Música é alternativa de educação e cidadania em escola municipal

[vc_row][vc_column width=”2/3″][vc_column_text]Jonh da Costa empregava toda sua energia adolescente em travessuras na sala de aula. “Duas vezes quase cheguei a ser expulso da escola, porque era muito mal comportado”, confessa o menino de 13 anos. Há oito meses participando do Projeto Música e Movimento, desenvolvido pela escola municipal Laonte Gama, bairro Santa Maria, ele e cerca de 60 colegas tocam e cantam uma nova história. “O projeto mudou o meu comportamento, o meu jeito de ser…quero seguir carreira na música”, completa. Com o projeto, a escola cria condições para que os estudantes invistam suas energias no aprendizado de um instrumento e nas aulas de técnica vocal.

O projeto deu origem ao grupo musical Movimento, que surgiu em setembro do ano passado e reúne crianças e adolescentes de 6 a 18 anos de idade, em turno oposto ao que estudam. Quem comanda essa turma é o regente e professor de música do Laonte Gama, José Santos Barros. “O projeto ajuda a desenvolver a mente, a auto-estima e a convivência entre os alunos”, destaca o professor.

Durante os ensaios, que acontecem às segundas e terças-feiras, a escola é tomada pelo clima musical. Os “músicos”, munidos dos instrumentos de sopro, percussão e cordas ditam o som cantado pelo coral formado por vozes masculinas e femininas. O resultado dessa sonora harmonia se verifica na interpretação de sucessos de Luís Gonzaga, Zeca Pagodinho, Caetano Veloso, Roberto Carlos, entre outros.

Novo ritmo
A história de vida dos pequenos músicos não é tão diversificada quanto o repertório que tocam e cantam. Para esses alunos marcados pela baixa renda familiar, a música funciona como um poderoso acorde em favor de um novo ritmo: cidadania e progresso social. “É muito legal esse projeto. Aqui eu me distraio e aprendo coisas para o futuro. Isso pode até me dar uma profissão”, diz John da Costa, aluno da 5a série, agarrado ao surdão, instrumento de percussão que produz som semelhante ao do baixo. O projeto já começa a produzir frutos em campos extra-classe. “Um ex-aluno que fez parte do projeto hoje ganha seu próprio cachê tocando fora”, comemora o professor Barros.

Aos sete anos, Daniel dos Santos é estudante da 2a série no período da tarde e toca agogô durante as manhãs. Com o instrumento de percussão, ele dá um show de ritmo e alegria nos ensaios do grupo Movimento. “Me sinto feliz quanto estou tocando”, diz. Como um mestre
sempre atento, o professor observa o talento de Daniel e estimula o aprendizado. “Agora Daniel também está aprendendo a tocar flauta”, conta José Barros.

Mais do que uma habilidade artística, a música tem impulsionado a comunicação entre os alunos e o crescimento pessoal. “Aprender a cantar é bom, a gente se desenvolve. Antes de entrar no grupo eu era tímida, agora me desenvolvi mais”, revela Suelen Rodrigues, 18, aluna da 7a série.

O grupo Movimento participa de apresentações na própria escola e também em unidades da rede particular de ensino. Atualmente a garotada ensaia “Como é grande o meu amor por você”, música que fez sucesso na voz de Roberto Carlos. Com essa canção, os alunos irão presentear as mamães no seu dia.[/vc_column_text][/vc_column] [vc_column width=”1/3″][vc_column_text]

[/vc_column_text][/vc_column][/vc_row]