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Da cooperação entre a Companhia de Desenvolvimento de Recursos Hídricos e Irrigação de Sergipe (Cohidro) e Prefeitura Municipal de Canindé (PMC), foi concluído, no início do mês de agosto, o trabalho de limpeza do canal de irrigação que atravessa a sede do município e leva água aos lotes do Perímetro Irrigado Califórnia (PECAL). Para impedir o acesso ao curso d’água, também foi construída uma cerca que percorre toda extensão urbana do canal, que tem 1,7 km. Ao todo, foram gastos R$ 31 mil pelo Governo do Estado na obra.
 
Ainda, fazendo parte da ação cooperada, agiu a Vigilância Sanitária Municipal, autuando os proprietários de prédios vizinhos que faziam o despejo irregular de esgoto no terreno que circunda o canal, a fim de eliminar a contaminação da água para irrigação, mas que também é captada por caminhões pipa, servindo para abastecer regiões longínquas em períodos de seca e abastece a estação de tratamento da Companhia de Saneamento de Sergipe (Deso) de Canindé. A PMC ainda efetuou o trabalho de desentupimento de alguns encanamentos sanitários, que transbordavam e atingiam o canal no dia de fortes chuvas.
 
Limpeza

A limpeza do canal foi realizada de maneira manual, por frente de trabalho contratada pela Cohidro, como informou o gerente do Pecal, Joaquim Ribeiro dos Santos. “Foram mais de 10 caçambas de detritos retirados de dentro do canal, com pás e enxadas, para não danificar o revestimento de concreto. Não só a lama e o limo – que vem naturalmente com a água do Rio – foi retirado do canal, mas muito lixo, que é, infelizmente, jogado pela população”, disse, ainda lembrando que a PMC contribuiu também com a limpeza do terreno às margens do duto, utilizando suas máquinas.
 
Cerca

Com a limpeza das margens, onde também tinha lixo depositado e muita vegetação, foi possível construir a cerca que isolará o canal do acesso de pessoas não autorizadas e animais, explica Joaquim. “A cerca era necessária para impedir o acesso facilitado de pessoas que vem fazer o uso impróprio do canal, como o lazer e para depositar lixo. Agora será possível ter um controle maior do acesso à água, que é abundante e abastece a captação da Deso e os caminhões pipa – até 40 por dia, nos períodos de maior seca – sem que isso prejudique a irrigação. O problema está todo na contaminação pelo lixo e esgoto das residências, que agora terá um controle mais efetivo”.
 
O sistema

O canal de irrigação que atravessa a cidade é só uma parte de um grande sistema de irrigação que está em funcionamento desde 1987. Primeiro a água é captada da represa da hidroelétrica de Xingó, da Companhia Hidroelétrica do São Francisco (Chesf), que por gravidade corre até a estação de bombeamento EB-100 da Cohidro. Porém, esta é somente uma parte do caminho, por mais 170 metros acima, é a EB-100 que bombeia a água – a uma vazão de 1.540 litros por segundo – até chegar ao canal na área na urbana. A água segue, por gravidade, mais 1700 metros até a EB-02 – localizada na sede do PECAL – que novamente bombeia a água para outros canais, ramificações que chegam até as propriedades rurais irrigadas.
 
João Quintiliano, diretor de Irrigação da Cohidro, revela que o serviço vinha sendo uma reivindicação da população de Canindé e agricultores, além de uma solicitação também do Ministério Público local, tendo em vista a importância do canal. “Os irrigantes e o sertanejo, que muitas vezes só têm acesso à água do caminhão pipa abastecido pelo canal, tem o direito de receber a água livre de contaminantes que a poluição urbana traz. Por isso se faz necessária a limpeza e ações que impeçam que qualquer um tenha acesso ao canal e possa prejudicar a qualidade dessa água”.
 
Para o presidente da Cohidro, Mardoqueu Bodano, mais do que qualquer outra gente, a população de Canindé, que conhece e sabe lidar com as dificuldades da seca, deveria valorizar mais essa riqueza, que é ter este canal abastecendo a área urbana e zona rural de água. “Se todos puderem fazer a sua parte, de não usar o canal como depósito de lixo, sem se esquecer daqueles que dali bebem ou irrigam suas produções, tudo seria mais simples. Daí então a Companhia poderia direcionar seus esforços em ampliar sua assistência ao irrigante, incentivando a quebra de mais recordes de produção neste celeiro sergipano, que tanto orgulha a nós do Governo do Estado”.

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