Fórum Estadual de Micro e Pequenas Empresas reúne-se para debater compras governamentais

Com a finalidade de discutir propostas para soluções de problemas das microempresas e empresas de pequeno porte, o Fórum Estadual de Micro e Pequenas Empresas reuniu-se na manhã desta quinta-feira, 13, no auditório da Junta Comercial do Estado de Sergipe (Jucese). O debate focou o cenário atual das compras governamentais de Sergipe e a participação nelas das Micro e Pequenas Empresas (MPE).

“O fórum é importante para as empresas de pequeno porte que, através das suas entidades de representação, buscam soluções para os problemas que afetam os seus negócios. No caso de compras, há a necessidade de capacitação contínua de empresários”, disse o técnico da Secretaria de Estado do Desenvolvimento Econômico e da Ciência e Tecnologia (Sedetec), Márcio Monteiro, que também ressaltou a necessidade de padronização e simplificação dos processos de compra como essenciais no propósito de aumento da participação das MPEs no volume de recursos disponibilizados pelo governo, via ComprasNet.  “Por outro lado merece destaque as ações no sentido do crescimento da formalização das empresas fornecedoras no Estado, o fomento à inovação tecnológica e a melhoria de qualidade e produtividade das empresas sergipanas, através de entidades parceiras do fórum”, acrescentou.

Outro momento de destaque do fórum foi a declaração do superintendente do ComprasNet, Aristides Ferreira. “Este encontro serviu para examinarmos e apresentarmos os resultados das licitações conduzidas em 2011, destacando o aumento da participação do montante das empresas sergipanas, visando o modelo de compras centralizado da Secretaria de Estado do Planejamento, Orçamento e Gestão (Seplag). O Estado está buscando institucionalizar o programa de compras governamentais e incentivos às MPEs”, observou Aristides, informando que já estão cadastradas 892 MPEs, sendo 719 microempresas e 173 empresas de pequeno porte, dados obtidos por meio do cadastro no portal eletrônico ComprasNet de Sergipe.

Crescimento

Entre 2005 e 2011 esses dados mostram um crescimento de MPEs nas compras governamentais. “Mas ainda assim é preciso um maior esforço das entidades no sentido de mobilização dos empresários para que o índice de compras em Sergipe cresça ainda mais em quantidade e participação no volume de recursos disponibilizados nas licitações do Governo do Estado”, observou o superintendente.

Dentre os pontos essenciais para que uma maior participação das MPEs aconteça, destacam-se a informatização, a padronização e a simplificação dos processos de compras públicas no Estado; a utilização do pregão eletrônico, acima de 90%; maior planejamento e programação das compras governamentais; capacitação continuada de empresários e multiplicadores; ampliação do Sistema de Gestão de Atas e Registro de Preços; consolidação do Banco de Preços de Sergipe e o fortalecimento da linha Credi Compras Banese. “O crescimento no número de empresas locais nos certames demonstra a qualidade do trabalho empreendido pela Superintendência Geral de Compras Centralizadas”, ressaltou Aristides Ferreira.

Os segmentos de atividades das MPEs em Sergipe vão desde armarinho, passando por comércios variados, laboratórios, gráficas, lavanderia, agência de  viagem, restaurante, transporte de carga, manutenção em aparelhos, serviço de lavagem de veículos, atividades paisagísticas e até construção de edifícios, dentre outros.

“As MPEs movimentam a economia sergipana e por isso tem sua relevância direta no desenvolvimento econômico. As reuniões promovidas pelo fórum nos oferecem a oportunidade de pautar e debater ações que visem facilitar o dia-a-dia dos empresários das microempresas”, relacionou Márcio Monteiro, avaliando também a evolução da política de compras do Estado e a elevação substancial da participação das MPEs no volume total, via pregão eletrônico, entre 2007 e 2010. “O Comitê se prontificou em contribuir na capacitação de empresários dos municípios do interior através da mobilização das Câmeras de Dirigentes Lojistas (CDL) e Associações Comerciais, aos moldes do formato praticado no município de Estância, que oferece o treinamento no seu portfólio de serviços e atinge exclusivamente o público-alvo, tornando a ação constante e liberando as demais instituições dos compromissos pontuais de treinamento de turmas.”, finalizou o técnico da Sedetec.