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O corpo de técnicos da Companhia de Desenvolvimento de Recursos Hídricos e Irrigação de Sergipe (Cohidro) atende à solicitação da população do povoado Cacimba Nova, em Poço Verde, que requereu a recuperação de três poços artesianos, responsáveis por atender cerca de 100 famílias e suas criações.

A Empresa completou o trabalho no primeiro deles, com a reforma e instalação de um catavento. Outros poços serão reformados no município com recursos próprios da Cohidro e em parceria com a Petrobras.

Durante os 30 anos de existência, recentemente completados pela Cohidro, foram 3.429 poços perfurados pela Empresa, distribuídos em 72 dos 75 municípios sergipanos. Alguns deles realizados através de contratação em propriedades particulares, mas a grande maioria foi realizada sem custos aos beneficiados, com recursos próprios ou convênios, atendendo a comunidades rurais. Depois de algum tempo de uso, com a exaustão da água do subsolo, a deterioração das tubulações e quebra dos mecanismos de bombeamento, essas unidades carecem de um trabalho de recuperação, que consiste na limpeza e substituição do encanamento e equipamentos.

É esse um dos trabalhos da Divisão de Instalação e Manutenção de Poços (Dipoços) da Cohidro, que acaba de entregar à população, reformado, um dos três poços que atendem ao povoado Cacimba Nova, atendendo ao fornecimento de água para o uso residencial e ministrado às pequenas criações na localidade. Segundo o chefe do departamento, Roberto Wagner, esse primeiro poço foi reformado com recursos próprios da Empresa e atende a uma reivindicação da “Associação de Desenvolvimento Comunitário Despertar”, de Poço Verde.

“A Associação, através do deputado estadual João Daniel, faz com que o pedido fosse ratificado pela Assembleia Legislativa, pela grande prioridade que a comunidade tinha para com os poços”, explicou Roberto Wagner, que coordenou os trabalhos neste poço que “após a limpeza e recuperação, passou a ter uma vazão de 800 litros de água por hora em condições boas de vento. Este poço teve agora seu catavento, já que o antigo caiu substituído por um novo e recebeu nova tubulação em ferro galvanizado”, completa, informando que só a compra do catavento custou à Empresa R$ 6,6 mil.

O poço atualmente só aguarda a instalação do reservatório que armazenará a água bombeada pelo catavento, que extrai da água de forma autônoma e contínua. “A caixa d’água existia, porém, quando o poço parou de funcionar, desapareceu”, esclarece Roberto Wagner. Mas o secretário de Obras de Poço Verde, Adauto Justino de Santana, assumiu o compromisso de a prefeitura municipal repor o reservatório em no máximo 15 dias, reconhecendo nos esforços da Cohidro, um grande apoio ao problema da falta de chuvas na região.

“Sabemos que podemos contar com a Empresa, como também a Empresa pode contar com toda a nossa estrutura. O que precisar, pode saber que estamos aqui de braços abertos para Cohidro. No nosso Sertão, que está passando essas necessidades, onde o sertanejo está sofrendo com a falta de água não só para o consumo humano, mas também para o consumo animal, sempre pudemos contar com o apoio da Cohidro em todas as épocas”, comentou o secretário de Obras de Poço Verde.

O agricultor Josimar dos Santos Santana toca a lavoura de milho e feijão, além da pequena criação de cabras, junto dos seus pais, no povoado Cacimba Nova. Ele conta que os poços são essenciais para complementar a carência hídrica na localidade, embora a maioria das casas possuam cisternas. “A água acumulada pela chuva nas cisternas, se for usada só para beber, não dura mais do que três meses, em uma casa com cinco pessoas. No resto do ano dependemos do caminhão pipa. Mesmo assim, a água para uso na casa e para os animais, é do poço que tiramos”, revelou.

Mãe de Josimar, Maria Martins, pastoreia as cabras que a família possui, em busca de alimento meio ao solo ainda seco pela pouca chuva, que agora começa a cair, ainda tímida, na localidade. “O poço vem nos ajudar muito, para ter água pros animais. Antes estávamos pagando R$ 4 por uma caixa d’água de mil litros, buscada em uma fazenda que tem um poço particular” comenta a agricultora. Roberto Wagner garantiu que os outros dois poços, perfurados pela Cohidro em Cacimba Nova e que também carecem de reforma, serão recuperados com recursos próprios da Empresa.

“Mais outro poço será reformado no povoado Pinhão e faremos o conserto do dessalinizador do poço do povoado Saco da Camisa, serviços realizados também com recursos próprios da Companhia. Ainda há outros dois poços no município, nos assentamentos Lagoa do Mandacaru e Cova da Índia, que serão recuperados pelo convênio com a Petrobrás”, adiantou o chefe da Dipoços, informando que serão recuperados pela Cohidro 16 poços em todo Estado por meio de convênio firmado com a Petrobras, que disponibilizou R$ 402.111,38 para viabilização deste projeto.

Esses poços em Cacimba Nova foram fundamentais para diminuir o efeito da seca, até 2012, quando houve a quebra da bomba elétrica do último em funcionamento, como revela o agricultor Adilson Alves de Souza. “Sorte nossa foi esse poço, que manteve a população durante todo este último verão. Eram mais de 50 famílias que dependiam dele”, revelou, lamentando que embora a Defesa Civil e o Exército forneçam água por meio de caminhões pipa, esta fica destinada às necessidades humanas básicas. Para higiene pessoal, limpeza nas casas e a dessedentação animal, é fundamental a complementação feita pelos poços da Cohidro.

Hoje, a baixa vazão desses três poços, perfurados há 20 anos, além da leve salinidade apresentada na água, impede que eles saciem todas as necessidades do povoado Cacimba Nova. Mas para o presidente da Cohidro, Mardoqueu Bodano, todo empenho que amenize o sofrimento do homem do campo, causado pela seca, deve ser feito. “Se é viável a recuperação desses poços comunitários, devemos fazer e se for necessário, buscar parceiros, como neste convênio com a Petrobrás. É preciso aproveitar esta estrutura existente, até porque temos uma lista de espera, para perfuração de novos poços, acima de 700 requisições também emergenciais”, concluiu.

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