Prefeitura de Aracaju apóia criação de Casa Cultural no bairro Farolândia

[vc_row][vc_column width=”2/3″][vc_column_text]O estímulo ao hábito da leitura, o resgate às brincadeiras tradicionais de rua, o atendimento psicológico prestado às crianças e aos adolescentes com dificuldades de aprendizagem e a formação de um grupo teatral infantil. Estes são alguns dos projetos que a Associação Cultural Careca & Camaradas irá trabalhar com as camadas populares do bairro Farolândia. Isso tudo irá acontecer a partir do dia 1º de dezembro, quando acontecerá a inauguração da associação, às 19 horas, na rua Aquilino Macena (M6), 295, 6ª etapa, conjunto Augusto Franco.

Apoiada pela Prefeitura de Aracaju e outras entidades, a associação será implantada com a finalidade principal de atuar junto às crianças, criando condições para que venham ser cidadãos conscientes.

Na primeira etapa a associação iniciará sua atuação com o projeto “Vamos Brincar de Ler?”, através da disponibilização de revistas e outras publicações infanto-juvenis em local apropriado. Este projeto centra seus trabalhos no incentivo à leitura, além de levar para as escolas públicas o hábito de leitura através da revista em quadrinhos, criando condições para retirar as crianças do ócio improdutivo, preparando-as para adentrar no universo das discursões modernas.

Segundo Carlos Marx Prejuízo, coordenador Geral da Casa Cultural Careca & Camaradas, a idéia é trazer o espírito de coletividade garantindo que todos tenham acesso aos seus direitos conquistando a necessária qualidade de vida.

Quem é Careca?

Um homem simples, trabalhador desde jovem, estudando enquanto pôde em escolas, mas que possuía o hábito da leitura e da conversação com um vasto número de pessoas, desde gente humilde até intelectuais. Sobretudo um homem preocupado não somente com o sustento da família, para qual era um exemplo de dedicação, mas preocupado com o mundo e o destino das pessoas.

Assim era Gervásio dos Santos, o esposo, o pai de família, o avô solícito, o trabalhador responsável, o amigo sempre disposto a apoiar ou solidarizar-se. E também o Camarada de tantos militares e sonhadores de um grande ideal, de um grande sonho: o de conquistar para toda a humanidade uma sociedade justa, em que todos pudessem viver com dignidade. Tendo direito ao trabalho, a alimentação, à moradia, à saúde, à educação, aos esportes, enfim, à cidadania.

Gervásio dos Santos nasceu em Laranjeiras, em 1916, e cedo sua família veio morar em Aracaju. Aqui, trabalhou nos correios como telegrafista e exercendo outras funções. Sofreu por causa das lutas sociais. Em 1964, com o golpe militar, além de preso e processado, foi demitido dos correios, iniciando uma nova luta pela sobrevivência, tornando-se jornaleiro, primeiro vendendo jornais pelas ruas, depois estabelecendo-se com uma banca de jornais. Banca que mudou de local e para onde ia, iam também seus fregueses e freqüentadores, transformando-se num ponto de encontro de políticos, intelectuais e de seus companheiros, seus camaradas. Careca faleceu em 1ª de dezembro de 1995, com 79 anos de idade.

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