[vc_row][vc_column width=”2/3″][vc_column_text]Criada como meio de vida para sintetizar emoções e valorizar a cultura dos povos, ao longo dos tempos a pintura revelou-se prazer para alguns poucos. Todavia, a Prefeitura de Aracaju decidiu que artes plásticas podem atravessar fronteiras e tornar-se meio de sobrevivência para muitos talentos. E foi com esta visão que a Secretaria Municipal de Assistência Social e Cidadania (Semasc) criou o Curso de Pintura, dando prioridades às mães de crianças e adolescentes que viviam em situação de riso a ter novas oportunidades. Antes disso, estas crianças e adolescentes eram submetidos à exploração trabalhista e agora estão incluídos no Programa de Erradicação do Trabalho Infantil (Peti).

Inscritas no curso de técnicas em pintura, 35 mães destes garotos receberam na sexta-feira, dia 3, o certificado de conclusão. “Este é um trabalho de transformação e não só de assistência, é um trabalho de reestrutura da vida do cidadão aracajuano”, observa a vereadora Conceição Vieira, titular da Semasc.

Realizado pela Semasc, o curso foi executado sob orientação da professora Vera Maria de Aragão Santana. “Estou feliz em ver essas mães desenvolverem tão bem esse curso”, observa Vera Aragão. “Antes, elas eram pessoas que não tinham nenhuma expectativa de melhoria de vida. Hoje, elas se sentem valorizadas”, diz.

O curso teve duração de quatro meses com carga horária de 20h semanais e foi realizado no Centro Comunitário Jardim Esperança, naquele bairro. Uma experiência que pode valer mais que uma simples aventura. “Umas já sabiam da existência do seu dom e outras descobriram este dom através das aulas”, observa Vera Aragão.

Paralelamente, as 35 mães realizaram durante todo o dia uma feira de artesanato colocando todos os trabalhos por elas confeccionados para a comercialização. Foram expostos trabalhos em pinturas em tecidos, em cerâmica, entre outros objetos confeccionados em madeira. Com preços que variavam entre R$ 1,00 a R$ 4,00, elas aproveitaram o curso para colher os bons frutos.

Ivalda Martins, 53, que antes de participar do curso vivia em casa sem fazer nada, é um destes exemplos. “Agora minha vida mudou para melhor, estou com alguns objetos confeccionados em casa e sábado vou para Feira do Orlando Dantas vendê-los”, disse, satisfeita.

Maria Santana da Cruz, 60, também aproveitou o curso para gerar mais renda para sua família. “Eu já vendo lanche na feira, mas mesmo assim ainda não tava dando para cobrir todas as despesas. Com o curso, espero não ficar tão apertada e melhorar a vida da minha família”, disse alegre Maria Santana.

Mas o curso não serviu apenas para geração de renda. Eliene Maria dos Santos, 32, por exemplo, pensa em ampliar seus conhecimentos. “Com o dinheiro que eu ganhar com a venda dos objetos que confeccionei, vou investir em cima daquilo que aprendi e, se der, vou fazer mais cursos”, diz.[/vc_column_text][/vc_column] [vc_column width=”1/3″][vc_column_text] [/vc_column_text][/vc_column][/vc_row]

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