Governo vai levar prevenção e educação à comunidade indígena
A Coordenação do Programa Estadual de DST/AIDS da Secretaria de Estado da Saúde (SES), em parceria com a Secretaria de Estado da Educação (SEED), encerrou nesta quarta-feira, 25, um curso de capacitação para implantar o Projeto Saúde e Prevenção nas Escolas na tribo dos índios Xocós da Ilha de São Pedro, em Porto da Folha.
A formação, direcionada a professores e equipes de saúde que atuam na comunidade indígena, foi realizada desde segunda-feira, 23, no Hotel Parque dos Coqueiros, e contou também com profissionais da Fundação Nacional de Saúde (Funasa) em Sergipe e Alagoas. Durante os três dias de encontro, os participantes discutiram sobre gravidez na adolescência, DSTs, HIV e AIDS, uso indevido de drogas e protagonismo juvenil, entre outros temas.
O grupo adaptou o projeto, que já funciona em 18 escolas estaduais sergipanas, à realidade da comunidade indígena. "Nós explicamos as atividades e as lideranças dos índios fizeram suas ressalvas de acordo com os costumes da tribo", explicou Elita França, técnica do Departamento de Apoio ao Sistema de Ensino (DASE) da Secretaria de Estado da Educação, que deu suporte ao curso juntamente com técnicos do Núcleo de Educação da Diversidade e Cidadania do Departamento de Educação da SEED.
O técnico responsável pelo Programa Estadual de DST/AIDS, Almir Santana, disse estar satisfeito com o resultado do encontro. "Atingimos o nosso objetivo. Lidar com a comunidade indígena é diferente por causa das questões culturais, mas o cacique e as outras lideranças aprovaram a idéia. Até camisinha já vai ser disponibilizada na aldeia, o que é um grande passo", ressaltou.
Respeito à diversidade
Segundo Roosevelt Costa, técnico do DASE, estavam presentes à capacitação 10 professores do Colégio Estadual Indígena Dom José Brandão de Castro, na Ilha de São Pedro. Para ele, o evento promoveu um intercâmbio cultural que permitiu a discussão de temas como a prevenção de doenças sexualmente transmissíveis (DSTs) e AIDS, através de práticas seguras.
Para Osmário Figueiredo, facilitador do curso e também integrante do DASE, o curso valorizou o conhecimento e respeito à diversidade de culturas. "Para mim, o mais importante deste evento foi o caráter intersetorial, a união, a articulação das duas secretarias estaduais para o mesmo fim", disse.
De acordo com o cacique Lucimário Apolônio, de apenas 24 anos, a comunidade indígena precisa destes cuidados e o plano de intervenção será oportuno. "Apesar de vivermos em comunidade, em uma ilha, nosso mundo é bastante civilizado, então sentimos a obrigação de nos desenvolver. Estes três dias de discussões foram importantes porque temos que participar do plano de prevenção, respeitando a nossa realidade, a nossa crença", informou.
[/vc_column_text][/vc_column] [vc_column width=”1/3″][vc_column_text]- Governo vai levar prevenção e educação à comunidade indígena – Foto: Wellington Barreto