Governo e Unicef lançam campanha contra o racismo na infância e na adolescência
“Não há razão de no século 21 ainda convivermos com o preconceito na sociedade”. Esse questionamento do vice-governador e secretário de Estado da Educação, Belivaldo Chagas, é o mesmo feito por grande parte da população nos dias de hoje. Foi pensando nisso que o Governo do Estado – através da Secretaria de Estado do Trabalho, da Juventude e da Promoção da Igualdade Social (Setrapis) – e o Fundo das Nações Unidas para a Infância (Unicef) promoveram na manhã desta quarta-feira, 15, o lançamento estadual da campanha “Por uma infância e adolescência sem racismo – valorizar as diferenças é cultivar a igualdade.
A campanha – que faz parte da celebração dos 60 anos de atuação do Unicef no Brasil – tem por objetivo alertar a sociedade sobre os impactos do racismo na vida das criança e adolescentes, e visa mobilizar a população na busca de uma equidade étnico-racial desde a infância. Além da apresentação de vídeos e slides demonstrativos – contendo gráficos, dados e estatísticas – banners, panfletos e CDs foram distribuídos como material de divulgação aos que compareceram ao evento no auditório do Palácio dos Despachos.
O vice-governador Belivaldo Chagas compareceu ao lançamento da campanha representando o governador Marcelo Déda. “Promover a igualdade social e enfrentar o racismo é de extrema importância para o avanço social e econômico de uma nação. O primeiro passo para isso é entendermos e reconhecermos que o racismo, lamentavelmente, existe. Temos que agir e atuar de forma aberta, pois ainda há muito a fazer. Temos que avançar com coragem para enfrentar o racismo, pois não há razão de no século XXI ainda convivermos com o preconceito na sociedade”, frisou Belivaldo.
Segundo o secretário de Estado do Trabalho, da Juventude e da Promoção da Igualdade Social, José Macedo Sobral, mesmo com os entraves ocasionados pelo preconceito, a promoção de uma identidade cultural faz-se possível. “O preconceito é, sem dúvida, um câncer na sociedade atual, produzindo efeitos danosos nas nossas crianças e adolescentes. O Governo do Estado tem na sua estrutura organizacional uma coordenadoria de combate do racismo, e não poderia deixar de apoiar e divulgar essa iniciativa da Unicef. Nós acreditamos que podemos promover, na sociedade, essa integração de diferentes culturas”, pontuou o secretário.
Valorizando as diferenças
O coordenador do Unicef para os Estados de Sergipe e Bahia, Ruy Pavan, agradeceu ao Governo do Estado por mais essa parceria, e ressaltou o principal foco do programa. “A ideia da campanha é tocar num ponto delicado, que muitos preferem deixar escondido. O primeiro ponto desse programa é mostrar que o racismo existe sim, e evidenciar esse fato com dados e estatísticas. O objetivo é fazer uma campanha que pudesse somar esforços com as ações dos governos federais e estaduais, além de contribuir fundamentalmente no processo educativo de crianças e adolescentes”, afirmou o coordenador.
Pavan apresentou ao público presente alguns indicadores referentes às pesquisas realizadas pelo Unicef, e comentou suas expectativas em torno do lançamento da campanha no estado. “É importante também que nós, aqui em Sergipe – assim como em outros estados – possamos montar um plano de trabalho, ações e estratégias, onde participe o governo, sociedade, conselhos e organizações, juntando forças para enfrentarmos essa discriminação que está, há tanto tempo, inserida na nossa sociedade”, analisou Pavan.
De acordo com o coordenador estadual das Políticas Públicas para Promoção da Igualdade Racial, José Pedro Santos Neto, valorizar as especificidades de cada cultura é o meio mais adequado de mantê-las vivas. “A cultura afro-brasileira e a cultura indígena podem ser vistas e percebidas em todos os momentos da vida. Suas culturas possuem diversidades enormes, mas também características semelhantes. É através dessas formas cotidianas de se expressar que negros e indígenas têm realizado a manutenção das suas histórias”, exaltou José Pedro.
Presenças
Estiveram presentes a secretária de Estado da Inclusão, Assistência e Desenvolvimento Social, Maria Luci – representando a primeira-dama do Estado, Eliane Aquino; representantes dos movimentos negros e indígenas; e líderes de entidades, comunidades e organizações engajadas nessa causa.
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