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Seis delegados da Polícia Civil de Sergipe concederam entrevista coletiva na manhã desta terça-feira, 3, na Academia de Polícia Civil (Acadepol) para revelar os detalhes da operação que prendeu sete integrantes de uma quadrilha que agia em todo o Nordeste. A última ação criminosa praticada pela quadrilha aconteceu na semana passada, quando roubaram cerca de R$ 50 mil do banco Bradesco de Maceió, capital alagoana. O trabalho da Divisão de Inteligência e Planejamento Policial (Dipol foi fundamental para a identificação dos componentes da quadrilha. 

Durante a operação, foram presos o cearense Cícero de Souza Silva, 36, Marcos dos Santos Pinto, 26, natural de Alagoas, Adriano Florêncio dos Santos, 30, sergipano, Gilson Monteiro Lima, 42, de Pernambuco, Sérgio Carneiro da Silva, 34, da São Paulo, Altamiro de Souza Brandão Júnior, 30, o ‘Júnior Gordo’, também sergipano, e o líder da quadrilha, o pernambucano Péricles Alexsandro de Lima, 30, conhecido como "Alex Pitbull". Eles foram presos simultaneamente na cidade de Barra dos Coqueiros, nas imediações da Linha Verde próximo ao município de Conde (BA) e nos bairros São Conrado, Ponto Novo e conjunto Médici, em Aracaju.

Na Barra dos Coqueiros, eles alugaram uma casa na Praia da Costa e a utilizavam como base para articular as ações criminosas. Investigações da polícia confirmaram que o imóvel foi alugado pelo sergipano Adriano Florêncio por determinação de José Nadson, que está foragido. A informação é que eles chegaram em Sergipe trazidos pelo sergipano Júnior Gordo, especialista nesse tipo de delito, e que já foi preso quatro vezes pelo mesmo crime.

De acordo com o titular do Departamento de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP), delegado Cristiano Barreto, a investigação que terminou com a prisão da quadrilha teve início em abril deste ano com o intuito de apurar o assassinato do ex-presidiário Antônio Carlos Lima Santos, 24 anos, conhecido ‘Tonho’, ocorrido na enfermaria do Hospital Garcia Moreno, em Itabaiana, distante 56 km de Aracaju.

Quadrilha

No decorrer das investigações, a Polícia Civil descobriu que um dos integrantes da quadrilha, que invadiu o hospital Garcia Moreno, mantinha contato com José Nadson. Analisando todos os indícios, os policiais descobriram que Nadson era membro de uma quadrilha interestadual responsável por assaltar agência bancárias nos Estados de Alagoas, Rio Grande do Norte, Pernambuco, Bahia e Sergipe. "A informação é que eles não iriam cometer roubos no Estado, iam apenas utilizar o nosso território como base para assaltar os estados vizinhos", contou Cristiano.

Segundo o coordenador das Delegacias de Polícia da Capital, delegado João Eloy, quando agiram pela última vez em Sergipe, em agosto de 2005, durante o assalto ao Banco do Brasil da cidade de Lagarto, o líder da quadrilha apresentada nesta terça-feira, Alex PitBull, pertencia ao bando de Francimar Carneiro, morto em confronto com a polícia sergipana após dias de perseguição. "Com a morte de ‘Francimar’, Alex PitBull assumiu o comando e formou uma nova quadrilha com integrantes de vários Estados do país", declarou.

A Polícia apreendeu com o bando cinco carros: um Citroen C4 Pallas (KKW-8548 / Recife-PE), um Fiat Strada (DLC-0333 / São Paulo-SP), um Celta (HZZ-9788 / Aracaju-SE), um Fiat Uno (Jaboatão dos Guararapes-PE) e uma Frontier roubada no último sábado em Maceió. O delegado João Eloy informou que foi encontrado dentro da estrutura da carroceria do Fiat Strada um Fuzil AR-15 e uma Pistola ponto 40. "Eles retiraram a lanterna do carro e colocaram as armas nesse espaço", disse, lembrando que as armas seriam usadas nesta segunda-feira em um assalto a uma agência bancária da cidade Coronel João Sá, interior da Bahia.

Também foram apreendidos um revólver calibre 38, duas metralhadoras, 67 munições de calibre 556, utilizadas em fuzis AR-15, dezenas de munições para pistolas, luvas, perucas e vários capuzes.

Foragidos

Conforme levantamentos da Polícia Civil, a quadrilha não se restringe aos sete integrantes presos. "Há outras pessoas envolvidas e um deles,  Nadson, já foi identificado, mas não se encontra mais em Sergipe", explicou. O delegado declarou que uma equipe de delegados da Polícia de Alagoas veio ao Estado acompanhar a lavratura dos procedimentos.

Os sete integrantes vão responder em Sergipe pelos crimes de formação de quadrilha, porte ilegal de arma de fogo de uso restrito e uso de documento falso. Além desses crimes, vão responder também pelo crime de roubo e a uma agência bancária em Alagoas.

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