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Saber a nuance do pensamento do escritor é tão ou mais importante quanto discutir a obra em si. Fundamentado em temas polêmicos, o Comitê Sergipano do Proler abre a programação do Ponto de Encontro do Proler 2011, nesta quarta-feira, 27, abordando o tema “Literatura e Preconceito” na obra do autor Monteiro Lobato. Promovido pela Secretaria de Estado da Cultura (Secult), o evento ocorre na biblioteca pública Epifânio Dória (BPED).

“Tínhamos certa urgência em discutir esse assunto. Assim, após nossas reuniões (que acontecem todas as quartas-feiras na Biblioteca Pública) chegamos a conclusão de que o tema necessitava de mais explicações, outras visões. Ninguém pode acusar autor algum de ser preconceituoso tirando por conclusão uma obra ficcional, mas buscamos trazer especialistas que estão apresentando resultados de pesquisas em outros textos pessoais de Lobato. Nossa intenção é despertar os professores para que os mesmos levantem essa questão com seus alunos em sala de aula.”, explicou Rosineide Santana, integrante do Comitê Sergipano do Proler.

A discussão em torno da obra de Lobato nasceu em 2010, quando participantes do Conselho Nacional de Educação (CNE) acataram, de forma unânime, a ideia de que existe  preconceito em alguns livros do escritor. O livro “Caçadas de Pedrinho”, no qual a personagem Tia Nastácia foi comparada com animais (urubu e macaco), seria uma destas obras . A súmula contendo parecer da CNE foi publicada no Diário Oficial da União em outubro do ano passado.

Para a professora Maria Luzia Melo, o evento oportuniza a chance de mesclar literatura e tópicos que embasam a prática textual. “A primeira grande observação que tenho sobre o evento diz respeito à reflexão da literatura em si, depois vem a questão temática, no caso, a obra de Monteiro Lobato. Temos a chance de aprender história e literatura ao mesmo tempo. O objetivo não é formar uma ideia somente, mas demonstrar as possibilidades que cada texto pode apresentar. O Ponto de Encontro do Proler tem o poder de acionar um dispositivo que desperta nossas percepções”, opinou.

A programação do Ponto de Encontro trouxe também arração de histórias, oficina de manipulação de bonecos e workshop de música com integrantes do grupo Casa do Zé . De acordo com a diretora da Biblioteca, Sônia Carvalho a escolha do tema abordado faz parte de uma integração entre os componentes do Comitê. “Este grupo integra a Fundação Biblioteca Nacional, desde 1997, onde semanalmente realizam reuniões para discutir os assuntos que estão em voga no momento, no campo literário. É sempre um momento de celebração”, disse.

O Ponto de Encontro do Proler é promovido duas vezes por ano, já a Roda de Leitura do Proler ocorre uma vez por mês, no auditório da BPED. A próxima acontecerá no dia 17 de maio, com acesso livre à população.

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