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Domingo, 7, comemorou-se o Dia Mundial da Saúde. Com a proximidade da data, eleva-se a necessidade de discutir sobre as doenças que atingem a população, em especial às Doenças Sexualmente Transmissíveis (DSTs), que vem apresentando altos índices na sociedade. A Sífilis, por sua vez, é uma das preocupações. Como forma de contabilizar o aumento de casos, o Ministério da Saúde (MS) tem promovido campanhas em todo o país, intensificado as estratégias de combate.

Em Sergipe, a ação é reforçada pela Secretaria Estadual da Saúde (SES) e a campanha deste ano tem como tema “Elimine a Sífilis”. Além de esclarecer sobre a campanha nacional, prevenção, diagnóstico e tratamento da doença, o gerente do Programa Estadual de DST/AIDS, Almir Santana, fala sobre as estratégias que têm sido abordadas pelos governos Federal e Estadual e o número de casos no país.

ASCOM SES: Como a campanha deste ano está sendo reforçada em Sergipe?

Almir Santana – A mobilização iniciou segunda feira, 01, no município de Lagarto. Além dele, outros 31 municípios aderiram à campanha e estão  promovendo ações de prevenção e promoção à saúde. As prefeituras intensificaram a disponibilização do teste rápido para a sífilis e o HIV nas Unidades Básica de Saúde (USB). Além disso, a nossa unidade móvel “Fique Sabendo” estacionou em alguns municípios para reforçar o teste rápido, o que tem atraído bastante a população. Também focamos a campanha com os caminhoneiros e, por isso, fizemos uma ação na BR- 101 com a parceria da prefeitura de Cristinápolis e da Polícia Rodoviária Federal (PRF).

ASCOM SES: O que é a sífilis, como ela é transmitida e  como pode ser evitada?

AS – A sífilis é uma doença causada por uma bactéria denominada Treponema Pallidum. Inicialmente, pode provocar feridas (cancro duro) não dolorosas nos órgãos sexuais (pênis, vagina, ânus). Em muitos casos, elas passam despercebidas.  Quando não é tratada adequadamente, a doença pode comprometer múltiplos órgãos como pele, olhos, ossos, o sistema cardiovascular e o sistema nervoso. Outro agravante da doença é que pode ser transmitida da mãe para o bebê durante a gestação. Esses casos são chamados de Sífilis Congênita, mas podem ser evitados com o tratamento adequado da gestante e do seu parceiro. É importante ressaltar que nem sempre a pessoas apresentam sinais e sintomas dessa doença, que é transmitida, principalmente, por meio de relações sexuais. Por isso, é imprescindível o uso do preservativo, tanto o masculino quanto o feminino. Esses são os métodos mais eficazes para evitar a transmissão.

ASCOM SES: Quantos casos já foram diagnosticados no país? E em Sergipe?

AS – No Brasil são diagnosticados 7.200 casos de sífilis em gestantes por ano. Esse número representa o equivalente a cinco casos a cada mil nascidos vivos. Entre os anos de 2005 e 2011, o país possuía 57.700 casos acumulados, como informa os dados preliminares do Ministério da Saúde até junho de 2012.  No caso da sífilis congênita, nosso país registra uma média de 5.400 casos por ano. Esse dado é o equivalente a 3,3 casos para cada mil nascidos vivos.  Em Sergipe, os números também são bastante expressivos. Em 2012, o estado notificou 340 gestantes com a doença. No primeiro trimestre de 2013, 38 novos casos foram registrados. No caso da sífilis congênita, foram diagnosticados 377 casos em 2012 e, em 2013, outros 43 novos. Com esses dados, Sergipe registra uma média de 9,7 novos casos para cada mil nascidos vivos.

ASCOM SES: Qual é a maior preocupação do Governo no combate à doença?

AS – Apesar de existirem medidas de prevenção eficazes, como os preservativos, e opções de tratamento eficazes e relativamente baratas, a sífilis continua a ser um problema mundial, com cerca de 12 milhões o número de pessoas infectadas todos os anos. No Brasil e, consequentemente em Sergipe, a maior preocupação é para conter o avanço da doença, sobretudo a da sífilis congênita que acontece, principalmente, quando a mulher não faz o pré-natal correto.

ASCOM SES: Quais ações têm sido executadas como forma de conter a expansão da doença?

AS – A SES vem promovendo, desde 2010, momentos de atualização dos profissionais de saúde. Além disso, as  equipes estão supervisionando, apoiando e monitorando as ações dos municípios e os novos casos da doença. A Secretaria de Estado da Saúde também tem realizado ações educativas e de orientação para a população, se preocupando também em promover ações nas empresas para destacar a importância da participação masculina no pré-natal.

ASCOM SES: Qual assistência que o Sistema Único de Saúde (SUS) oferece à população?

AS – O diagnóstico e tratamento da sífilis estão disponíveis na rede pública. A maioria dos municípios sergipanos já disponibiliza o teste rápido para a sífilis. Além disso, incentivamos a promoção de ações educativas nas unidades básicas de saúde e novas ações estão sendo implantadas para melhoria do pré-natal, como está acontecendo no Programa Rede Cegonha.

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