Hemolacen assiste cerca de 80 pacientes com hemofilia por mês
O Centro de Hemoterapia e Laboratório Central de Saúde Pública (Hemolacen) atende mensalmente a cerca de 80 pacientes com hemofilia. Encaminhados à unidade por um clínico geral, após passar por um exame de sangue, eles são recebidos no Hemocentro por uma equipe multidisciplinar formada por hematologistas, odontólogos, assistentes sociais e fisioterapeutas, para fazer todo o tratamento de que necessitam.
No Hemolacen, cada paciente é atendido pelo Serviço Social e passa por uma avaliação com um dos quatro hematologistas de plantão. Se houver confirmação da doença, a pessoa é encaminhada para o tratamento, que inclui a reposição do ‘fator’ de coagulação sanguínea, sessões de fisioterapia e assistência odontológica especializada.
O paciente com hemofilia precisa ser tratado até o fim de sua vida para conviver com a doença e, por isso, tem seu estado de saúde acompanhado com regularidade pela equipe do Hemocento.
A hemofilia
A hemofilia é uma alteração genética e hereditária no sangue que dificulta a coagulação sanguínea. O gene que causa a hemofilia está localizado no cromossoma X. O portador da doença não possui um dos fatores de coagulação sanguínea em quantidade ou qualidade suficientes.
Há dois tipos de hemofilia. A mais comum é a do tipo ‘A’, encontrada em 80% dos pacientes e causada pela deficiência do Fator VII de coagulação. A hemofilia ‘B’ ocorre pela deficiência do Fator X.
"As pessoas com hemofilia grave têm hemorragias espontâneas, sem causa aparente. As simples atividades da vida diária, como caminhar e correr, podem produzir hemorragias internas nas partes do corpo onde há muita atividade e esforço, principalmente nas juntas, articulações e músculos. Os joelhos e tornozelos são freqüentemente atingidos, porque suportam grande parte do peso do corpo", afirmou o hematologista Carlos Guimarães.
Outros sintomas comuns de hemofilia são manchas roxas na pele e hematomas, que podem ser de alto risco em regiões como a língua, pescoço, antebraço e panturrilha. Os sangramentos em tratamentos dentários devem ser prevenidos e acompanhados por profissionais experientes.
"Quando uma pessoa com hemofilia se machuca, ela não sangra mais rápido do que outra sem hemofilia. O problema é que o sangramento dura um tempo maior e pode recomeçar dias depois", explicou Carlos Guimarães.
Campanha
Esta semana, uma campanha de conscientização parta a importância do atendimento aos hemofílicos, realizada pela Federação Brasileira de Hemofilia, em conjunto com os centros de hemoterapias e serviços de atenção à hemofilia do país, está sendo massificada nacionalmente em parceria com a Rede Globo de Televisão.
A campanha tem como objetivo sensibilizar a população, as autoridades e os profissionais da área de saúde para a doença, derrubando os preconceitos e em busca da consolidação dos direitos das pessoas com hemofilia no Brasil.
[/vc_column_text][/vc_column] [vc_column width=”1/3″][vc_column_text]- Hemolacen assiste cerca de 80 pacientes com hemofilia por mês – Foto: Wellington Barreto