Mulheres são qualificadas para implantação de cooperativa
As treinandas estão na busca de dias melhores. Maria José dos Santos Santana, 43 anos, reside numa área de invasão do bairro Santa Maria. Abriga-se em um casebre revestido por taipa e chão de terra batida. Há mais de um ano está desempregada. O marido é vigilante e, atualmente, está cumprindo aviso-prévio. “Todas as noites fico rezando para meu marido retornar bem para casa porque a área onde moramos é perigosa. Ele logo estará desempregado e sei que a situação se complicará mais ainda”.
Maria Santana afirmou que consegue enxergar novas perspectivas de vida quando concluir o curso que está fazendo na Unidade de Qualificação Profissional do Bairro Santa Maria, prédio gerenciado pela Fundação Municipal do Trabalho (Fundat). “Eu e minhas amigas estamos ansiosas para participarmos da cooperativa de trabalho. A prefeitura está nos dando todo o apoio”, justificou, acrescentando que um de seus sonhos é trabalhar paralelamente com a montagem do seu próprio ateliê.
A empregada doméstica Iara Moraes Rodrigues, 23 anos, declarou que está encontrando dificuldades para trabalhar na sua profissão. “O mercado de trabalho está competitivo e, diante das perspectivas que estamos encontrando, participando do curso fico confiante e sei que em breve estarei contribuindo na renda familiar”.
Iara Rodrigues enfrenta situação semelhante daquelas que também estão sendo treinadas. São seis pessoas em sua família, com renda advinda somente do pai. Também mora em uma casa humilde, em área de invasão no bairro Santa Maria. “Tudo o que temos é o salário-mínimo que o meu pai ganha. É difícil comermos carne e outros alimentos, mas a gente sobrevive e, principalmente agora que pretendo ser uma cooperada”.
“Essas mulheres estão sendo treinadas para enfrentar o mercado de trabalho e, conseqüentemente, obter renda”, confirmou o presidente da Fundat, Edson Freire Caetano, lembrando que o sistema de cooperativas vem surtindo bons resultados, a exemplo da Cooptraju – Cooperativa de Trabalho de Aracaju -, instalada na Unidade de Produção de Confecções do bairro Coroa do Meio.
Na próxima sexta-feira, dia 8, as mulheres deixarão de ser aprendizes e passarão a ser profissionais na área de corte e costura. “A contagem é regressiva para as treinandas. Ao encerrarmos o curso, entregaremos os certificados. Elas estarão aptas para produzir em alta escala e angariar salário”, disse Edson Caetano, destacando que a qualificação é o ponto-chave para o crescimento profissional de qualquer cidadão.[/vc_column_text][/vc_column] [vc_column width=”1/3″][vc_column_text] [/vc_column_text][/vc_column][/vc_row]