Profissionais de Capela e Socorro são treinados para realizar teste de HIV
Técnicos do Programa de DST/AIDS da Secretaria de Estado da Saúde (SES) estão capacitando 35 profissionais das cidades de Capela e Nossa Senhora do Socorro para a realização do teste rápido diagnóstico de HIV. São médicos, enfermeiros, auxiliares de enfermagem, biomédicos e técnicos de laboratório que atuam nas maternidades desses municípios. O curso teve início na quarta-feira, 5, e será encerrado na tarde desta sexta-feira, 7, com o treinamento prático.
Segundo a enfermeira Mônica Rocha, técnica do programa estadual, a iniciativa dá continuidade a uma série de capacitações para a implantação do teste rápido diagnóstico. "Profissionais de 10 maternidades de Sergipe já foram capacitados e o serviço vem sendo realizado regularmente nessas unidades. Na capital, nas maternidades Santa Helena, Santa Isabel e Hildete Falcão Baptista, e nos municípios de Itabaiana, Simão Dias, Estância, Lagarto, Neópolis, São Cristóvão e Riachuelo", disse.
"O objetivo é reduzir a transmissão vertical do vírus HIV, que pode acontecer da mãe para o bebê na gestação, durante o parto ou na fase de amamentação. Com o diagnóstico precoce e o tratamento adequado, é possível reduzir de 25% para 3% o risco de transmissão. Essa é uma das metas do programa estadual", acrescentou a técnica. Atualmente, existem 53 casos confirmados de crianças portadoras do vírus em Sergipe.
Mônica Rocha afirmou que os municípios de Capela e Nossa Senhora do Socorro são considerados estratégicos para esta ação. "A implantação do teste rápido é muito importante nestas localidades. Nossa Senhora do Socorro é a segunda cidade sergipana com o maior número de casos confirmados da doença. Já em Capela, são realizados cerca de 300 partos por mês", comentou a enfermeira, ressaltando que todo o material para realização do exame é fornecido pelo programa nacional de DST/AIDS.
Por ser um método caro, o teste rápido diagnóstico está restrito a um público específico. O procedimento é utilizado em situações extremas, a exemplo de gestantes no último trimestre de gravidez, parturientes que não fizeram a sorologia durante o pré-natal, além de pacientes com ansiedade elevada e de difícil controle, entre outros casos graves. O teste permite um diagnóstico preciso em pouco tempo, aproximadamente 20 minutos, mesmo sem dispor de estrutura laboratorial.
Projeto amplo
A técnica destacou ainda que a implantação do teste nas maternidades e nos Centros de Testagem e Aconselhamento (CTAs) integra um projeto amplo do programa para reduzir a transmissão vertical da sífilis e do vírus HIV. "Uma das metas para o próximo ano é envolver também a Atenção Básica nesse trabalho, que deve começar no período de pré-concepção. Antes mesmo de engravidar, as mulheres devem procurar um médico e realizar todos os exames necessários", concluiu a enfermeira.
[/vc_column_text][/vc_column] [vc_column width=”1/3″][vc_column_text]- Profissionais de Capela e Socorro são treinados para realizar teste de HIV – Foto: Márcio Garcez/Saúde