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O agricultor Arnaldo Ramos da Silva planeja aumentar a produção de 30 toneladas e a renda da família com a safra de arroz deste ano. Ele integra o conjunto de agricultores familiares que recebeu nesta quarta-feira, 26, 387 toneladas de sementes do cereal. A solenidade de entrega ocorreu em Ilha das Flores e contou com a presença do governador em exercício Jackson Barreto.

A distribuição de sementes de arroz, realizada pelo Governo do Estado, beneficia mais de 1 mil famílias dos perímetros irrigados de Betume, Propriá e Cotinguiba Pindoba, na região do Baixo São Francisco, e soma um investimento de R$ 599.964,67. Os recursos são oriundos do Fundo Estadual de Combate à Pobreza (Funcep), gerido pela Secretaria de Estado de Inclusão Social (Seides).

Os três perímetros abrangem os municípios de Propriá, Telha, Cedro de São João, Neópolis, Ilha das Flores, Brejo Grande e Pacatuba.  Somente em Ilha das Flores, foram entregues 260 toneladas de sementes de arroz para mais de 400 famílias, as quais cultivam uma área de 620 lotes. O investimento junto aos parceleiros do perímetro Betume totaliza R$ R$ 403.561,71.

Em seu discurso, Jackson Barreto destacou a importância econômica do programa de distribuição de sementes. “A rizicultura é fundamental para a economia local e investir na atividade é investir no desenvolvimento, no crescimento social e econômico do Baixo São Francisco. Com a produção de alimentos, melhoramos a qualidade de vida das pessoas. Na história deste Estado, não há um governador que tenha trabalhado mais que Marcelo Déda. Temos Clínica de Saúde da Família, calçamento de rua, reforma do mercado, a estrada que liga Ilha das Flores à Neópolis e hoje estamos aqui para entregar sementes aos produtores do Baixo São Francisco. O município de Ilha das Flores é um dos grandes produtores de arroz do Nordeste e isso se deu graças à intervenção do Governo”, afirma.

“É uma satisfação participar desta entrega de sementes. Ilha das Flores é o maior produtor de arroz de Sergipe e do Brasil. A prefeitura está aberta para mantermos este programa e continuarmos crescendo na rizicultura”, declara o prefeito de Ilha das Flores, Christiano Rogério Cavalcante.

A rizicultura vem se firmando na cadeira produtiva agrícola de Sergipe e movimenta a economia da região do Baixo São Francisco. Os perímetros irrigados dessa localidade produzem anualmente entre 40 e 60 mil toneladas de arroz. O programa de Distribuição de sementes, implantado na primeira gestão do governador Marcelo Déda, contribui diretamente para a expansão da produção e é voltado para o fortalecimento da agricultura familiar. Em 2010, a Secretaria de Estado de Agricultura (Seagri) distribuiu 210 toneladas de sementes de arroz. Já em 2011 e 2012, a quantidade subiu para 300.

O secretário de Estado de Agricultura e de Desenvolvimento Rural, José Sobral, informou que a expectativa é que este ano a produção alcance a marca de 60 mil toneladas.

 “Pelo segundo ano consecutivo, essa região é recorde nacional de produtividade de arroz. Começamos com 300 lotes e hoje temos 600 lotes. Esse projeto interfere na região que possui o menor Índice de Desenvolvimento Humano (IDH) do estado de Sergipe. É uma política pública exitosa, que vem transformando a vida do agricultor da região. Atualmente, o Baixo São Francisco produz até 60 mil toneladas de arroz por ano, um número significativo. Essa produção vem crescendo nos últimos dois anos, fruto das ações desenvolvidas em parceria com o Governo do Estado, com a doação de sementes, a compra de arroz pela Conab e a administração técnica dos perímetros, mas, acima de tudo, porque temos produtores comprometidos, que são exemplo nacional de produtividade em perímetros irrigados. A gente espera que continue assim e para isso vamos dar continuidade ao programa de doação de sementes. Ano passado, foram 300 toneladas de sementes doadas e este ano serão 400 toneladas. Com uma semente de qualidade, a produção é melhor, o produto tem uma maior qualidade, consequentemente o preço de venda do arroz é maior, o que aumenta a renda do agricultor”, diz.

