PMA realiza terceira edição do Concurso Garoto e Garota Peti
Emoção, charme e muita descontração foram os ingredientes que contagiaram o desfile. Antes os preparativos. Cada concorrente caprichou nos detalhes, tentando atrair para si os aplausos da platéia, que assistia a todos os movimentos atenta à beleza e ao charme dos candidatos. Ao final, a comemoração, para alguns, e tristeza para outros. Mas a eliminação não ofuscou a festa, afinal, o título é um mero acessório. O maior valor está no espírito esportivo, que dominou cada concorrente.
Cerca de 160 jovens participaram do processo de inscrição. Destes, 60 foram classificados e fizeram suas apresentações em alto estilo. Neste ano, a equipe organizadora, em sintonia com os garotos envolvidos no processo, definiram como tema aspectos que valorizam a cultura sergipana com coreografias contemporâneas e batida do Samba de Coco, dança de origem africana acompanhada de cânticos, mas também com forte influência indígena.
Ao final das apresentações, a Comissão Julgadora se reuniu, o anúncio veio e a emoção eclodiu em Beatriz Julia da Conceição, 11, consagrada com o título Garota Peti. De acordo com ela, vencer o concurso é a realização de um sonho. “Sempre quis ser modelo e vencer aqui me deixou muito feliz”, afirmou a garota que, antes de ingressar no Programa, sobrevivia nas ruas catando latas. “Depois que descobri o Peti, minha vida passou a ter mais sentido e, hoje, sou muito mais feliz”, afirmou, emocionada.
Já o título Garoto Peti foi dirigido para Ruan Carlos Gomes de Menezes, também com 11 anos. E mais emoção dominou o salão. Ruan conta que, antes de entrar para o Peti, vivia nas ruas sem perspectiva de vida. “Hoje passei a valorizar mais a minha vida e quero ter um futuro decente. Aqui eu me sinto à vontade e posso sonhar com muitas coisas boas para mim e para minha família”, disse. O Peti acolhe crianças e adolescentes em situação de risco vulnerabilidade social, especialmente aqueles expostos à exploração da mão de obra infantil.
Em Aracaju, o Peti desenvolve jornada ampliada disponibilizando Oficinas Sócio-educativas que tem retirado crianças e adolescentes das ruas e oportunizando cidadania a este segmento que tinha apenas as ruas da cidade como alternativa de sobrevivência. De acordo com o organizador do evento, o arte-educador Sidney Azevedo, especializado em dança, a expectativa dos garotos e a vontade de vencer eram visíveis nos rostos de cada um. “Isso é gratificante porque é o reconhecimento de todo um trabalho realizado com carinho”, comenta o arte-educador. Sidney destacou, ainda, que, além de elevar a auto-estima, o concurso também é uma forma de revelar novos talentos. “Todos apresentam potencial, o que precisamos fazer é descobri-los”, frisou.
Para a coordenadora do Peti, Elze Angélica Melo Barreto, estes eventos promovem uma forte integração com os jovens e as famílias do grupo atendido no Programa social. “É de fundamental importância termos este contato com a família, fortalecendo cada vez mais os laços familiares”, destacou.[/vc_column_text][/vc_column] [vc_column width=”1/3″][vc_column_text] [/vc_column_text][/vc_column][/vc_row]