Governo do Estado estimula organização social de mulheres

A secretária de Estado da Inclusão, Assistência e do Desenvolvimento Social (Seides), Eliane Aquino, participou nesta quarta-feira, 15, do 1º Encontro de Mulheres de Sergipe, promovido pela Secretaria Especial de Políticas para as Mulheres (SEPM). O evento, que aconteceu no auditório do Sindicato dos Bancários, contou com a participação lideranças femininas e representantes de movimentos de mulheres de Sergipe.

De acordo com Maria Teles, secretária de SEPM, o objetivo principal do encontro é fortalecer os movimentos de mulheres e auxiliar na formalização desses grupos produtivos. Além disso, o encontro discute a construção do Conselho do Direito da Mulher e comemora os avanços da Lei Maria da Penha, uma vez que, a partir de agora, o agressor não vai saber de onde surgiu a denúncia.

“Além das várias discussões dos mais variados temas iremos definir quais as ações que o Estado vai realizar no dia 8 de março para mostrar às próprias mulheres e sociedade civil as conquistas alcançadas e garantir a luta por novos direitos”, ressaltou Maria Teles.

Durante a solenidade a secretária de Estado da Inclusão Social, Eliane Aquino, destacou que 65% das mulheres de Sergipe são chefes de família, que não podem viver na dependência de ações emergenciais como a entrega de cestas de alimentos, nem vinculadas permanentemente aos programas sociais do poder público.

“Ou a gente quebra o assistencialismo ou não conseguiremos erradicar a extrema pobreza no nosso país”, frisou Eliane, ao informar que recebeu esta semana um comunicado do Tribunal de Contas da União (TCU) sobre possibilidade de os governos não terem autorização para destinar recursos a entidades da sociedade civil. “Se isso realmente acontecer, teremos grandes dificuldades porque ninguém trabalha sozinho”, colocou Eliane.

Rosângela Alves, coordenadora de Políticas para as Mulheres, do município de Carmópolis, avaliou a iniciativa da SEPM positiva. “Sergipe possui 24 coordenadorias voltadas aos problemas das mulheres e alguns municípios aderiram à luta. Espero que até o final do ano todas as cidades tenham suas coordenadorias. A mulher do interior precisa muito desse trabalho”.

Programação

A programação do encontro teve inicio às 8h com o credenciamento das participantes e, em seguida, a abertura oficial do evento, que também contou com a palestra da professora Sônia Oliveira, mestranda em Políticas Sociais (UNICSUL/SP) e membro da sociedade de Estudos Étnicos, Políticos, Sociais e Culturais OMOLAOIYÉ.

Ainda pela manhã as participantes se dividiram em quatro grupos para discutir os temas: Fortalecimento dos Fóruns de Mulheres; Enfrentamento de todas as formas de violência contra mulher; Autonomia econômica/fortalecimento dos grupos produtivos de mulheres, e Saúde da Mulher.