PMA trabalha para acabar com o lixo indevidamente depositado nas ruas da cidade
Todo esse entulho é lançado indevidamente nas ruas e avenidas da capital, contribuindo para a poluição, entupimento de córregos e bueiros, proliferação de insetos e ratos, causando em consequência disso um aumento no risco de proliferação de doenças. Diariamente a Emsurb recolhe entulho em diferentes pontos de toda a cidade, além disso, disponibiliza 30 caixas coletoras para esse tipo de dejeto.
Mesmo assim, todos os dias o lixo volta a ser colocado nas avenidas, ruas e terrenos baldios, da zona norte a sul de Aracaju. Segundo o coordenador de aterro, balanço e remoção de entulho da Emsurb, Reinaldo Souza, alguns pontos são mais críticos, a exemplo das avenidas Airton Teles, Simeão Sobral, Francisco Moreira, Visconde de Maracaju e Brasil.
De acordo com Souza, boa parte do entulho espalhado na capital é deixada pelos carroceiros. Esta ação pode causar muitos problemas para população local como, por exemplo, o aumento indiscriminado de mosquitos. O coordenador ainda afirma que, quando um carroceiro é descoberto em flagrante depositando entulho, o animal é apreendido, podendo apenas retirar mediante pagamento de multa.
“O simples ato de apreender o animal não é suficiente, pois o carroceiro tem a opção de pedir um outro emprestado para um colega, desta forma podendo continuar agredindo o Meio Ambiente. Estamos estudando a possibilidade de realizar um cadastro dos carroceiros, o que nos possibilitará ter um controle maior, bem como pensar também em novas medidas punitivas para o carroceiro infrator”, explica Reinaldo Souza.
Conscientização
A maior conscientização quanto aos cuidados com o Meio Ambiente deve estar presente no cotidiano dos aracajuanos. Muito do lixo produzido nas residências, desde que adequadamente tratado, pode ser reutilizado através da reciclagem, gerando fonte de renda e emprego, além disso contribuindo para a preservação ambiental.
“Infelizmente as campanhas de educação ambiental realizadas pela PMA ainda não surtem muito efeito com adultos, apenas as crianças e adolescentes aparentam compreender o quanto é importante respeitar o Meio Ambiente e não deixar a cidade suja. A conseqüência torna-se evidente com qualquer chuva mais intensa que cai em Aracaju, com bueiros entupidos, ruas alagadas e o lixo boiando nos rios. Mas não vamos parar de trabalhar para construirmos todos os dias uma cidade ainda mais bonita e limpa”, afirma Souza.
A equipe da Agência Aracaju de Notícias (AAN) esteve em alguns locais onde geralmente são depositados indevidamente lixo, ouvindo pessoas sobre a consciência ambiental. O lanterneiro José Augusto dos Santos, 34, que há três anos trabalha em uma oficina na avenida Brasil, no bairro América, disse que todos os dias carroceiros e os próprios moradores deixam cascalhos, restos de alimentos, folhas, sementes, restos de carne, papéis, madeira, até sofás naquela localidade.
“O carro do lixo passa em dias programados, mas mesmo assim as pessoas não aguardam e sujam a avenida. O pior é que não podemos nem reclamar, correndo o risco de sermos agredidos”, enfatiza José Augusto.
A equipe AAN esteve na avenida Brasil em duas oportunidades. Na primeira ao lado do canal o lixo era o protagonista. Um dia depois a equipe da limpeza passou pelo local e recolheu tudo. Após 48 horas, lá estava o canal da avenida Brasil novamente tomada por uma quantidade considerável de lixo.
Limpeza regular
A avenida Airton Teles, quando atingida pelas fortes chuvas, rapidamente inunda devido aos entupimentos dos bueiros causados pelo lixo. A Agência Aracaju de Notícia esteve no local e acompanhou o trabalho de limpeza realizado pela Emsurb, responsável pela coleta do lixo em Aracaju. “Nós limpamos a cidade todos os dias. Por mais que passemos com o latão de lixo ao lado das pessoas, existem aqueles que preferem jogar no chão”, conta Antônio dos Santos, 62, há 10 anos trabalhando na coleta de lixo da capital.
O simples fato de jogar uma embalagem de bala no chão pode causar problemas sérios no fluxo dos esgostos e canais. O conjunto Augusto Franco é mais um exemplo negativo no quesito limpeza. Há 25 anos a senhora Luciana Silva reside na terceira etapa do conjunto e reafirma que as pessoas não pensam na conseqüência dos atos.
“Hoje quando chega o entardecer temos que fechar todas as portas da casa, pois as muriçocas e ratos entram em cena nos deixando reféns do nível de sujeira das canais. Pior somente o lixo na frente dos apartamentos, mesmo tendo latões apropriados para receber os dejetos domiciliares”, aponta a senhora.
Para o senhor Pedro Travassos, morador da quarta etapa do conjunto, o local tem tudo para ser limpo, pois o serviço de coleta domiciliar passa três vezes por semana. “No mesmo dia em que o lixo é recolhido ou os canais são limpos, as pessoas sujam novamente. Uma vez eu reclamei com um carroceiro que estava atirando entulho no canal, mas ele quis me agredir”, relata Pedro Travassos.
Você sabia?
– Segundo informações do site www.sobrelixo.tk, cada brasileiro que viva até 70 anos de idade vai produzir 25 toneladas de detritos.
– O Brasil produz cerca de 220 mil toneladas de lixo por dia sendo 90% depositado a céu aberto.
– Menos de 5% do lixo urbano é reciclado.
– O lixo causa enchentes entupindo bueiros e diminuindo a vazão de água. É um dos maiores problemas da sociedade moderna. É uma bomba-relógio. Calcula-se que 30% do lixo brasileiro fique espalhado pelas ruas das grandes cidades.
– Em Nova York, são aplicadas multas de até 300 dólares para o cidadão que não faz a triagem em casa separando papéis, latas, plásticos e vidros.
– Para a fabricação de uma tonelada de papel são consumidas 17 árvores. Com 40 kg de papel velho se evita o corte de uma árvore.
– Se 1 milhão de pessoas usarem o verso do papel para escrever e desenhar, a cada mês será preservada uma área de floresta equivalente a 18 campos de futebol.
– A reciclagem de uma única latinha de alumínio economiza energia suficiente para manter um aparelho de TV ligado durante três horas.
– Tempo de decomposição :
Embalagens plásticas : mais de 100 anos
Papéis : de 3 a 6 meses
Latas de alumínio : 100 anos
Tampa de Garrafa : 150 anos
Vidro : mais de 10.000 anos
– Reciclagem no país :
Papel de Escritório 22%
Papelão ou Papel Ondulado 72%
Latas de Aço 40%
Latas de Alumínio 78% !!!
Vidro 40%
Plástico Rígido 15%
Plástico PET (garrafas de refrigerante) 26%
Por Fábio Lelis[/vc_column_text][/vc_column] [vc_column width=”1/3″][vc_column_text] [/vc_column_text][/vc_column][/vc_row]