estima e faz com que eles sintam-se capazes”, defende.
Para contribuir com o brilhantismo da festa, as crianças do grupo ´Talentos de Aracaju´, da Escola de Artes Valdice Teles arrancaram aplausos após cantar o repertório que incluía canções como ´Cheiro da terra´ , ´Aquarela do Brasil’ e ‘Minha cidade é Aracaju´. Enquanto isso, a roda de capoeira comandada pelos 20 alunos iniciantes que compõem o grupo ´Casa Grande´, do Projeto dó-ré-mi, desenvolvido pela Escola Municipal Anísio Teixeira, mostravam habilidade e disciplina nos movimentos executados.
Para o instrutor da oficina de percussão, Tontói, que também é professor no projeto ´Recriando Caminhos´, envolver as crianças com os ritmos musicais promove a inclusão social. “A música tem um fantástico poder de transformação social e a percussão é instrumento popular que atrai muita gente”, diz. “Por outro lado, as oficinas musicais consistem num canal favorável para que se possa conhecer a diversidade de ritmos da cultura sergipana”, finaliza.
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