Participantes lotam primeiro dia do Fórum de Forró no Atheneu
Esse ano, o evento discute a vida de Jackson do Pandeiro, um dos maiores nomes da música nordestina durante as décadas de 40 a 60 no Brasil, sendo que seu auge aconteceu entre 1953 e 1967. Foram convidados professores, pesquisadores, músicos e familiares do artista com o objetivo de aprofundar o debate em torno das raízes populares do Nordeste.
Estiveram presentes à abertura todos os palestrantes convidados, o vice-prefeito de Aracaju, Edvaldo Nogueira, que representava naquela oportunidade o prefeito Marcelo Déda, o presidente da Funcaju, Lealdo Feitosa, além da viúva de Jackson do Pandeiro, Almira Castilho, e representantes do mundo artístico e cultural do Estado.
“É um dia especial para a Funcaju e para a cidade, pois o excelente nível dos palestrantes demonstra a riqueza que será esse fórum que, com certeza, alcançará seu objetivo de divulgar as raízes do povo nordestino”, ressaltou Lealdo Feitosa.
Para o vice-prefeito Edvaldo Nogueira, “é preciso que as pessoas conheçam as riquezas da sua terra, e o fórum propicia essa oportunidade”. Na sua opinião, Jackson do Pandeiro é um gênio da música nordestina, “um artista que estava à frente da sua época”.
Coco de roda
A palestra de abertura foi proferida pelo professor, escritor, compositor e teatrólogo, Bráulio Tavares, nascido na Paraíba, o mesmo Estado de Jackson do Pandeiro. Ele fez uma análise temática sobre a obra do artista, destacando de que forma o “Rei do Ritmo” conseguiu que sua música nordestina obtivesse sucesso nacional sem se confundir com o baião de Luiz Gonzaga.
“Ele não queria ser apontado como seguidor de Luiz Gonzaga, foi quando se lembrou das ‘rodas de coco’ cantadas por sua mãe e as misturou ao samba do Rio, criando assim um novo estilo para sua época”, explica Bráulio.
Com o coco, Jackson do Pandeiro, conforme o professor, conseguiu penetrar nas mais altas camadas sociais do Rio de Janeiro, considerado o centro cultural do país naquela época. “Ele optou por um caminho de maior criatividade, maior ousadia, e maior compreensão de quais são as verdadeiras qualidades de nossa música”, avalia.
Em seguida aconteceu a palestra “Jackson do Pandeiro e o Sinocopado” do cantor, compositor e ex-vocalista do grupo Cascabulho, Silvério Pessoa. O encerramento foi com o show de Edgard do Acordeon, vencedor do 1° Festival de Sanfoneiros de Aracaju.
Fórum prossegue hoje
Nesta quarta, dia 05, o 2° Fórum de Forró prossegue às 19 horas, com a palestra “Um pandeiro que mudou a música brasileira” do professor Fernando Moura, escritor e autor da biografia de Jackson do Pandeiro. Em seguida, o cantor e parceiro de Jackson, Antônio Barros, e a viúva do artista, Almira Castilho, darão seus depoimentos sobre a convivência com o músico.
Às 20h30 acontecem os debates. A noite será encerrada com o lançamento do livro “Jackson do Pandeiro: o Rei do Ritmo”, de autoria de Fernando Moura e Antônio Vicente. A programação contará ainda com a apresentação musical de Joaquim Antônio e do Grupo Casaca de Couro.[/vc_column_text][/vc_column]
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- Participantes lotam primeiro dia do Fórum de Forró no Atheneu – Fotos: Wellington Barreto Agência Aracaju de Notícias