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O governador de Sergipe, Marcelo Déda, participou neste domingo, 25, da procissão de Nossa Senhora do Desterro, padroeira de Japoatã, município localizado no Baixo São Francisco e distante 94 quilômetros de Aracaju. A programação comemorativa começou no último dia 17, com o novenário.  Os fiéis seguiram a imagem, que era anunciada pela banda marcial Luiz Ferreira Gomes, de Rosário do Catete, e por fogos, em cada rua que passava. Em meio à multidão, estavam o grupo Legião de Maria, formado por mais de 300 pessoas, e o Apostolado da Oração Sagrado Coração de Jesus.

Enfeitadas pelo artista plástico Adauto Freire Filho, as imagens da Sagrada Família, em que foi personificada a Nossa Senhora do Desterro, chegaram à Igreja Matriz ao som do sino e de fogos. O pároco do município, o canadense Paulo Maliska, conduziu a bênção do Santíssimo Sacramento. Em seu breve pronunciamento, o governador Marcelo Déda pediu a Deus e a Nossa Senhora do Desterro força e energia para que continue dando condições para realizar o desejo do povo de Sergipe. Em seguida, houve apresentação musical do cantor Jorge Mário Nascimento.

A festa de Nossa Senhora do Desterro está inserida na programação do VI Encontro Cultural de Japoatã. Realizado desde o último dia 20, o evento termina nesta segunda-feira, 26, com Missa dos Feirantes, às 8h, e Feira Cultural, às 9h. O Encontro, que teve programações culturais, sociais e religiosas, contou como apoio do Governo de Sergipe, através da Secretaria de Estado da Comunicação Social.

Padroeira

O termo ‘desterro’ faz referência ao evento bíblico narrado no evangelho de São Mateus sobre a fuga de Maria e José para o Egito a fim de salvar o menino Jesus da matança de recém-nascidos ordenada pelo rei Herodes em Israel. "Por isso, as pessoas que estão em perseguição se identificam com Nossa Senhora do Desterro e recorrem a ela para alcançar graças", acrescentou o pároco Paulo Maliska. Ele explicou que originalmente a padroeira da região era a Nossa Senhora das Agonias, conhecida também como Nossa Senhora das Dores. Por volta de 1620, a imagem dessa santa foi trazida por padre jesuítas de Portugal.

Os religiosos eram de uma ordem da Igreja Católica, fundada pelo espanhol Santo Inácio de Loyola, por volta de 1570. Posteriormente, os jesuítas acabaram se tornando a maior ordem religiosa, conhecia como Companhia de Jesus. Eles vieram ao Brasil, inclusive a Japoatã, como uma missão de catequese.

Por volta do século XVIII, os jesuítas foram expulsos pelo rei de Portugal porque, assim como o rei da Espanha, sentia seu poder ameaçado pelos jesuítas. Os reis deram um ultimato ao Papa Paulo III para que eliminasse a ordem de Jesuítas. Essa seria a condição para que esses reis não se separassem da Igreja Católica. Sem escolha, o papa obedeceu ao pedido, suprimindo a ordem dos jesuítas. Eles tiveram que sair de todas as missões, inclusive de Japoatã, e levaram embora a imagem de Nossa Senhora das Dores. No lugar, foram colocadas as imagens da Sagrada Família. O padre Paulo Maliska explica que o termo ‘desterro’ também está associado a esse episódio com a imagem que teve que ser levada com os jesuítas expulsos de Sergipe.

Presenças

Entre as autoridades presentes na procissão em Japoatã estiveram a secretária de Estado de Inclusão, Assistência e Desenvolvimento Social, Ana Lucia Vieira, os deputados federais Iran Barbosa e Eduardo Amorim, a vice-presidente da Assembléia Legislativa, Angélica Guimarães, o prefeito de Japoatã, Arnaldo Ramalho de Souza, e o vereador José Antônio da Silva.

 

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