Igreja Católica apoia trabalho socieducativo realizado no Cenam

“Saio daqui feliz por ver que a direção do Cenam tem uma filosofia de trabalho com objetivos claros e trabalhar com esses adolescentes como pessoas que podem ser recuperadores e reintegradas ao convívio social”. A afirmação do bispo auxiliar de Aracaju, Dom Henrique Soares da Costa, reflete a opinião da Igreja Católica sobre o trabalho realizado pelo Estado na proteção dos adolescentes internados no Centro de Atendimento ao Menor (Cenam).

A constatação foi feita depois de uma reunião realizada na unidade com a participação de Dom Henrique, do diretor-presidente da Fundação Renascer, Gicelmo Albuquerque, da diretora administrativa e financeira, Maria José Santana, da diretora do Cenam, Antônia Menezes, do presidente do Conselho Estadual dos Direitos da Criança e do Adolescente (Cedca), Darival Falcão, além de representantes da pastoral carcerária.

Na oportunidade, a diretora do Cenam, Antônia Menezes, relatou os problemas enfrentados pela unidade e mostrou o que tem sido feito para melhorar e garantir o cumprimento da execução das medidas socioeducativas. Além disso, ela expôs o material apreendido durante as revistas nos alojamentos dos adolescentes: serras, cordas feitas com lençóis, chips e celulares.

Em alguns casos, conforme já foi comprovado pela direção, serras e celulares chegam até os internos através de visitantes, que conseguem burlar a segurança e passar pela revista escondendo o material no corpo, na alimentação ou em produtos de higiene pessoal. Por isso, medidas de segurança como a proibição da entrada de visitantes com alimentos e produtos de higiene são necessárias.

Segundo o bispo auxiliar de Aracaju, o Cenam tem uma realidade complexa e é preciso que a sociedade a compreenda melhor. “Aqui há adolescentes e jovens que são o futuro da nossa sociedade. O futuro está sendo gerado aqui e, por isso, precisamos cuidar desses adolescentes com toda a atenção”, frisou Dom Henrique.