Governo do Estado viabiliza comercialização da goiaba
O Governo de Sergipe, através da Secretaria de Estado da Agricultura e do Desenvolvimento Agrário e do Departamento de Recursos Hídricos de Sergipe (Dehidro), viabilizou a comercialização da produção de goiaba no perímetro Califórnia, em Canindé do São Francisco. A incerteza e preocupação em que viviam os agricultores ficou para trás e, agora, eles festejam o sucesso da venda da safra e a abertura de bons negócios para as futuras colheitas. Na última semana, mais de dez toneladas de goiaba foram compradas e entregues à Empresa Agrícola Alagoana Fazendas Amarelas, que vai utilizar o fruto na fabricação de doce e polpa. O negócio garantirá aos agricultores cerca de R$ 20 mil mensais até o fim do ano, com a comercialização de aproximadamente 300 toneladas da fruta.
Os produtores de goiaba de Canindé foram incentivados pelo governo anterior a cultivar aproximadamente 200 hectares de goiaba sob a promessa de que a produção seria comprada para a fabricação de guatchup, um ketchup de goiaba. Tratava-se de uma parceria com a Associação Brasileira dos Produtores de Goiaba (Goiabras), que iria instalar um pólo em Canindé, mas isso nunca aconteceu.
"Os agricultores estavam numa situação de desespero, pois haviam investido em um cultivo permanente, com altos custos, sem perspectiva de comercialização, porque o pólo de produção prometido não foi instalado. Além disso, eles não tinham nenhuma noção de como iriam fazer para comercializar os frutos", explicou o diretor técnico do Dehidro, Bernardo Lima. Quase 80 agricultores fizeram financiamentos no Banese, no valor total de R$1.115,669. O dinheiro foi investido em insumos, mudas, implantação da cultura e equipamentos de irrigação para 134 hectares.
Assessoramento
Diante da situação, o secretário de Estado da Agricultura, Paulo Viana, determinou ao Dehidro que buscasse meios de viabilizar a comercialização da safra. A área em que a fruta está sendo colhida atualmente correspondente a 63 hectares. Técnicos do órgão foram acionados para identificar agroindústrias em diversas partes do Nordeste interessadas na compra da goiaba.
"Além de identificar compradores, o Dehidro prestou assessoramento nas negociações", acrescentou o diretor Bernardo Lima. "Os agricultores estavam desiludidos. O Dehidro conseguiu contornar a situação e os produtores estão esperançosos diante da seriedade que o atual governo tratou a questão", disse o diretor-presidente da Dehidro, Vander Costa.
Através da ação do Governo de Sergipe, os produtores de goiaba conseguiram um valor em torno de 30% maior que o esperado pela goiaba. "Os agricultores de Canindé conseguiram uma comercialização com preços muito acima do que eles esperavam e há, inclusive, uma concorrência de compradores. Isso mostra a importância e a necessidade de apoio na comercialização", disse Bernardo Lima, ao ressaltar a colaboração da prefeitura de Canindé, que viabilizou o transporte para o escoamento da produção de goiaba.
Para o secretário de Agricultura, Paulo Viana, esses resultados refletem a responsabilidade e preocupação do Governo do Estado com os agricultores. "Os produtores que plantaram goiaba assumiram um compromisso, contraíram empréstimos, adquiriram insumos e acabaram na condição de devedores. É inadmissível induzir o plantio de uma cultura sem um pacto sério com empresários que firmem contratos de preços, pois, caso contrário, a produção fica comprometida".
Produtividade o ano todo
Os estudos de comercialização feitos pelo Dehidro indicaram que a produção da goiaba no perímetro Califórnia, como planejada no governo anterior, iria coincidir com os períodos em que os preços do produto são mais baixos. No entanto, o Dehidro identificou que é possível, através de algumas técnicas, alterar o período produtivo das plantas para que elas frutifiquem no primeiro semestre do ano, quando os preços são mais altos. Outra boa notícia é que o Banese está refinanciando o empréstimo contraído pelos agricultores de Canindé para o cultivo da goiaba.
De acordo com o diretor técnico do Dehidro, Bernardo Lima, o objetivo é que, a partir da experiência dos produtores de goiaba de Canindé, haja uma reestruturação nos perímetros irrigados do Estado, com a introdução de produtos de maior capacidade de geração de renda. "A filosofia era fazer a obra e não se cuidava da manutenção. Agora, estamos procurando vincular bons negócios aos perímetros, para que eles tenham sustentabilidade e para que o Governo do Estado possa investir na recuperação das áreas".
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