Outra medida importante na consolidação da agricultura familiar como segmento de mercado – e não mais como atividade de subsistência – é a parceria entre o Governo de Sergipe e a Companhia Nacional de Abastecimento (Conab). Por meio dessa, a Conab compra a produção familiar a preços adequados, de forma descomplicada e sem intermediários. O produto é processado e disponibilizado para uso em merenda escolar ou estoques reguladores do Governo.  Ano passado, a Companhia adquiriu 12 mil toneladas de arroz com cascas dos produtores do Baixo São Francisco.

Para participar da venda direta com a Conab, o agricultor precisa da Declaração de Aptidão do Produtor (DAP). O documento é emitido por meio de cadastro junto à Empresa de Desenvolvimento Agropecuário de Sergipe (Emdagro).

O agricultor Antônio dos Santos participa do programa de doação de sementes e contabiliza os benefícios. “Ficou tudo melhor depois da implantação desse programa. Trabalho na lavoura com meus três filhos e nossa renda aumentou 50% depois que passamos a receber sementes da Secretaria de Agricultura. Reformamos a casa e hoje não falta mais nada para minha família”.

Agricultura Familiar

O desenvolvimento rural de Sergipe é um dos pilares da política de interiorização do crescimento do Governo do Estado, já que a atividade agrícola responde por 84% da ocupação das pessoas que vivem no campo.  Os investimentos da gestão estadual na agricultura familiar, no beneficiamento de sementes e na capacitação e na assistência técnica do produtor aumentou em 50% a safra de arroz em 2010, conforme dados do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).  Já na produção de milho, o Estado desponta como o segundo maior produtor do Nordeste, ficando atrás somente da Bahia. Em 2010, o valor da produção de milho alcançou R$ 300 milhões, superando a cana de açúcar.

Em 2012, foram revertidos mais de R$ 4 milhões no aumento da participação dos agricultores familiares nos programas de Aquisição de Alimentos (PNAE) e de Alimentação Escolar. Atualmente, 62 municípios, dos 75 que compõem o estado integram o PNAE, o que representa 1.877 pequenos produtores.

Mais Irrigação

Em maio, o governador em exercício Jackson Barreto reuniu agricultores, prefeitos e vereadores do Baixo São Francisco para discutir os investimentos de R$ 102 milhões do programa federal Mais Irrigação.  A verba será utilizada para fomentar a produção de arroz nos perímetros irrigados de Betume, Cotinguiba/Pindoba e Propriá, através da pavimentação de estradas de serviços, reabilitação de canais e aquisição de equipamentos.

Lançado em novembro de 2012, o Programa Mais Irrigação prevê investimentos de R$ 10 bilhões para valorizar a economia regional, gerar mais emprego e renda e garantir a produção de alimentos de qualidade em 16 estados brasileiros.  Além do Nordeste, participam do Programa os estados de Goiás, Mato Grosso e Mato Grosso do Sul, Minas Gerais, Tocantins, Rio Grande do Sul e Roraima.

Coordenado pelo Ministério da Integração Nacional, o Mais Irrigação vai beneficiar uma área total de 538 mil hectares. Dos 66 projetos contemplados, 32 são administrados pela Codevasf. O programa está dividido em quatro eixos, que estabelecem a criação de parcerias público-privadas, implantação e revitalização de projetos de irrigação, apoio à agricultura familiar e criação de novos estudos e projetos.

Para Sergipe, serão destinados R$ 210,3 milhões. Esse montante será investido no fortalecimento da agricultura familiar, com consequente geração de empregos, renda e incremento da produção de alimentos. A área total em Sergipe inserida no programa é de 21,9 mil hectares. Do total previsto de recursos, R$ 130,3 milhões serão aplicados em cinco projetos sob a responsabilidade Codevasf no estado.

No Baixo São Francisco, os investimentos envolvem a pavimentação de 30 quilômetros de corredores de escoamento da produção nos perímetros irrigados da região; Construção de uma ponte sobre o riacho Pilões, no perímetro Cotinguiba/Pindoba; Reabilitação de 46,6 quilômetros de canais de irrigação nos perímetros Propriá, Cotinguiba/Pindoba e Betume e aquisição de máquinas e equipamentos que dão suporte à operação e manutenção dos perímetros irrigados.

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