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Melhorar as relações entre as pessoas, mudar as práticas no ambiente do trabalho e realizar gestão participativa entre gestores, trabalhadores e usuários do Sistema Único de Saúde (SUS). Esses são apenas alguns conceitos do significado da política de humanização que aparece como agenda estratégica na gestão da Saúde pelo Governo do Estado a partir da Reforma Sanitária e Gerencial do SUS implantada desde 2007.

Integrada à Diretoria de Atenção à Saúde, a coordenação de humanização da Secretaria de Estado da Saúde (SES) vai garantir que a Política Nacional de Humanização (PNH) do Ministério da Saúde (MS) seja efetivada na gestão da Saúde em Sergipe. A PNH está transversal a todas as áreas de gestão e atenção à saúde com foco no usuário do SUS, trabalhador da Saúde e gestores, para promover a inclusão desses atores na constante melhoria dos serviços de saúde.

“A política de humanização é uma política do SUS que não difere das outras políticas, mas tem a especificidade de estar presente em todas as áreas como, por exemplo, Atenção Básica, Especializada e Hospitalar”, disse Jane Curbani, coordenadora de políticas de humanização da SES.

Principais diretrizes da humanização no SUS

A Política Nacional de Humanização tem como principais diretrizes o acolhimento e escuta do usuário do SUS na sua necessidade, inclusão de gestores, trabalhadores e usuários para realizar a gestão participativa do Sistema e a clínica ampliada, que permite que o profissional de saúde vá além da doença para entender o motivo pelo qual o paciente procurou o serviço.

De acordo com a coordenadora da Política Nacional de Humanização, Carminha Carpintério, que visitou Sergipe no último mês e se reuniu com a equipe de humanização da SES e o secretário de Estado da Saúde, Antônio Carlos Guimarães, o SUS não está desumanizado, o que está desumanizado são as relações entre as pessoas que formam o SUS. “O que está desumanizado, muitas vezes, são as relações entre o trabalhador e o usuário, entre o gestor e o trabalhador, entre um trabalhador e outro. Muitas vezes o desgaste está no cotidiano, pela dureza, sofrimento, faltas de condições e pela dificuldade de lidar com o sofrimento alheio. Com isso, as pessoas vão endurecendo e desumanizando um pouco as relações”, disse Carminha Carpintério.

Ainda sobre a Humanização do SUS, a coordenadora da PNH disse que a ideia principal do setor que coordena é ser extinto. “Parece uma coisa meio paradoxal, mas o sonho da gente é que um dia não precise existir uma política de humanização porque o SUS todo já terá incorporado todos esses dispositivos. O grande sonho do sanitarista, de quem acredita na humanização, é o dia que não irá precisar de uma política de humanização específica porque a humanização nada mais é a essência da criação do SUS: integral, com igualdade e equidade, e universal”, afirmou a gestora do Ministério da Saúde.

Humanização da Atenção à Saúde

De acordo com Jane Curbani, em Sergipe, a política de humanização já é uma realidade e foi concebida a partir do padrão de integralidade definido no Estado. Um exemplo concreto de implantação das políticas de humanização na atenção a saúde está presente nos 75 municípios sergipanos na área da Atenção Básica. “Quando foram definidos os padrões de ambiência das Clínicas de Saúde Família (CSF), foi pensada a acessibilidade dos portadores de necessidades especiais através das rampas de acesso, banheiros adaptados, mobiliário adequado para os trabalhadores, e ventilação e iluminação também adequadas para a saúde das pessoas que utilizam as necessidades”, exemplificou a coordenadora.

Um outro exemplo de aplicação das políticas de humanização nos serviços de Saúde prestados pelo Governo do Estado está presente na Atenção Hospitalar. Nos pronto-socorros, rede de urgência e emergência, pronto-atendimentos e assistência pré-hospitalar, a humanização se faz presente na classificação de risco. “Dentro dos serviços pré-hospitalares e hospitalares do Estado temos a classificação de risco, que prioriza o paciente com maior necessidade de atendimento naquele momento. Ele será atendido primeiro do que os outros e será encaminhado para o setor adequado de acordo com a complexidade dele”, explicou a coordenadora de Humanização da SES.

Pontos de união

Carminha Carpintério afirmou que a SES vem cumprindo seu papel na humanização do SUS de acordo com as diretrizes colocadas pelo Ministério da Saúde. “Pelo o que eu conheço, do que vim conhecer, a política de Sergipe tem muita identidade com a política do Ministério da Saúde. Identifico muitos pontos de união entre o que Ministério está pregando e o que Sergipe vem fazendo há alguns anos”, afirmou Carminha Carpintério.

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