[vc_row][vc_column width=”2/3″][vc_column_text]

Um projeto de iniciação científica está transformando a rotina dos alunos do Centro de Excelência Ministro Marcos Maciel. Como o aparelho celular e a utilização das redes sociais já fazem parte do cotidiano dos alunos e professores, a escola decidiu utilizar-se dessas ferramentas de maneira construtiva em atividades didático-pedagógicas. Para isso, o professor Sérgio Borges idealizou o projeto Meu Celular, com você fica mais fácil até respirar?

O projeto envolve 30 alunos do 9º do ensino fundamental e 3º e 2º anos do ensino médio, o qual prevê a produção de vídeos, com uma nova linguagem audiovisual, com temas relacionados ao cotidiano da instituição. As atividades são desenvolvidas às segundas e quintas-feiras, na parte da tarde, dentro das atividades extracurriculares que são realizadas na escola. A previsão é de que o projeto se encerre em janeiro de 2014, com vários vídeos retratando o cotidiano dos alunos.

O professor Sérgio enfatiza que o objetivo é analisar as possíveis interferências dessa tecnologia na vida acadêmica, nas relações familiares e sociais, a fim de mapear um perfil do usuário, tipo e utilização do celular, visando ao aproveitamento como recurso didático no processo de ensino e aprendizagem no ambiente escolar.

Inicialmente os alunos participaram de uma oficina de arte e vídeo, na qual conheceram a história do celular e adquiriram conhecimentos teóricos sobre este meio de comunicação. No momento eles estão produzindo um vídeo, com imagens sendo captadas pelo celular, sobre a pelada na periferia, a famosa pelada no campo de várzea. Jovens das comunidades dos bairros Santos Dumont e Dezoito do Forte também estão envolvidos. Segundo o professor Sérgio Borges, a intenção é mostrar o sonho desses garotos de serem jogadores, “já que alguns deles fazem parte de escolinhas de futebol”, explicou.

O professor Sérgio Borges também está desenvolvendo uma linha de pesquisa qualitativa e quantitativa entre os alunos da escola para identificar quantos deles se utilizam deste aparelho de comunicação. Nesta pesquisa está sendo observada a abrangência do uso do telefone móvel, o número de alunos que o possui conectado à internet, as formas de acesso e a frequência do uso para, com os dados em mãos, incentivar a utilização dessas ferramentas didaticamente.

Diversidade sexual

Outro tema que os alunos irão trabalhar é a diversidade sexual. De acordo com Sérgio Borges, a comunidade estudantil do Marco Maciel não tem preconceito com relação à diversidade, existindo uma convivência harmoniosa e respeitosa com relação à orientação sexual das pessoas. “Eu achei superinteressante e nós vamos procurar mostrar isso através do audiovisual”, destacou.

Cotidiano

O aluno Kleiton Victor Carlos dos Santos está entusiasmado em participar desse projeto. Ele está captando as imagens para o filme sobre pelada de futebol. “Nós estamos vendo a utilização diferente para o celular; uma forma melhor de usar o celular, pesquisar várias coisas, sem deixar de prestar atenção à aula,

“Eu estou descobrindo o celular. O pessoal da minha idade utiliza o celular para fazer ligação, enviar mensagens, ouvir música. Nós estamos utilizando de forma diferente para enviar vídeos educativos. Vídeos que demonstram a realidade de vários garotos da minha idade. A violência é um tema que pode ser abordado, como também no caso da situação dos ônibus da cidade”, declarou o aluno Adailton Silva, que está participando do projeto.

Outros projetos

Além do projeto científico do professor Sérgio Borges, existem outros projetos sendo trabalhados no Centro de Excelência Marco Maciel. É o caso do projeto Fotografia, História e Filosofia, que é desenvolvido na instituição por iniciativa dos professores Samuel Dalvo e Ermelino Góis.

Segundo o professor Samuel Dalvo, a ideia é mostrar que fotografar não é tão somente um clique na máquina; é algo mais que isso. “Estamos tentando buscar a história da fotografia, a história dos instrumentos, fotografar e tentar fazer a leitura da filosofia contemporânea com autores como Roland Bartes e Jean Baudrillard. Nós vamos colocar na cabeça dessa moçada algo que pode ser lido a partir de uma ideia que até então eles não tinham”, explicou o professor.

[/vc_column_text][/vc_column] [vc_column width=”1/3″][vc_column_text] [/vc_column_text][/vc_column][/vc_row]

Comments are closed.