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No Hospital de Urgência de Sergipe (HUSE), os cidadãos acometidos por algum tipo de acidente com produtos tóxicos, animais peçonhentos ou plantas venenosas podem obter informações importantes sobre os procedimentos corretos adotados em casos de intoxicação. O serviço, disponibilizado pelo Centro de Informação e Assistência Toxicológica de Sergipe (Ciatox), está à disposição das pessoas a qualquer hora do dia, através do telefone 0800 722 6001. A unidade oferece também respaldo técnico às equipes que atuam nos pronto-socorros de hospitais da rede pública e privada.

Em funcionamento há pouco mais de quatro anos, o serviço é realizado por uma equipe multidisciplinar composta por médicos, farmacêuticos, biólogos e veterinários. Segundo Antônio Medeiros, coordenador da unidade, o trabalho dos profissionais está focado na vigilância e busca ativa dos casos. "São situações relacionadas à ingestão de medicamentos, agrotóxicos, produtos químicos em geral, poluentes industriais e outras substâncias potencialmente agressivas ao organismo humano, como as que são expelidas por plantas venenosas. Ainda estão incluídas as picadas de animais peçonhentos, a exemplo de cobras, escorpiões e aranhas", disse o coordenador.

De acordo com a médica pediátrica e toxicologista Júlia Cardoso, ainda há muita desinformação sobre os problemas gerados por intoxicações. "É algo que a gente observa não só nos cidadãos, mas entre os profissionais de saúde também. Por isso, o trabalho do Ciatox é tão importante", afirmou Júlia, acrescentando que o Centro oferece vagas de estágio para estudantes de medicina, farmácia e biologia, entre outras áreas. Atualmente, cinco estagiários estão sendo devidamente capacitados para atuarem como toxicologistas.

O relatório de estatísticas da unidade indica que 365 casos de intoxicação foram registrados nos primeiros três meses deste ano. "São mais comuns em Sergipe os casos decorrentes do uso de drogas e medicamentos, em especial os psicotrópicos e anti-inflamatórios. Também são freqüentes as intoxicações provocadas por animais peçonhentos", comentou a médica. Ela lembra que, inicialmente, os sintomas de um paciente intoxicado podem ser confundidos com os de uma virose.

Orientação

Em casos de acidentes, profissionais de saúde e cidadãos devem telefonar imediatamente para o serviço 24h do Ciatox e informar a ocorrência. "Quando for procurar assistência, recomendamos que o paciente leve a bula do remédio que tomou ou o agente que causou a intoxicação. Nos casos de picadas por animais peçonhentos, recomendamos, inclusive, que a pessoa capture animal ou inseto que o picou e leve ao médico. Isso ajuda na precisão do diagnóstico e tratamento", ressaltou Antônio Medeiros.

O Ciatox está interligado às coordenações de Vigilância Sanitária e Epidemiológica da Secretaria de Estado da Saúde (SES). Além disso, a unidade atua em parceria com o Serviço Especializado em Segurança e Medicina do Trabalho do HUSE. O Centro é o único em Sergipe para tratar de casos de intoxicação. O serviço é ainda vinculado à Associação Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) e ao Sistema Nacional de Informações Toxicológicas (Sinitox), da Fundação Osvaldo Cruz (Fiocruz).

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