[vc_row][vc_column width=”2/3″][vc_column_text]A Prefeitura de Aracaju, por meio da Secretaria Municipal de Educação (Semed), mantém em pleno funcionamento o Centro de Apoio Pedagógico para Atendimento às Pessoas com Deficiência Visual (CAP). Localizado na rua Vila Cristina, no bairro São José, o CAP tem o objetivo de garantir aos usuários cegos e de visão subnormal o acesso aos recursos específicos, necessários a seu atendimento educacional, priorizando o Ensino Fundamental da rede pública, atendendo também a educação infantil e o Ensino Médio.

Até o dia 29 de março, foi registrado o cadastramento de 138 pessoas no Centro, sendo 40% cegas e 60% de baixa visão. O CAP oferece apoio aos alunos do ensino regular através da confecção de material didático e alfabetização (leitura e escrita) no sistema Braille, ensina Matemática através do instrumento Sorobã (apropriado para os deficientes visuais fazerem operações matemáticas). Além disso, garante também apoio pedagógico para os alunos inclusos no ensino regular.

Há sete anos em funcionamento, o CAP possui 23 funcionários, sendo 13 professores e o restante estagiários e pessoas do setor administrativo. Os cursos acontecem nos horários das 7h30 às 11h30 e das 13h30 às 17h30. Primeiramente, é feito o cadastro na instituição; depois, o portador de deficiência visual passa por uma avaliação pedagógica, quando são observados o laudo médico e o histórico de vida, para verificar em qual setor será encaixado. Logo depois é iniciado o processo de alfabetização.

Aberto a pessoas de 0 a 80 anos, o CAP atende prioritariamente a cegos. A sala de Orientação e Mobilidade é muito importante, porque possibilita o ensino de técnicas de uso da bengala-guia, para que os cegos possam ser mais independentes. Assim, diminui até o risco de acidentes. A coordenadora do CAP, Margarida Maria Teles, informa que qualquer deficiente visual pode procurar o Centro. “Assim que surgem vagas, são imediatamente chamados”, explicou.

De acordo com Margarida Teles, dentro das atividades, existe o projeto Oficina Arte Viva, que visa melhorar a qualidade de vida dos cegos da terceira idade, resgatando a auto-estima e a produtividade através de um trabalho de integração social com a produção de artesanato, incluindo a vida deles no dia-a-dia da sociedade. Além disso, são ministradas aulas de Educação Física, dedicadas especialmente para os 40 idosos cadastrados.

“Também existem aulas de Iniciação à Música (teclado, violão e flauta) como forma de profissionalização, integração social, até mesmo por meio do grupo Canto e Encanto, criado pelos beneficiados do Centro. As aulas de Educação Física se dividem em grupos de natação na Academia Carlos Smith e aulas de aeróbica, dança e alongamento no próprio Centro, classificados de acordo com a faixa etária. Além disso, mais duas salas compõem o Centro: sala de arte e o núcleo de informática”, disse Margarida Teles.

A sala de Estimulação Precoce reúne crianças de zero a seis anos com cegueira ou baixa visão. As aulas são realizadas individualmente ou em dupla, seguindo a linha psicomotora, para dar estimulação de espaço e percepção táctil. Segundo a professora Maria Irma Rezende, uma outra sala chamada Estimulação Visual é destinada à pessoas com visão reduzida. “Desta forma, as letras são dispostas no papel de forma ampliada, com muito contraste (preto e branco), trabalhando as cores e com objetos, dependendo do tipo de visão periférica do beneficiado pelo CAP. São alunos que precisam de muita atenção por parte do professor”, disse Maria.

Para o aposentado da Polícia Militar, Pedro José dos Santos, que está entrando hoje, dia 2, no curso de artesanato do CAP, essa oportunidade está sendo uma boa distração na sua vida. “Queria preencher meu tempo vago, me ocupar. Agora estou descobrindo que sou útil, já que sempre fui uma pessoa ativa, que pratica esportes”, disse. Já o estudante Robynson de Santana Guidice, está no CAP há três anos, onde participou do sistema Sorobã. “Estou recebendo apoio pedagógico porque estou na rede regular de ensino. Aqui, o deficiente recebe apoio e melhora a auto-estima. As atividades aqui são fundamentais, porque o convívio trabalha a questão emocional e uma integração social”, afirmou.[/vc_column_text][/vc_column] [vc_column width=”1/3″][vc_column_text]

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