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A Polícia Civil de Sergipe apresentou na manhã desta quarta-feira, 30, os detalhes da ‘Operação Toupeira’, responsável pela desarticulação de uma quadrilha especializada em homicídios, tráfico de drogas e assaltos. Durante a ação policial, foram presas seis pessoas e apreendidas armas de fogo, drogas e objetos roubados. O trabalho começou na madrugada desta terça-feira, 29, nos bairros 18 do Forte, Santa Maria, América, Jardim Esperança, Aruana e no povoado Robalo, em Aracaju.

A operação foi comandada pela Coordenadoria da Capital, Divisão de Homicídios e Proteção a Pessoas (DHPP) e Divisão de Inteligência e Planejamento Policial (Dipol) e contou com a participação efetiva de 10 delegados e 60 agentes de polícia. De acordo com o delegado Cristiano Barreto, a investigação para prender essa quadrilha foi uma continuidade dos trabalhos realizados na época da apuração do homicídio ocorrido no dia 3 de abril de 2008 na enfermaria do Hospital Garcia Moreno, em Itabaiana.

A Polícia Civil continuou as investigações e no dia 26 de maio de 2008 prendeu cinco pessoas e uma foi morta em confronto com os policiais. No entanto, José Cláudio Santos Macena, conhecido como ‘Cal’, o autor do homicídio dentro do hospital, não foi preso e estava foragido. Acontece que, dois dias antes de serem realizadas a prisão de toda a quadrilha, integrantes de uma facção rival, que disputava o domínio do tráfico de drogas no bairro América, em Aracaju, simularam uma abordagem policial no veículo em que José Cláudio estava trajando camisas da Polícia Civil, conduziram-no até uma chácara situada no povoado Areia Branca, Robalo, onde o executaram com um tiro na cabeça e em seguida enterraram o corpo.

A partir desse fato, apurou-se que na tarde do dia 24 de maio de 2008 os indiciados José Pedro Severo dos Santos, o ‘Pedão’ ou ‘Galego’, e Jefferson Vieira Santos, conhecido como ‘Chuchu’, a mando de George Dantas do Nascimento, ‘Jorginho’, e Geilson da Silva Santos, ‘Neguinho’, líderes da quadrilha, foram até a residência de José Cláudio, no bairro Santos Dumont, e o pegaram alegando que iriam até o bairro América matar Jorginho. No entanto, tratava-se de uma armadilha previamente elaborada.

No caminho, conforme ajuste preliminar, o veículo que José Pedro estava conduzindo, um Celta de cor prata, foi abordado por um Santana de cor prata, pertencente aos demais integrantes da quadrilha, que era guiado por Givaldo Santos Góis, o Zinho. Após a abordagem, Luiz Marcos de Jesus Nascimento e Cristiano Bispo Santos, vestidos com camisas de policiais civis, abordaram a vítima e informaram que a mesma seria levada para a Delegacia Plantonista, por estar portando uma arma de fogo.

Segundo informações do delegado, Cal e Luciano, morto em confronto com a polícia no dia 26 de maio, estavam planejando matar Jorginho, que era diretamente ligado a Geilson. Ciente do desejo de Cal, Jorginho encarregou José Pedro de ganhar a confiança dele simulando uma oferta para matá-lo. A vítima demonstrou interesse e foi atraída até o bairro América, onde Cristiano e Marcos, passando-se por policiais, o algemaram e o prenderam em flagrante sob a acusação de porte ilegal de arma de fogo.

"Depois, integrantes da quadrilha retornaram à casa da vítima para contar à família que Cal havia sido preso em flagrante por policiais civis e conduzido para a delegacia em um veículo Santana. A família passou a acreditar que policiais civis fossem responsáveis pelo desaparecimento dele", disse o delegado, lembrando que a família procurou o Ministério Público e a Corregedoria da Polícia Civil abriu um procedimento administrativo para apurar a participação de policiais no crime.

Crime premeditado

Após passar na residência da vítima e manter contato com seus familiares, Zinho, Marcos e Cristiano seguiram para uma chácara situada nas imediações do povoado Areia Branca, onde se encontraram com Pedro e Jefferson e executaram a vítima, jogando o corpo em uma cova de, aproximadamente, 1,5 metro de profundidade, que havia sido cavada um dia antes.

Além desse crime, a quadrilha também é acusada de assaltar dois postos de combustíveis em Sergipe, empresas de segurança de valores e estabelecimentos comerciais. Os seis acusados vão permanecer presos pelos próximos 30 dias na Divisão de Homicídios, aguardando um posicionamento da justiça acerca da prisão preventiva.

Com os integrantes da quadrilha foram apreendidos R$ 2.300 em dinheiro, dois revólveres e uma pistola, 20 celulares, um notebook, várias munições, algumas pedras de crack e uma algema usada para imobilizar José Cláudio. Ainda encontra-se foragido Geilson da Silva Santos.

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