[vc_row][vc_column width=”2/3″][vc_column_text]

Há seis anos, um tumor nasceu no maxilar esquerdo de Antônia Lucia Sousa. Logo foi feita a primeira operação. No entanto, no final do ano passado, a doença voltou ainda mais grave. Com o retorno do problema, Antônia procurou uma unidade hospitalar em Aracaju, onde fez a primeira cirurgia, mas foi referenciada para o Hospital de Urgência de Sergipe (Huse).
 
A partir de então, os médicos do Huse começaram a se dedicar ao caso. A conclusão foi que, além da retirada do tumor, era preciso ser feita uma cirurgia plástica delicada, já que todo o lado esquerdo do seu rosto estava comprometido. “O olho já estava fora do lugar e o caroço já atingia da boca até a testa”, lembra Maria José Sousa, irmã da paciente.
 
Operada no início de abril, Antônia Lucia foi a primeira paciente a ser atendida por um novo grupo implementado no Huse. Há pouco mais de um mês, três cirurgiões plásticos foram destinados a atender as demandas do setor de oncologia. “O critério que nós construímos com os cirurgiões foi de que, primeiro, garantiríamos uma escala para a cobertura das cirurgias oncológicas”, afirmou o diretor-geral da Fundação Hospitalar de Saúde (FHS), Antônio Carlos Guimarães.
 
Segundo a coordenadora do Centro de Oncologia do Huse, Rute Andrade, esta era uma reivindicação antiga. “Precisávamos ter esse grupo. É um avanço muito grande para os pacientes já termos uma equipe definida para agilizar as demandas da Oncologia. Até porque não é todo plástico que gosta de fazer cirurgias em pacientes oncológicos, já que os pacientes estão muito debilitados”, frisou.
 
Um dos cirurgiões plástico é Bruno Cintra, escalado para a cirurgia de Antônia Lucia. Para o médico, a formação do grupo facilita o trabalho dos profissionais. “Os plásticos atendiam a todos os pacientes do hospital. Agora se deslocou um grupo para atender exclusivamente à Oncologia. Quando um paciente oncológico precisa de um plástico, ele estava na fila como todos os pacientes. Agora, temos horário cirúrgico e, como grupo, conseguimos muito mais coisas”, relata o médico.
 
Cirurgia
 
A cirurgia de Antônia Lucia foi delicada e teve à frente, além da equipe do plástico Bruno Cintra, as equipes da cirurgiã de cabeça e pescoço Scheilla Salviano e do neurocirurgião Augusto César Esmeraldo. Foram 22 horas entre a preparação até o término do ato cirúrgico, que envolveu cerca de 20 profissionais. “O hospital disponibilizou tudo que pedimos: microscópio, fios de utilização microscópica – que são muito caros -, vaga na Unidade de Terapia Intensiva [UTI]. Não podemos nos queixar, tomara que os próximos continuem assim”, destacou o plástico.
 
A cirurgiã Scheilla Salviano lembrou que casos como o de Antônia eram mandados para fora do estado. “Isso porque não tínhamos o plástico com a especialização em microcirurgias. Com a chegada de Bruno Cintra, este problema foi solucionado” destaca. Quanto à paciente, a médica disse que, felizmente, ela é jovem e está se recuperando bem. “No entanto, precisará passar por outras cirurgias plásticas de menor porte para diminuir as sequelas”, completou.
 
Além do hospital, a irmã da paciente garantiu que o atendimento dispensado pelos profissionais envolvidos no caso foi bom. “Toda equipe foi atenciosa, desde os médicos que operaram até as enfermeiras que estão dando atenção enquanto ela se recupera”, reforçou.

[/vc_column_text][/vc_column] [vc_column width=”1/3″][vc_column_text] [/vc_column_text][/vc_column][/vc_row]

Comments are closed.