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Uma verdadeira festa da cultura sergipana ocorreu durante todo o fim de semana. Além do Encontro Cultural de Laranjeiras, que atraiu milhares de pessoas para descobrir um pouco mais sobre a cultura local, a noite do último sábado, 8, foi de estreia para o teatro sergipano.

A cidade de Gararu, distante 157 quilômetros da capital sergipana, abrigou, em uma das suas praças, dois encantadores espetáculos do escritor William Shakespeare (A Megera Domada e Romeu e Julieta), encenados por uma turma de jovens atores da região. As apresentações fizeram parte do projeto “Oxe, deu Shaekspeaer na caatinga”, da Associação Cultural Raízes Nordestinas, da cidade de Poço Redondo.

A secretária de Estado da Cultura, Eloísa Galdino, prestigiou a apresentação e se mostrou entusiasmada com a garra e competência dos jovens atores. “Foram duas belíssimas apresentações, que só comprovam o quanto nossos jovens têm a oferecer e como temos grandes profissionais em nosso Estado. Mas o mais importante disso tudo, é que esses garotos estão percebendo a importância de se promover arte e cultura em sua região e a população está apoiando e prestigiando o que é feito em Sergipe”, comemorou.

De acordo com a secretária, as apresentações mostram a força que as artes cênicas estão ganhando no estado, graças a um esforço da Secretaria de Estado da Cultura (Secult), em promover a circulação destes espetáculos por todo o Sergipe. “Este é justamente um dos eixos da política de atuação da Secult, que foca seu trabalho na circulação do que é produzido em Sergipe. Estamos participando deste movimento com muita alegria, pois percebemos que o que estes artistas precisam é do apoio e do incentivo, e isso, com certeza, eles sempre encontram na Secult”, finalizou.

Para o diretor das peças e um dos coordenadores de Artes Cênicas da Secult, Raimundo Venâncio, o mais significativo das apresentações ocorridas em Gararu é a demonstração de que o projeto Sergipe em Cena tem continuidade e beneficia os artistas de várias regiões de Sergipe. “Estamos dando continuidade ao projeto trazendo clássicos da literatura mundial para serem apresentados no interior, mostrando que os grupos têm capacidade de trabalhar qualquer tipo de texto. A ideia é que possamos circular com os espetáculos por todo o estado, firmando ainda mais a política de ação da Secult, que é a de circulação do que é produzido aqui para mostrar nossa arte para nossos conterrâneos”, ressaltou Venâncio.

O município de Gararu deu todo o apoio logístico para que os grupos pudessem se apresentar, fornecendo espaço e material de apoio. O prefeito da cidade, João Francisco Oliveira, afirma que o município entende a necessidade de apoiar trabalhos como este, que além do fazer cultural, propiciam um caminho para os jovens, retirando-os das drogas ou da marginalidade. “Através deste trabalho estamos apoiando o resgate das raízes do nosso povo e isso demonstra o nosso compromisso pela cultura em Sergipe. Isso é muito importante, pois, a nossa população percebe que temos jovens com muito talento em nossa cidade e passam a valorizá-los também. Além disso, tivemos ainda a ilustre presença da secretária Eloísa, que fez questão de prestigiar os nossos artistas e ver de perto o bom trabalho que está sendo feito”, disse.

Espetáculos
 
As duas apresentações arrancaram muitas gargalhadas e suspiros da plateia, que lotou a arena de apresentações. A primeira peça “A megera domada”, é uma comédia de costumes, repleta de movimento e alegria. Na história, o casal Catarina (A megera) e de Petruchio (o fidalgo de Verona, seu pretendente), vivem uma verdadeira luta de sexos, onde a todo custo, o rapaz tenta domar a moça, que precisa ser desposada para “liberar” sua irmã mais nova para se casar.

Já o outro espetáculo, encenado durante a noite, foi o clássico Romeu e Julieta, interpretado pelo Grupo de Teatro Oiteiros, da cidade de Gararu. A trama conhecida mundialmente, conta a história trágica de um jovem casal, impedido de manter seu romance devido à inimizade de suas famílias. As peças foram adaptadas por Virgínia Lúcia.

A atriz Jaqueline Anjos, do grupo Raízes Nordestinas, estava bastante entusiasmada com o sucesso da apresentação e festejou a estreia do projeto que pretende circular os oito territórios do Estado. “Este é um projeto que construímos ao longo do ano passado e estamos muito felizes em estarmos começando a concretizá-lo. Além disso, estamos trocando conhecimentos e experiências, afinal isso era um trabalho que ainda não existia e foi plantado e consolidado graças ao apoio da Secult”, completou a jovem atriz, lembrando que o suporte dado pela Secretaria de Cultura foi fundamental para que o trabalho se tornasse realidade. “A atual gestão da Secult se preocupa realmente com o trabalho que estamos produzindo e sempre se dispõe a ajudar. Isso é fundamental para que nossos projetos tornem-se realidade e se consolidem”, concluiu.

Já Meiriane Albuquerque, do grupo Teatral Oiteiros, que na ocasião apresentou seu primeiro espetáculo, estava radiante. Para ela, a oportunidade de estrear uma peça produzida durante oito meses, com a praça lotada, foi motivo de muita alegria e satisfação. “Convidamos o grupo Raízes Nordestinas que já tinha este projeto com narrativas de Shaekespeare e montamos ao longo de oito meses nosso espetáculo. Acredito que o sucesso da apresentação de hoje mostra que estamos no caminho certo para produzirmos muitas outras apresentações e mostrarmos um pouco da arte que é produzida em nosso município”, disse.

Público

Entre o público que prestigiou as apresentações teatrais estavam agricultores, estudantes e também muitos artistas de outros grupos de teatro do interior sergipano que fizeram questão de comparecer e apoiar os colegas. Lucas Lins, da Companhia de Artes Cênicas Reflexos da Alma, por exemplo, chegou cedo e acompanhou atentamente as duas apresentações. “Estamos sempre nos encontrando pelos projetos realizados fora do Estado e sabemos do trabalho do Grupo Raízes Nordestinas, do esforço e do progresso dos seus integrantes. Além disso, não poderíamos de deixar de prestigiar a estreia de mais uma trupe do sertão sergipano, que com certeza, irá abrilhantar ainda mais a cena no Estado”, contou.

Para as jovens estudantes Liliane Melo e Beatriz Lima, as apresentações mostram o mundo do teatro e das artes cênicas, o que até então era pouco conhecido para elas. “Fazemos trabalhos simples na escola sobre o teatro, mas essa é a primeira apresentação de verdade que vi. Agora que temos um grupo em nossa cidade, quem sabe um dia podemos participar dele e encenar grandes apresentações como esta”, festejou Beatriz.

Outra pessoa que estava bastante contente com as peças eram o lavrador José Rodrigues, que assistiu atentamente aos dois espetáculos. “Já havia visto outras apresentações de teatro, mas está é realmente muito boa”, sorria o agricultor, referindo-se ao espetáculo “A megera domada”. Segundo ele “no teatro é tudo muito lindo”.

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