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No final da tarde da última terça-feira, 25, a saúde pública de Sergipe consolidou um importante processo de construção democrática para melhoria da assistência às pessoas com transtornos mentais. Com a realização da plenária final da 3ª Conferência Estadual de Saúde Mental Intersetorial, as propostas de políticas sugeridas pelos participantes foram debatidas e serão levadas para a Conferência Nacional de Saúde Mental, que acontecerá em junho, em Brasília. 
 
Para a técnica da Diretoria Estadual de Atenção Psicossocial, Suely Matos Santos, os debates realizados durante o evento mostraram exatamente os anseios da população para a melhoria do cuidado. “Todos discutiram a co-responsabilização de outros setores no tratamento, como a família, assistência social e educação; reavaliaram a Rede de Atenção Psicossocial e analisaram as conquistas alcançadas, bem como os desafios que ainda devem ser enfrentados pela Reforma Psiquiátrica”.
 
Ainda segundo Suely Matos, a Reforma Psiquiátrica é algo que não é estanque e precisa de discussões entre os diversos setores da sociedade. “Enquanto não houver a discussão democrática e a implementação de uma política pública intersetorial para o cuidado em saúde mental, não haverá respostas positivas no tratamento do paciente com transtorno mental”, concluiu.
 
Contribuição
 
A enfermeira Larissa Machado, que trabalha no Centro de Atenção Psicossocial (Caps) do município de Maruim, onde são atendidas cerca de 100 pessoas, participou pela primeira vez de uma conferência de saúde mental. Para a profissional, o espaço de discussões aberto no evento representa o momento ideal para reivindicar a melhoria no tratamento dos pacientes.
 
“Nossa equipe, por exemplo, reivindicou que seja implantada uma farmácia no Caps de Maruim, pois os medicamentos são liberados somente uma vez por mês. Na metade desse período, já falta medicamentos e muitos usuários ficam desestruturados, o que atrapalha o tratamento”, reivindicou a enfermeira. 
 
Para a terapeuta ocupacional, Márcia Larissa, também do Caps de Maruim, a conferência é também uma oportunidade de expressar novas propostas para avançar na Rede de Atenção Psicossocial. “Há um bom tempo que os profissionais de saúde mental não se reúnem para atualizar as políticas da área e, aqui, pudemos propor várias coisas novas”, explicou a terapeuta.
 
Mas, não foram somente os gestores e trabalhadores da saúde que participaram da 3ª Conferência Estadual de Saúde Mental Intersetorial. Representantes dos usuários do SUS também contribuíram para a consolidação dos debates. O aposentado Cícero Ferreira da Silva foi uma dessas pessoas. Usuário do Caps de Aquidabã, ele reconhece a importância do serviço em sua vida. “Lá me sinto calmo para fazer meus banquinhos de madeira e depois vendê-los na feira”, disse Silva, acrescentando que gostou da conferência por poder propor melhorias para o Caps.

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