[vc_row][vc_column width=”2/3″][vc_column_text]

Uma viagem pelo interior de Sergipe, visando conhecer diversas iniciativas que conseguiram modificar a realidade social de pequenas regiões, através de ações que dinamizaram a economia de várias comunidades. Foi isso que aconteceu na última terça-feira, 3, quando o vice-governador do Estado, Jackson Barreto, visitou projetos desenvolvidos pelo Sebrae. Acompanharam o vice-governador o superintendente do Sebrae, Lauro Vasconcelos, e diversos técnicos e coordenadores da instituição.

Para o vice-governador, que se mostrou muito feliz por percorrer o roteiro com o Sebrae, as visitas representaram uma espécie de redescobrimento do seu estado. “Vimos diversas propostas e projetos muito interessantes para o fortalecimento da cidadania, atendendo a população mais carente, através do desenvolvimento econômico com sustentabilidade. Fiquei também muito feliz com o trabalho integrado de diversas entidades, como o Pronese, Banco do Brasil, BNDES, numa simbiose que gera o desenvolvimento local”, disse Jackson, enfatizando ainda o seu grande interesse, como vice-governador e sergipano, em aprender cada dia mais sobre o estado.

O superintendente do Sebrae, Lauro Vasconcelos, destacou a importância da visita do vice-governador aos projetos, afirmando que a parceria do governo do Estado com o Sebrae é fundamental para que os projetos obtenham resultados efetivos. “Foi um momento muito importante para o aprofundamento da parceria entre o governo e o Sebrae, já que sozinho não conseguimos dar mais amplitudes à estas iniciativas. O vice-governador ficou surpreso com o trabalho do Sebrae e concluiu a visita técnica empolgado”, disse Lauro.

Ponto de Cruz

A visita começou no povoado Açuzinho, município de Lagarto, onde a comitiva conheceu o projeto ‘A Arte das mãos’. Viabilizado em parceria com a Associação Comunitária Santa Rita do Açuzinho, o projeto incrementou a produção e venda do artesanato produzido pelas 48 bordadeiras associadas, que utilizam a técnica do ponto de cruz.

Após receber os elogios do vice-governador, por conta da qualidade e beleza do trabalho, a representante das bordadeiras, Raimunda Celestina, explicou que elas já sabiam bordar, mas a parceira com o Sebrae foi fundamental para a organização da entidade e o aperfeiçoamento dos seus produtos, que foram um dos destaques da última feira de Sergipe e já são comercializados no centro de artesanato da Orla de Atalaia, sendo vendidos até em São Paulo, Rio de Janeiro e Belo Horizonte.

Raimunda explicou aos visitantes o processo de confecção dos produtos e destacou a qualidade e diferencial das peças, que levam muita gente a pensar que o trabalho foi feito através de máquinas. “Mas é tudo feito à mão. O trabalho do Sebrae foi ajudar a melhorar o acabamento do material e mostrar que o artesanato pode ser uma fonte de renda, com sustentabilidade”, disse a gerente do Sebrae responsável pelo projeto, Júlia Vasconcelos.

Agroecologia

A próxima parada foi no perímetro irrigado Piauí, onde o Sebrae apóia um projeto denominado de Produção Agro-ecológica Integrada Sustentável (Pais). Também compareceram a esta visita o prefeito do município de Lagarto, Valmir Monteiro, o presidente da Cohidro, Mardoqueu Bodano, que juntamente com técnicos da Cohidro, explicaram o processo de produção Agroecológica.

Antes da chegada do projeto, a comunidade local sobrevivia basicamente da plantação do fumo e mandioca. Hoje, são cultivados mais de trinta tipos de verduras, frutas e legumes – que são comprados inclusive pela prefeitura municipal, para a merenda escolar. “A parceria está sendo literalmente frutífera. Capacitamos os produtores, que diversificaram a produção produzindo principalmente quiabo, tomate, pimentão, couve-flor”, explicou Adriana Cunha, gerente do Sebrae.

O diretor de irrigação da Cohidro, João Fonseca, avaliou que uma das razões de Aracaju sempre aparecer nas pesquisas como uma das cidades com cesta básica de menor valor no nordeste, se deve principalmente à atuação dos perímetros irrigados, que também garante renda aos pequenos agricultores. O diretor ressaltou ainda, a parceria com a Conab, através do Programa de Aquisição de Alimentos (PAA), que apenas em 2010 e 2011 comprou R$ 1,6 milhão em produtos dos perímetros irrigados de Sergipe.

