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O uso de energia mais limpa, que não lance gases causadores de efeito estufa para a atmosfera, é apenas um dos argumentos de especialistas que defendem a instalação de uma central nuclear em Sergipe. Por não poluírem o ar, serem seguras e produzirem grandes quantidades de energia ocupando pequenas áreas, a construção do empreendimento em Sergipe está sendo indicada por pesquisadores da Universidade Federal de Sergipe (UFS).

Para iniciar uma consistente agenda de discussões sobre o tema, professores da UFS se reuniram nesta quarta-feira, 23, com o secretário de Estado do Desenvolvimento Econômico, da Ciência e Tecnologia e do Turismo de Sergipe, Jorge Santana, e com o diretor-presidente do Sergipe Parque Tecnológico (SergipeTec), Marcos Wandir.

“Resolvemos reunir especialistas porque é muito importante que setores da sociedade, a exemplo da academia, possam se articular e divulgar informações baseadas em estudos sobre o tema. É preciso informar à população como funciona a central e que benefícios ela pode trazer, e, para isso, sabemos da credibilidade da academia, que não tem uma opinião qualquer, mas argumentos baseados em estudos”, destacou o secretário Jorge Santana.

Ele informou ainda que, como um dos resultados da recente visita de uma comitiva sergipana à usina nuclear localizada em Angra dos Reis (RJ), está sendo organizado um grande seminário em Sergipe, que deve acontecer no próximo mês de maio, a fim de debater e trazer esclarecimentos aos participantes sobre o tema.

Para a doutora em Física Suzana Lalic, que esteve na reunião desta quinta-feira, a informação correta é essencial para a aceitação da sociedade. “É preciso que as pessoas que têm um posicionamento contrário à instalação em Sergipe, como alguns políticos, sejam informadas e adquiram conhecimentos sobre a enorme possibilidade de se trabalhar com a central de forma segura”, disse a doutora. De acordo com ela, já existe um acordo firmado entre a Eletronuclear e a Universidade Federal de Sergipe para a criação de um centro de divulgação sobre o tema, o que deve auxiliar na conscientização das pessoas.

Até então, a Eletronuclear está elaborando estudos técnicos para apontar o local mais adequado para instalação da central nuclear, que deverá ter capacidade para seis usinas, sendo que duas devem ser construídas na primeira etapa. Por enquanto, continuam na disputa os nordestinos Sergipe, Bahia, Alagoas e Pernambuco. “A maioria das pessoas ainda tem um preconceito histórico sobre a instalação de uma central nuclear, mas é preciso esclarecer o que ela pode representar para o Estado, a começar pela geração de empregos e pelo fato de o seu impacto ambiental ser considerado muito baixo”, declarou o secretário Jorge Santana.

Na próxima sexta-feira, 26, Jorge Santana participa de mais uma edição do Almoço com Empresários, evento promovido pela Associação Comercial e Empresarial de Sergipe (Acese). Ele falará sobre ‘Os Benefícios da implantação de uma Usina Nuclear em Sergipe.

Energias renováveis

Além de defender a vinda da usina nuclear para Sergipe, o Governo do Estado tem investido também em energia alternativa. Em dezembro de 2009, o diretor presidente da Energias Renováveis (Energen), Joaquim Ferreira, apresentou ao secretário Jorge Santana um projeto que anuncia que Sergipe será o mais novo estado brasileiro a produzir energia eólica. O parque de aerogeradores será construído no município da Barra dos Coqueiros, e terá capacidade para produzir cerca de 30 MW – energia suficiente para abastecer uma cidade de 200 mil habitantes.

Uma parceria entre a Sedetec, através da Companhia de Desenvolvimento Industrial e de Recursos Minerais de Sergipe (Codise), e a Energen, garantiu a cessão do terreno onde será construído o Parque, e o sucesso sergipano no leilão de energia de reserva que escolheu os projetos, do qual participaram 11 Estados. Em um cenário mundial de esgotamento de energias fósseis não-renováveis, e de crescimento do consumo energético proveniente da expansão das cidades, estudos realizados em 2005 mostraram que as condições climáticas sergipanas são bastante favoráveis à implantação da tecnologia.

Projeto estruturante

Para consolidação de um núcleo de competências em energias renováveis, elevando a produção científica e tecnológica nessa área e apoiando negócios relacionados ao tema, a Financiadora de Estudos e Projetos (Finep) liberou para o Estado de Sergipe um valor de cerca de R$ 12 milhões – já com contrapartida do Governo do Estado -, que devem serdistribuídos em programas de atração e fixação de doutores, programas de bolsas e editais temáticos de pesquisa.

A principal finalidade é criar infraestrutura para o desenvolvimento de ações em Ciência, Tecnologia e Inovação (C,T&I) na área de energia, com foco específico em energias renováveis – biomassa, solar e eólica -, incluindo a infraestrutura para a medição, melhoramento e acompanhamento dos impactos ambiental, biológico e de eficiência energética decorrentes do incentivo à industria de energia.

De acordo com o diretor-presidente do SergipeTec, a distribuição desse valor está em estudo feito por uma comissão reunida semanalmente, contando com membros do SergipeTec, da Fundação de Apoio à Pesquisa e àInovação Tecnológica do Estado de Sergipe (Fapitec) e do Instituto Tecnológico e de Pesquisas do Estado de Sergipe (ITPS), os dois últimos vinculados à Sedetec. “Já sabemos que serão construídos laboratórios de estudos de energias solar, eólica e biomassa, além de planejamento e eficiência energética”, afirmou.

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