Nenhum homicídio foi registrado durante o Pré-Caju

A Secretaria de Estado da Segurança Pública (SSP) registrou um número menor de ocorrências graves no Pré-Caju Verão 2008, se comparado com edições anteriores da festa. Outro dado positivo é que não foi registrado nenhum homicídio durante a prévia carnavalesca. No total, foram registrados 155 casos diversos durante os quatro dias do evento, segundo a Coordenadoria de Estudos, Pesquisas e Estatística (Codepe). A grande maioria das prisões se deu por brigas entre os foliões.

Nos postos de plantão da Polícia Civil no Pré-Caju, das 155 queixas prestadas, 124 foram por furto de objetos, dinheiro ou documentos no circuito da festa. Um veículo foi furtado próximo ao evento e seis pessoas disseram terem sido roubadas. O restante das ocorrências foi dividida entre lesão corporal, ameaças, injúria e desacato. Após dois anos seguidos com mortes, nenhum homicídio foi registrado em 2008.

"Avaliamos como positivo o trabalho dos cerca de 1.300 policiais e bombeiros empregados em cada dia do Pré-Caju. O planejamento deu certo e a meta para 2009 é aumentar ainda mais essa atuação, seja no rigor das revistas nas entradas, seja na ampliação da cobertura dentro da festa. Agora, as corporações ligadas à Secretaria de Segurança Pública vão se preparar para o Carnaval", disse o secretário da Segurança Pública, Kércio Pinto.

Estatísticas

Segundo os números da Polícia Militar, pelo menos 70 pessoas foram detidas após brigas. De acordo com o Samu 192 Aracaju, foram registrados 248 atendimentos nos quatro dias do Pré-Caju, incluindo a quinta-feira, 10, quando a festa foi realizada no circuito indoor, na Orla de Atalaia.

Do total de atendimentos, 143 foram de casos clínicos, 105 fora de traumas e ferimentos e fora realizadas 40 remoções para outros hospitais. A coordenadora do Samu 192 Aracaju, a enfermeira Ivana Mendonça, atribuiu ao trabalho da Secretaria de Segurança Pública a ausência de casos mais graves durante a prévia carnavalesca.

"Percebemos que a polícia estava mais ostensiva este ano, chegando de imediato a qualquer ocorrência. No entanto, ainda atendemos muitas pessoas machucadas durante brigas. A ação rápida das patrulhas e o trabalho eficiente das equipes na área periférica podem ter evitado mortes", disse Ivana Mendonça.