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Com foco na crescente demanda de irrigantes já inseridos e em outros com a disposição para migrarem à agricultura orgânica no Perímetro Irrigado Piauí, empresa multinacional australiana – estabelecida no Brasil – expôs sua linha de nutrição vegetal e indução de resistência a patologias, em palestra realizada na terça-feira, 28, no escritório da Companhia de Desenvolvimento de Recursos Hídricos e Irrigação de Sergipe (Cohidro) no município de Lagarto. Os produtos não possuem toxidade e segundo os técnicos, podem ser utilizados em plantios livres de agroquímicos.

São linhas de produtos diferentes para cada grupo de plantas que tem comportamento e características biológicas parecidas. Cada um dos itens tem sua função na planta e o uso consorciado tem a função de complementar os nutrientes necessários para um desenvolvimento superior e a nível comercial, como também contribui para que o vegetal combata doenças e pragas através de seu sistema de defesa natural, da mesma forma com que os medicamentos imunoestimulantes agem no organismo dos seres humanos.

Por não serem produzidos com químicos que oferecem risco de contaminação à planta, água e ao solo, ao contrário dos agrotóxicos, são produtos seguros à produção de alimentos orgânicos, como defende o engenheiro agrônomo da Empresa Fábio Soriano. “Igualmente aos agroquímicos, combate patologias como fungos e infecções bacterianas, mas a partir da indução de resistência à patologias com o uso de óxidos e carbonatos. Usamos matéria prima da mesma origem que a das empresas do ramo farmacológico e alimentício, que oferecem alto grau de pureza”, explica ele que representa a Multinacional nos estados de Sergipe, Alagoas, Paraíba, Rio Grande do Norte e Pernambuco.

Segundo o técnico da Cohidro, José Raimundo Pereira de Matos, estes produtos não foram registrados no Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento como insumos para produção orgânica, mas são naturais e só por isso foi o aberto o espaço à Empresa para expor aos agricultores. “Fui procurado pelos representantes da marca, que nos propuseram apresentar esta linha, sendo que até muitos deles já tinham sido testados por alguns irrigantes. Além dessa palestra, a Empresa se ofereceu a promover outras experiências de campo, em cultivos orgânicos que estejam iniciando”, relatou ele que é o responsável pela orientação dos cultivos agroecológicos Perímetro Piaui.

Os irrigantes do Perímetro de Lagarto ficaram satisfeitos com a explanação sobre a linha de produtos e boa parte deles vai experimentar. Um deles é José Antônio dos Santos, conhecido por “Tonho Mãozinha”. “Quero fazer uma tentativa com três produtos, uma à base de cálcio, outro de boro e um terceiro de magnésio, na plantação de maracujá que estou iniciando. Eles são usados para nutrição da planta e soltam mais flor, que me assegura produzir mais frutos”, conta o agricultor, convencido de experimentar os insumos mais pela indicação dos vizinhos que já usam, embora tenha compreendido a explicação técnica dos representantes.

Ação enraizante

Um dos agricultores atendidos pela Cohidro e que já usam os produtos da Empresa é Marcos Melo Menezes, que aplicou um dos insumos à base de zinco, destinado à nutrição, no tomate e no pimentão. “Na fase de mudas, pulverizei o produto nas plantas e também antes de transplantar as mudas no campo, mergulhei – só a parte do substrato terroso – as bandejas em um tanque com o produto diluído em água. A ação do produto é enraizante, destinada a diminuição do estresse da planta ao ser transplantada, aumentando a sua capacidade de absorção e resistência”.

Transição

Para a engenheira agrônoma Sônia Loureiro, gerente de Desenvolvimento Agropecuário da Cohidro, os produtos que foram apresentados aos irrigantes casam com a atual situação do Perímetro Piauí, onde a maioria dos irrigantes está convencida da vantagem em aderir à produção agroecológica e precisa de insumos que sirvam como auxiliares nessa fase de transição, que na sua opinião é tanto uma etapa demorada, quanto é a que mais carece da atenção do agricultor.

“Quando um solo está muito degradado, por culturas convencionais e uso de produtos químicos, há um longo tempo de transição para a o cultivo agroecológico. Além de toda cobertura vegetal que se aplica para recuperação do solo, muitas vezes é necessária a utilização de produtos comerciais desenvolvidos para a agricultura orgânica e que sirvam para combater as moléstias que se aproveitam da situação fragilizada deste solo”, elucida Sônia Loureiro, satisfeita com o evento realizado em Lagarto, que considerou importante para o esclarecimento dos irrigantes que querem se tornar orgânicos.
 
Mardoqueu Bodano, presidente da Cohidro, comemora a ação, tanto pela crescente demanda de produção orgânica, como também o status de desenvolvimento do agricultor familiar no perímetro de Lagarto. “Os irrigantes do Perímetro Piauí passam por um processo de crescimento, melhorando sua situação econômica, ao ponto de se tornarem público alvo para grandes empresas de insumos agrícolas e o cultivo agroecológico cresce cada vez mais nos lotes, tomando o lugar do convencional. São agricultores cada vez mais convencidos de que a nova agricultura preza pela qualidade de vida no campo e eles ainda querem agregar valor, ao oferecer produtos saudáveis ao consumidor”.

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