Palma

No assentamento Irmão Dorothy, também em Lagarto, a comitiva acompanhou o projeto ‘Palma para Sergipe’, onde foi desenvolvida uma tecnologia para o cultivo intensivo da palma. O consultor do Sebrae para o projeto, Paulo Suassuna, explicou que com a técnica, o corte da planta pode ser feita após um ano, muito antes do período habitual, que é de dois a três anos, alcançando uma produtividade de 12 quilos por hectare.

“É um tecnologia desenvolvida desde 1993, e o manejo é feito aqui mesmo. A palma pode ser usada ‘in natura’, mas pode ser transformada em farelo e ser vendida, o que também é feito pelo grupo de dez produtores que estão sendo capacitados pelo Sebrae”, explicou Paulo Suassuna.

No mesmo local outro projeto, em parceria com o Pronese, também chamou a atenção dos visitantes. O projeto envolve a criação de 81 caprinos no assentamento.

Farinha

Na visita ao povoado Gameleira, em Campo do Brito, a comitiva foi apresentado ao trabalho da Cooperativa dos Produtores de Farinha de Mandioca e conheceram uma casa de farinha local. A cooperativa chega a comprar mandioca de todo o Nordeste, para produzir a farinha que já está sendo comercializada nos grandes supermercados da capital sergipana. O município é hoje o maior produtor do estado, com 500 casas de farinha, ultrapassando a produção de outras cidades com tradição no produto.

A técnica do Sebrae responsável pelo projeto, Maria Anita, explicou que foi trabalhado a melhoria na qualidade do tradicional produto nordestino, com organização, investimento nas instalações, busca de boas práticas e melhoria da higiene.

“A gente lutava muito para plantar e passava tudo para os atravessadores, aí o Sebrae ajudou a fundar a cooperativa que conta hoje com 52 cooperados. Hoje, a gente também aproveita 100% da mandioca, que antes não sabíamos como usar, até as cinzas a gente vende, e a manipueira vira ração para o gado”, explicou o presidente da Cooperativa dos Produtores de Farinha de Mandioca de Campo do Brito (Coofama), Carlos Gato.

“Já vi muito como se fazia farinha, na minha terra, Santa Rosa, mas saio daqui hoje com outra visão sobre a produção da farinha”, disse o vice-governador, que se mostrou surpreso com o projeto.

Suínos

Outra localidade que estava no roteiro foi o povoado Sariemen, onde está instalada a Granja Cristo Rei e a Central de Inseminação – administrada pela cooperativa Coopergipe, que conta com 28 sócios e produtores em 13 municípios. Juntos, eles compram reprodutores de alto padrão, que chegam a custar R$ 8 mil no mercado e comercializam o seu material genético.

“É muito caro adquirir e manter um animal desses, e com a cooperativa esse custo é diluído. Com isso a nossa tecnologia genética não perde para lugar nenhum do país”, explicou o presidente da cooperativa, que aproveitou para entregar ao vice-governador uma pauta de reivindicações da categoria, que abrangem a diminuição de impostos, a construção de uma sala para cortes e resfriamento da carne e a inclusão da ‘Festa do Suíno Light’ no calendário de festas do Estado. Jackson recebeu um ofício com os pedidos e foi também homenageado com o prêmio ‘Amigo do suinocultor sergipano’, por incentivar a produção dos pequenos agricultores.

Barraginhas e artesanato

A parada final da comitiva foi a cidade natal do vice-governador, Santa Rosa de Lima, onde foi apresentado a tecnologia das ‘Barraginhas’, no povoado Areias e o artesanato em palha de bananeira do povoado Canabrava. O prefeito Eduardo Prado acompanhou o grupo, que ouviu os técnicos do Sebrae explicando a utilização das barraginhas, que são pequenas barragens para acumular água durante enxurradas. Na região já existem cerca de 66 delas, e em Sergipe são 900, construídas em parceria com a Fundação Banco do Brasil, BNDES e Sebrae.

Já o projeto com o artesanato foi iniciado há um ano e conta com a parceria da prefeitura, que aperfeiçoou a técnica e melhorou o produto final das 25 artesãs associadas, que trabalham com a palha de bananeira – produto que existe em abundância na região. As artesãs utilizam a técnica da renda irlandesa, e até o crochê, na palha, o que lhes rendeu grande destaque durante a última feira de artesanato de Sergipe. “Fiquei muito feliz e orgulhoso por essas pessoas da minha terra. Elas realizam um trabalho belíssimo”, falou Jackson, que também ouviu as reivindicações do grupo.

[/vc_column_text][/vc_column] [vc_column width=”1/3″][vc_column_text] [/vc_column_text][/vc_column][/vc_row]

Comments are closed.