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Por Agnes Araujo (Estagiária da Seides)

“O ano de 2012 foi atípico”, avalia o gerente de planejamento da Defesa Civil Estadual, Major Alexandre Alves, referindo-se aos efeitos da estiagem em Sergipe e à continuidade da Operação Pipa durante os 12 meses deste ano. Com a perspectiva de que a escassez de chuva continue daqui a dois ou três meses, o Governo do Estado contratou 57 pipeiros para a distribuição de água em 18 municípios sertanejos no mês de dezembro.

Para este período, deverão ser investidos mais R$ 488 mil na contratação dos caminhões-pipa. Por determinação do governador Marcelo Déda, o Estado contribui com aproximadamente 40% a mais do quantitativo de água distribuída às famílias atingidas pela estiagem, em parceria com o Exército Brasileiro, até que as chuvas sejam suficientes para interromper a seca.

“De forma geral as chuvas recomeçam a partir de abril, então a oferta da água vai ser reavaliada e a interrupção da Operação Pipa por parte do Estado vai depender da quantidade de chuva. O Governo, entretanto, está preparado para atender a todas as famílias”. É o que afirma a secretária de Estado da Inclusão Social, Eliane Aquino.

“Estamos prontos para atender às famílias não apenas com água, mas também alimentos. Esse trabalho, que começou em novembro de 2011, não foi e não será interrompido até que tenhamos a certeza de que a chuva é suficiente para que as famílias sertanejas possam produzir seu sustento e viver com dignidade”, garantiu Eliane Aquino.

As ações de enfrentamento à seca são desenvolvidas também com o apoio das Coordenadorias Municipais de Defesa Civil, que fazem o cadastramento de beneficiários em três níveis: comunidades, famílias e pessoas. Dessa forma, é calculada a quantidade suficiente de água destinada ao consumo humano, com base num uso diário de 20 litros por pessoa.

O major Alexandre antecipou outros planos em que o Governo está trabalhando para viabilizar a ampliação e o avanço dos programas sociais que já são aplicados em Sergipe. “Nós mandamos um projeto a Brasília para que possamos utilizar os recursos que foram repassados pelo Ministério da Integração Nacional também na distribuição de água para consumo animal”, disse.

De acordo com ele, há a possibilidade de mais um município fazer parte do grupo de 18 cidades em emergência. “Também há duas semanas nos procurou o município de Macambira. Ele está passando por um processo de avaliação para verificar se é possível decretar a situação de emergência, mas a prefeitura já nos solicitou ajuda”, completou.

Oferta de alimentos e leite

Além da distribuição de água por meio da Defesa Civil, o Governo do Estado desenvolve através dos departamentos de Segurança Alimentar e Nutricional (Dsan) e Assistência Social (DAS) da Secretaria de Estado da Inclusão, Assistência e do Desenvolvimento Social (Seides), a distribuição de cestas de alimentos nos 18 municípios em estado de insegurança alimentar e nutricional.

Desde novembro de 2011 já foram entregues cerca de 100 mil cestas e 103 mil litros de suco de laranja às famílias que moram nas regiões inclusas nos relatórios de cada prefeitura. Os alimentos adquiridos e distribuídos pela Seides são, em parte, oriundos da agricultura familiar, por meio do Programa de Aquisição de Alimentos (PAA); e ainda no mês de dezembro a secretaria fará uma nova aquisição de mais 30 mil cestas para combater a fome no sertão sergipano.

A secretária-executiva do Dsan, Vânia Junqueira, explicou que a medida é realizada em prol das famílias que tiveram a produção agrícola comprometida pela falta de chuva. “De acordo com o artigo 6º da Constituição Federal, a alimentação adequada é um direito humano. Isso está sendo garantido pela Seides com o apoio do Governo Federal, através do Ministério do Desenvolvimento Social e Combate à Fome [MDS], que doou 500 mil litros de leite em caixa, e da Companhia Nacional de Abastecimento [Conab], que nos enviou 775 toneladas de alimentos”, afirmou.

As cestas básicas padrão são compostas de alimentos balanceados e supervisionados pela nutricionista do Dsan para atender às necessidades diárias de nutrição e sobrevivência do homem do campo. Os itens inclusos no kit principal são arroz, farinha, feijão, açúcar, fubá de milho, leite em pó, charque, óleo e sardinha.

Neste momento o Governo está entregando às cidades sertanejas estes alimentos e leite doados pelo Governo Federal em kits que incluem 12,5 kg de arroz, 5 kg de feijão e 1,8 kg de farinha, além de 12 litros de leite por família e água mineral, este último item com mais intensidade em Poço Redondo, onde a necessidade tem se mostrado maior.

Para o ano que vem, uma nova remessa de suco de laranja será enviada pelo Governo Federal a Sergipe. O Estado está se preparando também para garantir que a mudança de gestores municipais não afetará a continuidade do trabalho, como informa a secretária adjunta de Estado da Inclusão Social, Maria Luci Silva.

“Estaremos recebendo no ano que vem cerca de 200 mil litros de suco de laranja. Todos os municípios em emergência já foram mobilizados e as equipes das prefeituras estão realizando seu trabalho com o apoio e supervisão do Estado. Em 2013 faremos uma reunião com os novos gestores para dar continuidade ao cronograma já preestabelecido pela Seides de modo que as famílias beneficiadas recebam seus kits de alimentos, leite e água sem atraso”, finalizou a secretária adjunta.

Cronograma de entregas

17/12, segunda-feira

Tomar do Geru
270 famílias
9.720 litros de leite

18/12, terça-feira

Canindé do São Francisco
1.411 famílias
1.411 kits de alimentos
16.932 litros de leite

Poço Redondo (continua nos dias 19 e 20)
2.837 famílias
2.837 kits de alimentos
102.132 litros de leite

19/12, quarta-feira

Graccho Cardoso
89 famílias
2.136 litros de leite

Nossa Senhora de Lourdes
111 famílias
2.664 litros de leite

27/12, quinta-feira

Monte Alegre
1.406 famílias
1.406 Kits de alimentos
16.872 litros de leite

 

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