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Dados de uma pesquisa realizada pelo Serviço de Atendimento às Vítimas de Violência Sexual, que funciona na Maternidade Nossa Senhora de Lourdes, revelam que, em 2007, o serviço atendeu a 297 mulheres, sendo 248 menores de idade e 49 acima de 18 anos. Todas receberam acompanhamento de uma equipe multiprofissional composta por médicos, enfermeiros, psicólogos e auxiliares de enfermagem.

De acordo com a médica Patrícia Chaves, coordenadora do serviço, os tipos de violência mais comuns são o estupro e o abuso sexual, praticados por conhecidos ou pessoas da família, na maioria das vezes o pai ou padastro das vítimas. No ano passado, foram 130 registros nesse sentido. O mapa da violência sexual contra a mulher mostra ainda grande incidência de casos relacionados à violência presumida e atentado ao pudor, com 39 e 23 registros no ano passado, respectivamente.

Um dos motivos que prejudica o auxílio às vítimas é o fato de muitas delas não denunciarem o abuso, temendo ameaças dos agressores. "Se considerarmos que na maioria dos casos a violência é praticada por pais, padrinhos, irmãos, tios ou outros parentes, podemos perceber que os números de crime desta natureza superam os outros praticados por desconhecidos", destacou Patrícia.

Acolhimento

O Serviço de Atendimento às Vítimas de Violência Sexual funciona em tempo integral na maternidade. As pacientes fazem o acompanhamento durante seis meses. Segundo a coordenadora do serviço, uma preocupação constante é garantir atendimento médico dentro de 72 horas após o ocorrido, para que a aplicação de medidas contra o contágio de doenças sexualmente transmissíveis seja eficaz.

"Desde que foi implantado, o serviço alcançou vitórias como o aumento do número de vítimas que procuram o atendimento especializado. Ainda assim, continuamos preocupados com o tempo entre a agressão e o momento em que a vítima chega a ser atendida, pois existe um tempo limite para medidas de profilaxia contra a gravidez e as doenças sexualmente transmissíveis", frisou a médica.

Participação

Patrícia Chaves disse ainda que os resultados do Serviço de Atendimento às Vítimas de Violência Sexual serão apresentados durante o seminário nacional ‘Violência: uma Epidemia Silenciosa’, que será realizado nos dias 26 e 27 de março, em Porto Alegre (RS). É a segunda vez que o serviço é convidado a participar de um evento promovido pelo Conselho Nacional de Secretários de Saúde (Conass).

"Fomos selecionados entre diversos trabalhos desenvolvidos pelas Secretarias de Saúde de todo o país. Isso é um ponto positivo para que outros gestores conheçam o que é feito em Sergipe, além de nos dar a oportunidade de ver outros projetos que também estão dando certo", concluiu Patrícia Chaves.

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