Peças de Poulenc e Mozart serão destaques em concerto da Orsse
A Orquestra Sinfônica de Sergipe (Orsse) preparou mais um grande espetáculo para o público sergipano. Na sua próxima apresentação, que acontecerá no dia 10 de julho, a partir das 20h30, no Teatro Tobias Barreto, o grupo executará duas grandes obras de Francis Poulenc e Wolfgang Amadeus Mozart, algumas das mais conhecidas peças do repertório sinfônico.
Segundo o diretor artístico e regente titular da Orsse, Guilherme Mannis, a escolha dessas peças para este concerto foi feita de maneira a marcar este primeiro concerto do Coro Sinfônico em 2013 e homenagear esses dois grandes compositores que foram Francis Poulenc e Wolfgang Amadeus Mozart. “Nosso coro vem evoluindo a cada apresentação e este concerto marcará, sem dúvidas, o novo momento de amadurecimento musical da Orsse”, frisa.
Durante este concerto, além da participação do seu Coro Sinfônico, a Orsse contará com a presença de ilustres convidados que darão um tom ainda mais especial a apresentação. Entre esses convidados estão a soprano Edna D’Oliveira, a contralto, Adriana Clis, o tenor André Vidal, e o baixo Carlos Eduardo Marcos, que prometem emocionar o público com suas vozes marcantes. Além deles o pianista Amaral Vieira promete fazer uma participação marcante na apresentação.
“Amaral é um grande pianista do cenário sinfônico nacional e já conhecido do nosso público. Os cantores convidados também são profissionais renomados e que já participaram de outros concertos conosco. Por isso, sem dúvidas, será um grande espetáculo, com o placo completamente tomado, com 50 músicos e coro de 50 vozes”, finaliza o maestro Mannis.
Esta apresentação da Orquestra Sinfônica de Sergipe estava prevista para acontecer no dia 11 de julho, mas precisou ser antecipada devido a greve geral que acontecerá no dia 11. Os ingressos do concerto já estão a venda na bilheteria do teatro e custam R$20 (inteira) e R$10 (meia). A Orsse é uma realização do Ministério da Cultura, do Instituto Banese e do Governo de Sergipe, através da Secretaria de Estado da Cultura (Secult), com patrocínio do Banese e da Lei de Incentivo à Cultura (Lei Rouanet).
Sobre o programa
A apresentação terá início com o Concerto Coreográfico para Piano e 18 instrumentos, de Francis Poulenc, com solos do exímio pianista Amaral Vieira. Este é um concerto para piano e orquestra que foi estreado em 1929, em uma versão coreográfica. Seu autor não procurou dar ao pianista ocasião de demonstrar a agilidade virtuosística, pelo contrario, dedicou especial atenção ao elemento timbre do piano, que habilmente contrapõe aos dos outros instrumentos.
Já o ‘Réquiem em Ré menor, K 626’ é uma missa fúnebre, composta em 1791, por Mozart. Foi sua última composição e talvez uma de suas melhores e mais famosas obras, não apenas pela música em si, mas também pelos debates em torno de até qual parte da obra foi preparada por ele antes de sua morte. A peça teria sido posteriormente finalizada por seus amigos e discípulos Franz Xaver Süssmayr e Süssmayer.
Sobre os solistas
Amaral Vieira
Nascido em São Paulo em 1952, Amaral Vieira é um dos mais bem sucedidos e versáteis músicos brasileiros. Este grande êxito dentro da carreira artística deve-se à postura de seriedade de sua intensiva atividade musical, que lhe assegurou, uma sólida posição como pianista, compositor, pedagogo e musicólogo no Brasil e exterior.
Seus Mestres no Brasil foram: Souza Lima (piano) e Artur Hartmann (composição). Na França, estudou no Conservatório de Paris sob a orientação de Lucette Descaves (piano) e Olivier Messiaen (composição). Como bolsista do DAAD, diplomou-se pela Faculdade Superior de Música de Freiburg, onde estudou com Carl Seemann (piano) e Konrad Lechner (composição). Em seguida realizou, a convite do Conselho Britânico, em Londres, um estágio com o pianista Louis Kentner, que foi por sua vez discípulo de um ex-aluno de Liszt na Hungria.
Edna D’Oliveira
União do timbre escuro e quente com o pleno conhecimento dos estilos do canto, principalmente o Bel Canto, fizeram de Edna D’Oliveira, natural de Belo Horizonte, uma das mais importantes sopranos da América do sul. Graduou-se como Bacharel em Canto pela Universidade Estadual Paulista e especializou-se com Joy Mammon, na Royal Academy of London, e atuação perística com os maestros Alex Imgram e Lionel Friend, da English Nacional Opera. Desenvolve atualmente um trabalho técnico com Neyde Thomas, no Brasil, e Eliane Coelho, em Viena.
Adriana Clis
Estudou canto em São Paulo com Regina de Boer, Carmo Barbosa, Leilah Farah e Eiko Senda, e obteve o Bacharelado em canto pela Faculdade Carlos Gomes. Em 1998, participou de curso no Conservatório Tchaikovsky, em Moscou, com a prof. Klara Kadinskaia, do Teatro Bolshoi. Como bolsista da Fundação Vitae, estudou em Milão/Itália, aperfeiçoando-se sob orientação do maestro Pier Miranda Ferraro, da Academia Lírica Italiana. Recebeu o Prêmio Carlos Gomes 2002, na categoria ‘Revelação’ e em 2004 foi uma das finalistas das ‘Audições para Novas Vozes Líricas’ do Teatro Colón/Buenos Aires, onde integrou a temporada de 2005 na Ópera ‘Die Walküre’, de Wagner.
André Vidal
Mestre pela Royal Academy of Music de Londres, especializou-se em Música de Câmara e Música Antiga com Glenville Hargreaves, Jonathan Papp e Ian Partridge. Foi premiado no II Concurso Internacional de Canto Bidu Sayão em 2001, e no Helen Eames Prize para intérpretes de música barroca em 1998 em Londres.
Carlos Eduardo Marcos
Carlos Eduardo Marcos é presença constante nas principais casas de ópera do Brasil. No extenso repertório operístico do baixo estão papéis como Padre Guardiano (La Forza Del Destino, Verdi), Zaccaria (Nabucco, Verdi), Ramfis (Aida, Verdi), Don Basílio (Il Barbiere di Siviglia, Rossini), Fígaro (Le Nozze di Figaro, Mozart), Sarastro (Die Zauberflöte, Mozart), Dulcamara (L’Elisir D’Amore, Donizetti), Arkel (Pelléas et Mélisande, Debussy), Escamillo (Carmen, Bizet), Dom Antônio de Mariz (Il Guarany, Gomes) e Nick Shadow (The Rake?s Progress, Stravinsky).
Programa
Guilherme Mannis, regente
Amaral Vieira, piano
Edna D’Oliveira, soprano
Adriana Clis, contralto
André Vidal, tenor
Carlos Eduardo Marcos, baixo
CORO SINFÔNICO DA ORSSE
Daniel Freire, regente
Veronica Santos, preparadora vocal
Francis POULENC
Aubade: Concerto chorégraphique
Wolfgang Amadeus MOZART
Requiem, K.626 (finalização de Süssmayr)
Serviço
O quê? Orquestra Sinfônica de Sergipe
Serie Cajueiros III
Onde? Teatro Tobias Barreto
Quando? Quarta-feira, 10, às 20h30
Quanto? R$ 20 (inteira) e R$ 10 (meia)
- Peças de Poulenc e Mozart serão destaques em concerto da Orsse – ORSSE / Foto: Fabiana Costa/Secult