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O jornal Brasil Econômico, de São Paulo, publicou nesta terça-feira, 4, artigo do presidente do Banco do Estado de Sergipe (Banese), Saumíneo Nascimento, sobre os desafios do novo governo federal. O artigo foi publicado na página 10, na seção de Opinião do jornal. Segue abaixo o artigo na íntegra.

Desafios do governo

Em 2011 teremos um novo governo federal administrando o Brasil e claro que desafios sempre existiram e existirão para quem assume um governo. Repassarei adiante algumas observações de desafios que foram apresentadas pelo ministro da Fazenda do governo brasileiro, Guido Mantega. Julgo que referidas opiniões estão sintonizadas com a evolução das teorias econômicas, refletindo as preocupações e problemas concretos enfrentados pela nossa sociedade.

O primeiro desafio é a manutenção do crescimento sustentável, pois temos um cenário mundial incerto e
adverso, porém o Brasil reúne condições de continuar e melhorar a sua trajetória de crescimento.Um novo ciclo de desenvolvimento irá acontecer e, a expectativa é de o PIB brasileiro ter crescimento médio anual de 6,1%, registre-se que o crescimento entre 1998 a 2002 foi de 1,7% e de 4,1% entre 2003 e 2010.

Outro desafio é a consolidação de uma eficiente política fiscal, o que irá requerer tratamento rigoroso no controle do custeio, verifique-se que no pós-crise (2009-2010), o Estado aumentou os gastos com subsídios, desonerações e investimentos.Agora que a economia está recuperada, a tendência é o Estado diminuir os gastos de custeio e impedir a efetivação de novos gastos, algo diferente do que ficou conhecido no passado como ajuste fiscal. A consequência do trabalho será a geração de poupança pública, o que poderá propiciar a redução de juros. Nesta lógica é possível que ocorra diminuição de estímulos fiscais, mas comprovável aumento de estímulos monetários, assim teremos a substituição de demanda do setor público por demanda do setor privado.

Mais um desafio será a manutenção do equilíbrio das contas externas, o que pode ser efetivado através do controle dos déficits em transações correntes, reforçando-se também as políticas comerciais, a exemplo da política antidumping, maior crescimento dos desembolsos dos financiamentos às exportações (Exim-BNDES e Proex-Banco do Brasil), alavancando as exportações, além disso, é preciso impedir que a guerra cambial induza a valorização do real.

A continuidade da modernização do sistema financeiro brasileiro é imperativa, pois os tomadores sempre estão a requerer agilidade nos processos decisórios, permitindo ganhos de oportunidade, por isso que o aumento dos volumes de créditos de longo prazo é possível, via intensidade da atuação do setor bancário público, mas também comum a melhor participação do setor bancário privado. Em complemento, temos um mercado de capitais que se dinamiza, com maior conhecimento e entendimento da população da sua funcionalidade, popularizando-se alguns instrumentos como debêntures, letras financeiras, crédito imobiliário–CRI, etc.

Outros desafios também terão de ser enfrentados, a exemplo demanter o estímulo ao investimento público e privado; consolidação domercado interno; ampliação da competitividade brasileira; acompanhamento do câmbio; reforma que seja capaz de reduzir tributos sem descontrole fiscal; reduzir juros e aumentar crédito.

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