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Num cenário artístico onde as máscaras representam elementos das tradições culturais, jovens e adultos moradores do bairro Santa Maria, Zona Sul de Aracaju, estão aprendendo sobre o uso desses elementos ao longo dos séculos. A ação consiste em promover encontros semanais na ‘Oficina de Máscaras Africanas na Cultura Sergipana’, aprovada no Edital de Apoio a Oficinas Culturais, Uma iniciativa do Governo de Sergipe, através das Secretarias de Estado da Cultura (Secult) e da Inclusão, Assistência e do Desenvolvimento Social (Seides).

Ministrada por integrantes do grupo Mamulengo de Cheiroso, a oficina acontece em dias de terça e quinta-feira, das 14h às 17h, no Centro de Referência da Assistência Social (Cras) Santa Maria. Mesmo tendo os trabalhos iniciados nessa quinta-feira, 7, para muitos participantes, a experiência a ser adquirida com um grupo que já integra o cenário artístico sergipano há 36 anos, tende a superar expectativas.

“Nesse primeiro encontro, já podemos perceber que as atividades aqui realizadas nos servirão como atrativo e fonte de aprendizagem. As músicas, as danças e as máscaras que iremos confeccionar me ajudaram a formar essa opinião”, prevê o estudante Tainã Jonathan dos Prazeres, 15 anos.

Criações

Sob a liderança de Augusto Barreto, que também está à frente do grupo Mamulengo de Cheiroso, Tainã e os demais participantes da oficina conheceram algumas máscaras que poderão servir como base para novas criações. Num próximo encontro, todas as idéias pré-formuladas se unirão a um conjunto de acessórios capazes de construir os tais objetos camufladores e transformadores de fisionomia, entre eles papel, cola, tinta e muita sucata.

“Além de se tornarem conhecedores de uma arte que faz uso criativo de máscaras para objetivos diversos, a exemplo do uso em teatro de bonecos, esses cidadãos serão mediadores num processo de difusão artística, o que implica em se tornarem multiplicadores de saberes, futuramente. Poderão até mesmo comercializar os objetos”, ressaltou Augusto Barreto, que pretende realizar uma exposição em meados de dezembro, a fim de tornar público o resultado da oficina.

Durante os encontros, a música entoada por Meire Barreto, também integrante do Mamulengo de Cheiroso, servirá como atrativo para os educandos, além de representar um prazeroso estimulante durante as atividades. “De acordo com histórias que tratam da origem das máscaras, a música é vista como arte mais preponderante, a exemplo do que é percebido no ritualismo presente em algumas tradições africanas, em que a máscara e a música são elementos utilizados”, explicou Meire.

Para a vendedora Marinalva de Jesus Santos, 45 anos, o acesso à arte é um dos principais benefícios da ‘Oficina de Máscaras Africanas na Cultura Sergipana’. “Através de uma ação beneficiadora do Governo, estamos não só tendo acesso às práticas artísticas e culturais, mas estamos fazendo parte delas. Ou seja, o que antes víamos na TV e nos teatros, quando nos foi concedida a oportunidade, agora está a poucos metros de nossas residências e, portanto, da nossa realidade”, exclamou com entusiasmo a vendedora.

Mamulengo de Cheiroso

Referência nacional no que concerne a teatro de bonecos, o grupo Mamulengo de Cheiroso realiza trabalhos que priorizam o teatro de animação e as expressões artísticas populares. O personagem principal, Cheiroso, integra todas as produções do grupo trazendo o componente regional para as histórias. O mamulengo, nada mais é que um fantoche típico do nordeste brasileiro, especialmente do estado de Pernambuco, local de origem do grupo.

Fundado pela teatróloga Aglaé Fontes, a Cia. já se apresentou em festivais nacionais e internacionais e já recebeu premiações. O grupo foca não só na produção de trabalhos, mas na realização de cursos e oficinas, bem como na preparação de conferências para formação de atores.

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