Política de saúde mental do município avança com inauguração de centro de apoio a dependentes químicos
“Estamos vivendo talvez o mais profundo processo de mudança na política pública de saúde em Aracaju. A cada passo dado a estrada se alonga, principalmente quando o assunto é saúde ou educação. Mas isso não é motivo para desistirmos, e sim um estímulo”, disse o prefeito Marcelo Déda. “Somos obrigados a buscar constantemente um ideal, o que nos leva a provocar profundas melhoras, algumas até com certo grau definitivo na afirmação dos direitos das pessoas e do respeito que temos pela sociedade”, completou.
Aracaju é uma das cidades que mais avançou na área de saúde mental nos últimos anos. Em 2001, uma organização não-governamental e alguns hospitais conveniados ofereciam tratamento a deficientes mentais e dependentes químicos. De lá para cá, o conceito de atendimento a este público foi reformulado e quatro novos prédios – três para transtornos mentais graves e um para dependência química – foram entregues. “É impossível que alguém minimamente comprometido com a verdade não chegue à conclusão de que nós não apenas mudamos, nós revolucionamos a saúde pública em Aracaju”, enfatizou o prefeito. “A política de saúde mental é a prova da dimensão humana do nosso projeto porque optamos por acabar com o conceito de manicômio, que afasta as pessoas de suas famílias e da sociedade, para prestarmos um atendimento humanizado e integrador”, explicou.
O novo prédio, que era apenas um antigo mercado abandonado, tem capacidade para atender uma média de 200 pessoas. “Isto é prova do cuidado que esta administração tem como o patrimônio público”, afirmou o secretário municipal de Saúde, Rogério Carvalho. Ele destacou que Aracaju é uma das cidades brasileiras com melhor atendimento a portadores de deficiência mental e dependentes químicos. “Aracaju tem 460 mil habitantes e no mês que vem terá cinco CAPS, enquanto Recife tem o triplo da nossa população e quatro unidades”, exemplificou.
Estrutura
De acordo com Ana Raquel Lima, coordenadora de saúde mental do município, o CAPS Primavera tem duas oficinas de vivência para trabalhos de integração social, cinco consultórios, três salas de oficinas para atividades diversificadas, um mini-auditório com capacidade para 40 pessoas e um refeitório. As equipes que trabalham com projetos terapêuticos individuais para os dependentes químicos e são compostas de psicólogos, assistentes sociais, enfermeiros, auxiliares de enfermagem, terapeutas ocupacionais, “oficineiros” e professores de educação física.
No final da solenidade, os presentes tiveram o privilégio de ouvir o Coral Renascer, formado por cerca de 20 usuários do próprio CAPS, cantando a música Cheiro da Terra, do Grupo Cataluzes.[/vc_column_text][/vc_column] [vc_column width=”1/3″][vc_column_text]
- Política de saúde mental do município avança com inauguração de centro de apoio a dependentes químicos – Fotos: Márcio Dantas