Integrantes do bloco Ilê Aiyê da Bahia discutem sobre cultura negra com os aracajuanos

Posted on 10 de setembro de 2003 by IMD Instituto Marcelo Déda wrote in Notícias_2003.

[vc_row][vc_column width=”2/3″][vc_column_text]O ponta-pé inicial das atividades do projeto Ilê Aiyê – O Mais Belo dos Belos em Aracaju foi dado na manhã de hoje, dia 10. Às 8 horas, os integrantes do Bloco Ilê Aiyê, um dos mais importantes da Bahia, concederam uma entrevista coletiva no auditório da Sociedade Semear. Até o próximo sábado, dia 13, o projeto prossegue com palestras, oficinas e apresentações artísticas em Aracaju.

“O projeto é uma mostra do que fazemos em Salvador. Um pouco de música, cultura, culinária e nossas atividades. O que queremos é despertar a cultura negra que é a nossa formação. Queremos que as pessoas vejam a sua cara que é negra”, disse o fundador do bloco, Antônio Carlos dos Santos “Vovó”, presente ao evento no Semear.

Segundo Tânia Soares, presidente da Fundação Municipal de Cultura, Turismo e Esportes (Funcaju), o Ilê Aiyê é um exemplo de discussão sobre a consciência negra, por isso a Prefeitura de Aracaju fez questão de trazer o bloco à cidade. “A cultura negra faz parte da nossa formação. É irracional esconder esta nossa raiz. O Ilê faz muito bem o trabalho de divulgar a cultura negra”, disse Tânia durante a coletiva.

O projeto que começou no Maranhão, vai circular 27 capitais brasileiras. Aracaju é a oitava a receber o evento. O coordenador do projeto, Vivaldo Benvindo, agradeceu pelo incentivo da prefeitura que, através da Funcaju, apoiou definitivamente a vinda do Ilê Aiyê a Aracaju. “É difícil encontrar uma Prefeitura como a de Aracaju. Até mesmo em Salvador temos dificuldade de desenvolver nossos projetos. A Prefeitura de Aracaju está de parabéns”, disse Vivaldo.

A programação do Ilê Aiyê – O Mais Belo dos Belos continua até o próximo sábado. Oficinas, palestras e um show musical na sexta feira, dia 12, nos Mercados Municipais, com a participação das bandas Reação e Afro Bumbada, fazem parte deste evento que vai permitir um intercâmbio cultural entre a cultura negra entre as comunidades aracajuana e baiana. Serão quatro dias de troca de experiências a cerca do movimento negro no Brasil.

A festa da manhã de hoje no Semear também foi prestigiada pela Deusa de Ébano do Ilê 2003, Luciene Calmon, e pelo coordenador de Etnias da Funcaju, Andrey Roosewelt. Hoje à noite, a partir das 20 horas no Mirante da 13 de Julho, acontecerá a abertura das exposições sobre o projeto, além de um coquetel para os presentes.[/vc_column_text][/vc_column] [vc_column width=”1/3″][vc_column_text]