Programas da Semarh irão contribuir com o ‘Brasil Sem Miséria’
A partir das elaborações do Programa Florestal de Sergipe e do Programa de Combate à Desertificação que estão sendo desenvolvidos pela a Secretaria de Estado do Meio Ambiente e dos Recursos Hídricos (Semarh), uma nova iniciativa está sendo desencadeada pelo órgão: a de interagir, por meio da utilização sustentável integrada e múltipla dos recursos florestais, com o projeto do Governo Federal ‘Brasil Sem Miséria’.
Em reunião na sede da Semarh, com o diretor de Combate à Desertificação do Ministério do Meio Ambiente, Francisco Campello, foi apresentada a proposta trazida pelo membro do MMA, de elaboração de um projeto que nasce a partir de uma característica comum entre ambos os programas: o desmatamento. A ideia é o enfretamento à problemática por meio da utilização sustentável dos recursos florestais.
“A Semarh tem dois importantes programas. Um que aponta o quantitativo das florestas do estado e o despertar de estratégias para a sua melhor gestão. Outro que busca o embate à desertificação. Em suma, eles sinalizam o desmatamento da vegetação nativa como autor dos problemas e apontam a dois vetores. Um é a utilização da lenha como fonte energética e o outro é a utilização da vegetação nativa como fonte de forragem para os animais na pecuária extensiva, ambos sem critérios de sustentabilidade e sem planejamento”, afirmou Campello.
Explicando o Programa de Combate à Desertificação, Campello diz que com o processo de desertificação a vegetação se reduz ou acaba totalmente esgotando a sua capacidade de interagir para melhorar os sistemas produtivos e a manutenção dos serviços ambientais. “Já no Programa Florestal do Estado foi observado, por meio de diagnóstico realizado pela Fundação Araripe, que o Estado de Sergipe tem apenas 13% de sua total cobertura na vegetação nativa. Em ambos os casos o desmatamento ocorre por força da ação humana”, afirma.
“A criação do projeto promove a utilização sustentável dos recursos florestais por meio da utilização de técnicas de manejo integrado a agrobiodiversidade que permite, sobretudo, a segurança alimentar de uma população do semiárido sergipano. O projeto está inscrito no Fundo Clima do Governo Federal”, disse Campelo.
Segundo o secretário, Genival Nunes, a Semarh estará empenhada em trabalhar pela elaboração do projeto. “A proposta de criar um projeto que nasce a partir de dois importantes programas ambientais coordenados pela Semarh, é de inegável satisfação para o Governo do Estado”, declara.
Genival explicou que os dois programas buscam contribuir para a proteção do meio ambiente e o desenvolvimento socioeconômico da região por meio da utilização sustentável dos recursos da agrobiodiversidade. “Eles ainda vem dialogar com um projeto de inclusão social como o ‘Brasil Sem Miséria’”, frisa.
Bolsa Verde
Uma experiência com projetos que contribuem com o Plano Brasil Sem Miséria é o coordenado pelo Ministério do Meio Ambiente, através da Secretaria de Extrativismo e Desenvolvimento Rural Sustentável. Denominado Bolsa Verde, o programa incentiva a conservação dos ecossistemas brasileiros, promove a cidadania de quem vive na floresta.
Participaram da reunião, a superintendente de Biodiversidade e Florestas, Valdineide Santana; o superintendente de Qualidade e Educação Ambiental da Semarh, Lício Valério Lima; e o engenheiro Florestal da Fundação Araripe, Stephenson Ramalho, que na ocasião representou o presidente do Conselho Deliberativo da Fundação Araripe, Pierre Maurice Gervaiseau.
[/vc_column_text][/vc_column] [vc_column width=”1/3″][vc_column_text]- Programas da Semarh irão contribuir com o ‘Brasil Sem Miséria’ – Fotos: Igor Andrade/Semarh