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Na quarta-feira, 24, o governo de Sergipe, através da Secretaria de Estado da Agricultura e do Desenvolvimento Rural (Seagri), coordenou em Campo do Brito, o seminário de ‘Repovoamento da Cultura da Mandioca no Estado de Sergipe’. Na oportunidade o Secretário apresentou proposta para a racionalização da cultura da mandioca, com a utilização de mudas/manivas isentas de pragas e doenças, assim como enfatizou a necessidade de implementação de uma política de propagação da cultura com núcleos em cada município produtor, inserindo-se nesse contexto, a criação em cada unidade municipal de um Banco de Sementes/Mudas. O evento foi realizado em parceria com a Secretaria de Estado de Inclusão e Desenvolvimento Social, com a Cooperativa dos Produtores de Farinha de Mandioca do Município de Campo do Brito (Coofama), Serviço Brasileiro de Apoio às micro e Pequenas Empresas (Sebrae), Instituto G. Barbosa, Banco do Brasil, Emdagro e Embrapa.

José Sobral parabenizou o trabalho da cooperativa e dos cooperados pela gestão séria e produtiva, cujo exemplo deve servir de testemunho para que outros produtores também criem suas cooperativas, e assim, facilitem o acesso às políticas públicas oficiais, como também em razão da necessidade de uma maior interação, para que, assim, possam se tornar receptores em potencial de cursos de capacitação e treinamentos que resultem em ampliar, cada vez mais, os conhecimentos de todos. O propósito é fazer com que, as cooperativas ou associações possam crescer e produzir cada vez mais, com estrutura que possibilite uma integração de toda a cadeia produtiva.

O secretário falou também sobre o encontro de governadores e secretários do Nordeste com ministros, sob a orientação da presidente Dilma Roussef, visando tornar possível um mapeamento dos problemas da região, em razão da prolongada estiagem, como também, sobre propostas de solução no sentido de que ações possam ser implementadas de forma que possibilite uma vida digna, apesar dos problemas trazidos pela seca. 

“Mostramos os prejuízos que Sergipe vem tendo com a seca na agricultura e na pecuária, da mesma forma que foi analisada a capacidade do produtor também fazer a sua parte, ouvindo os órgãos de assistência técnica para a adoção de ações que venham minorar os problemas, incluindo a produção de alimento. Além dessas medidas, o governo prometeu promover auxílio para que os produtores possam melhorar a produtividade das áreas plantadas, incluindo as que fazem parte dos municípios produtores de mandioca, e no caso de Sergipe, com a disponibilização de sementes/manivas produzidas pela Embrapa em combinação com a Emdagro, com características que garantem maior resistência à seca, além de adaptadas às característica do solo. À Coofama caberá identificar os produtores que tenham condições de propagar o material vegetativo e encaminhar os seus nomes à Secretaria de Estado da Inclusão Social, que procederá a distribuição. “ 

O secretário destacou ainda, o trabalho, a nível familiar, presenciado no município, a exemplo da unidade habitacional de José Martins, uma casa de farinha, onde o proprietário trabalha com a família, que processa uma quantidade razoável de mandioca por dia, aliada à sua área de plantio, um curral e um cercado para engorda em plena época de seca, cujos animais recebem suplementação alimentar composto de subprodutos da mandioca, um exemplo que revela a vontade de produzir e crescer agregando valores, além de participar da Coofama, como cooperado.

José Sobral ressaltou a visita às unidades da Coofama: centro de Derivados e embalagem e sede da cooperativa, mostrando o grau de desenvolvimento da cooperativa e o quanto ainda pode crescer. O pedido feito pela Coofama, sobre a redução do ICMS para a farinha, segundo José Sobral, será encaminhado ao setor competente para análise e posterior comunicado aos cooperados.

O prefeito municipal, Alexsandro Menezes, deu as boas vindas aos presentes e agradeceu a todos por participarem de evento sobre a mandioca. Agradeceu ao secretário José Macedo Sobral e diretores da Emdagro e Cohidro, assim como a todos os parceiros que têm se somado ao trabalho da cooperativa e, por conseguinte, estão participando do processo de desenvolvimento do município.

Reconhecimento e colaboração

O presidente da Coofama, Carlos Palma agradeceu a presença de todos, cooperados, técnicos, ao secretário José Sobral e todos os parceiros que têm integrado o processo de crescimento da cooperativa. Ele dirigiu-se especialmente a José Sobral, agradecendo pelo apoio, arrematando que pela primeira vez, um secretário de Estado da Agricultura visita aquela cooperativa, um motivo de alegria e possibilidade de se inteirar de algumas políticas oficiais que possam ajudar à cooperativa.

Carlos Palma apontou a seca prolongada como o impedimento maior à cultura da mandioca no município de Campo do Brito, onde cerca de 5 mil pessoas dependem da cultura da mandioca para sobreviver, representando o suporte para as aproximadamente 800 casas de farinha existentes no município

Já Fábio Oliveira, do Instituto G. Barbosa, apresentou um documentário do trabalho dos agricultores de Campo do Brito ligados à Coofama, relatando, após amostragem, que aquela empresa adquire o material produzido pela cooperativa em razão da qualidade, como também da organicidade da unidade de cooperativismo que atende aos requisitos de fornecimento, qualidade, cumprimento de metas, o que torna a Coofama um referencial de negócios na produção agrícola de Sergipe.

A superintendente do Banco do Brasil, Lúcia Helena Cruz, falou sobre a participação do banco no processo de desenvolvimento do meio rural, sempre com variadas linhas de atendimento, incluindo nos casos de associações e cooperativas, a participação da fundação Banco do Brasil com a disponibilização de condições a fundo perdido, o que tem sido uma oportunidade do produtor auferir melhores e maiores condições que tornam o comércio algo mais rentável e lucrativo.

Além dos cooperados e dirigentes da Cooperativa Coofama, estiveram presentes também, diretores da Cohidro, da Emdagro, representantes do Sebrae, do Instituto G.Barbosa, além de assessores da Seagri.

Pesquisa

A pesquisadora, Neusa R. Stahschimidt Lima, da Embrapa em Sergipe, fez uma apresentação documental sobre “Produção de Material Vegetativo de Mandioca”, promovendo na sua fala todo o roteiro da cultura, meios de propagação, condicionante para o sucesso da planta e consequentemente da mandiocultura, cuidados na aquisição das manivas,ciclo da coleta das manivas, como escolhe-las, e como cortá-las convenientemente. 

Ressaltou ainda, as condições de armazenagem das manivas, optando por locais arejados e o mais próximo possível dos locais aonde serão plantadas, destacando particularmente que, para garantir a obtenção de material propagativo deve-se utilizar manivas -sementes de qualidade com 20 centímetros de cumprimento, proceder a análise e correção do solo e proceder aos tratos culturais e fitossanitários necessários. 

Foram mostradas áreas de plantio de mandioca em Sergipe, como também de localidades aonde foram disseminadas cultivares em experimentações variadas. As variedades Kiriris e Aramaris utilizada em Sergipe, mereceu destaque por ter sido desenvolvida pela Embrapa a pedido do governo de Sergipe, pela resistência à podridão radicular. Paralelamente foram fornecidas instruções sobre áreas de plantio levando-se em consideração a necessidade de precipitações pluviométricas superiores a 500 mm anuais, com distribuição e temperaturas a serem observadas.

 

 

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