Maternidade reduz tempo médio de permanência na enfermaria
A Maternidade Hildete Falcão Baptista reduziu de 14 para cinco dias o tempo médio de permanência das pacientes na enfermaria. O índice é considerado ideal, de acordo com o indicador de desempenho hospitalar exigido pela Organização Mundial de Saúde (OMS), e foi atingido graças ao trabalho de supervisão hospitalar realizado pela direção clínica desde maio deste ano para integrar os processos de trabalho da unidade.
A parceria com diversos setores melhora o fluxo de admissão e alta de pacientes com a conseqüente ampliação da oferta de vagas nas enfermarias para gestantes de alto-risco. O trabalho consiste em acompanhar as pacientes de forma individual e agilizar a concretização de todas as demandas e protocolos como a realização de exames, entrega de resultados, avaliação clínica e transporte caso haja necessidade de deslocamento. Para isso, uma equipe multiprofissional com médicos, enfermeiras e assistentes sociais atua durante 24 horas.
De acordo com a diretora-clínica Verônica Távora, enquanto o laboratório faz a coleta e análise solicitadas pelos médicos, o corpo de enfermagem acompanha a paciente de forma integral até que ela seja avaliada pelo especialista para receber a alta hospitalar. Quando isso acontece, o serviço social localiza familiares para que o retorno à origem seja mais rápido possível, evitando a ocupação desnecessária dos leitos.
"Estamos até mantendo o contato direto com outros municípios. Assim, estreitamos o diálogo com profissionais externos e agilizamos os encaminhamentos. Após a adoção destas medidas, a maternidade chega a registrar uma média de oito à dez vagas de enfermaria por dia", explicou Verônica.
Soluções
De acordo com um dos supervisores das enfermarias, Márcio Vinícius Carvalho, durante muito tempo a maternidade ocupou leitos com mães e bebês que já poderiam ter recebido alta, mas a liberação esbarrava em processos burocráticos. "Hoje não vemos mais a superlotação de antes. É um fato inédito. Já chegamos a ter 20 vagas disponíveis após a execução dessas iniciativas tão simples", informou Márcio.
A rotatividade de leitos favoreceu o internamento da itabaianense Maria Helena dos Santos, 38 anos, mãe de dez filhos. A dona de casa deu luz a uma menina prematura nesta terça-feira, 16, e disse que não encontrou dificuldades para ser atendida na hora em que mais precisou.
Atualmente, ela está no alojamento conjunto sob a orientação e acompanhamento do ‘Projeto Mãe Canguru’. "Não tenho nada para reclamar daqui. Todos se preocupam com a gente e não deixam faltar nada", contou Maria Helena.
[/vc_column_text][/vc_column] [vc_column width=”1/3″][vc_column_text]- Maternidade reduz tempo médio de permanência na enfermaria – Foto: Isa Vanny