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Mãe de primeira viagem, a estudante Joyce Nayana dos Santos,  20, tornou-se doadora do Banco de Leite Humano (BLH) Marly Sarney há três meses, após dar a luz à pequena Maria Eduarda. Ela conta que, após alimentar a filha e satisfazê-la, ainda tinha muito leite. A partir daí, procurou o BLH para realizar a doação.

“Inicialmente, achei que tinha leite suficiente para minha filha. Pouco tempo depois, percebi que tinha leite em excesso. Ao tomar conhecimento das ações realizadas pelo BLH durante a Semana do Aleitamento Materno, que aconteceu em agosto, me interessei e fui ao banco. Lá, realizei alguns exames para saber se estava apta a ser uma mãe doadora. Tornei-me doadora fixa há três meses”, ressalta a Joyce.

A estudante ainda aconselha que “doar leite, é mais que um simples gesto. É um ato de amor ao próximo. Com apenas uma doação é possível amamentar cerca de sete crianças que nascem prematuras na Maternidade Nossa Senhora de Lourdes e ainda garante o alimento da minha filha. Quanto mais realizo a doação, mais leite eu produzo para ela”.

O aleitamento materno é a melhor estratégia para diminuir a morbidade materna e a infantil. De acordo com a Organização Mundial da Saúde (OMS), o leite materno  é a principal fonte de nutrientes para os bebês com até seis meses de vida e deve ser o único alimento durante o período.

A enfermeira do BLH, Ana Cristina Vasconcelos, ressalta a importância do BLH para as mães que sentem dificuldade de amamentar os filhos. “O Banco de Leite Humano tem a função de realizar a captação e distribuição do produto. Através da assistência no ambulatório de amamentação aos bebês, o banco supre as necessidades dos recém nascidos prematuros ou de baixo peso que ainda não sabem sugar”, aponta.

A enfermeira explica também sobre a importância das mães com leite em abundância realizar a doação para compor o estoque. “Hoje contamos com apenas sete mães doadoras fixas, sendo que a necessidade seria de pelo menos 30.

Para doar o leite humano, a voluntária deve dirigir-se ao BLH munida do exame do pré-natal. Aqui, ela passará por alguns exames simples para saber se, de fato, pode doar. Caso possa, imediatamente a mãe é cadastrada e faz a primeira doação. A partir da segunda doação, a captação do leite é feita na casa da mãe doadora”, explica.

A enfermeira afirma ainda que, o ato de amamentar e a realização a doação de leite ajudam na prevenção do câncer de mama. “Isso acontece porque, durante a doação, são estimuladas as glândulas mamárias. Quanto mais se amamenta, menor o risco de incidências dos casos. Isso foi comprovado através de um estudo realizado pela OMS”, pontua.

Além de realizar o trabalho assistencial de captação e distribuição do leite, o BLH Marly Sarney também faz o trabalho de manejo do leite das mães que têm dificuldade para amamentar.  A dona de casa Mileide Santos, mãe dos gêmeos Taylor e Justin, procurou o Banco de Leite porque conseguia dar o leite materno aos bebês.

“Inicialmente, achei que não conseguiria dar leite aos meus filhos. Então procurei o Banco de Leite Humano e recebi os treinamentos sobre as técnicas de manejo do leite. Logo, observei que tinha leite o suficiente para amamentar os dois bebês. Estou dando continuidade ao processo manejo, para muito em breve, me tornar uma doadora”, comentou Mileide.

O gestor técnico de Alimentação e Nutrição da Secretaria de Estado da Saúde (SES), Ronaldo Cruz, esclarece sobre a importância do leite materno como fonte exclusiva de alimentação para o bebê durante os seis primeiros meses de vida.

“O aleitamento materno, aumenta o vínculo afetivo entre a mãe e o bebê. Além disso, existem os nutrientes necessários para garantir a qualidade de vide do recém nascido durante os  seis primeiros da vida. O Ministério da Saúde (MS) e SES estão trabalhando em cima da estratégia Alimenta e Amamenta Brasil, que visa reforçar e incentivar a promoção do aleitamento materno no Estado”, afirma.

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