[vc_row][vc_column width=”2/3″][vc_column_text]O Centro de Atendimento Pedagógico às Pessoas com Deficiência Visual (CAP) está evoluindo a prática pedagógica de alfabetização em braile no município de Aracaju. Diariamente, de segunda a sexta, as 150 pessoas portadoras de necessidades especiais, entre jovens e adultos, adquirem o conhecimento da leitura através do tato e desenvolvem a percepção e a mobilidade no mundo visual. Além deles, crianças também estão sendo iniciadas ao convívio social e ao ambiente de brinquedos, sons e hábitos sociais.

“Aqui também trabalhamos com a iniciação de crianças com perda total da visão ou com baixo índice de percepção visual. Isso para que elas possam conhecer através das diversas atividades que realizamos o mundo que as rodeiam. Brinquedos, sons, objetos do dia-dia, tudo é mostrado por meio do tato para que conquistem a auto confiança e possam aprender pequenas coisas do cotidiano, como ir ao banheiro sozinho”, declara a professora Maria Gleide da Cruz.

Trabalhando há 22 anos com educação infantil, ela ressalta a importância de desenvolver os demais sentidos da criança para que, no futuro, possa realizar suas necessidades básicas sem a dependência de outra pessoa. A professora se declara satisfeita com o desenvolvimento da seção infantil, iniciada em agosto de 2004. “É gratificante perceber a evolução de cada criança que entrou aqui. Tenho uma aluna de um ano que através de uma palavra emitida, conhece a minha voz”, afirma emocionada.

Atualmente são atendidas quatro crianças, duas vezes por semana, durante o período de duas horas. Entre elas está Elton Matos dos Santos, de apenas 4 anos de idade, a manusear objetos, especificando-os. “Ele é um menino esperto, consegue distinguir brinquedos, objetos femininos e masculinos. Ontem fez até um desenho mostrando como tinha sido as férias”, diz Maria Gleide.

Na seção destinada à alfabetização em braile, os alunos são incluídos no mundo letrado e recebem orientação de mobilidade, para que conquistem a independência para transitar pelos locais urbanos. “Os jovens têm maior interesse em participar dessas aulas. Já pessoas mais idosas, pelo fato de terem acompanhantes, não se interessam muito por esta atividade”, explica Floripes Guimarães, professora da instituição.

Segundo ela, muitos do que passaram pelo centro de atendimento estão dando continuidade aos estudos nas escolas da rede pública, chegando a freqüentar o ambiente universitário. “Apesar de não ter participado como aluno daqui, tem um garoto que ingressou na universidade e sempre vem aqui para utilizar o nosso material didático”, afirma Floripes.

“Estou há um ano freqüentando o centro e me sinto bastante contente em poder estudar. No início foi difícil, pois na verdade é um processo lento, de memorização. Mas já aprendi letra por letra e em breve estarei freqüentando uma sala de aula para fazer o supletivo e dar continuidade aos meus estudos”, declara Robson Santana, portador de deficiência visual.

O Centro de Atendimento Pedagógico às Pessoas com Deficiência Visual (CAP) é mantido pela Prefeitura de Aracaju, através da Secretaria Municipal de Educação (Semed). Maiores informações podem ser obtidas pelo telefone 3179-1886.[/vc_column_text][/vc_column] [vc_column width=”1/3″][vc_column_text]

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