Fórum de debates esquenta preparativos para Conferência Municipal da Criança e do Adolescente
Os debates foram bastante interativos e os jovens se mostraram bem informados sobre as políticas públicas de assistência social e os direitos da criança e do adolescente estabelecidos pelo Estatuto da Criança e do Adolescente (ECA). Ao todo, são 26 instituições conveniadas à prefeitura e todas foram representadas nos debates. Também compareceram ao Fórum, jovens que estão em fase de recuperação no Centro de Atendimento ao Menor (Cenam) e ainda integrantes do Programa Viver Legal, criado pela Semasc para atender adolescentes em conflito com a lei e que cumprem medidas sócio-educativas em regime aberto.
Lídia Rego, coordenadora do Fórum Estadual da Criança e do Adolescente, falou dos objetivos e da importância do evento. “Nosso principal objetivo é justamente preparar estes jovens para participarem da Conferência. Lá, eles terão voz ativa e direito a votar nas propostas”, explica a coordenadora. “O tema da Conferência Municipal é ‘Concretizar direitos humanos da criança e adolescente: investimento obrigatório’, e contará com a participação desses jovens, quebrando o tabu da sociedade, que acredita que o adolescente não tem capacidade de opinar ou discutir políticas”, completa Lídia.
Os adolescentes ficaram entusiasmados com a participação. Joleel Sâmaro Pereira dos Reis, 18, participante da ONG Associação de Moradores da Nova Brasília (Amanb), falou sobre a importância de participar do fórum e da conferência. “Aqui a gente pode mostrar nossa opinião e levar não só no discurso, mas também para ser colocada em execução”, observou o jovem. “Nós ainda temos uma deficiência muito grande. Os jovens precisam de oportunidades e ninguém melhor que eles mesmos para falarem dessa necessidade, sem contar que aqui os jovens mais tímidos são incentivados pelos mais ativos a também expor seus ideais”, comentou o jovem, muito entusiasmado.
Adilson Camilo dos Santos, 15, participante do Programa de Erradicação do Trabalho Infantil (Peti), também salientou a importância dos debates. “É valiosa nossa participação. Uma oportunidade de partilhar sobre os nossos direitos e fazer valer o Estatuto da Criança e do Adolescente”, comentou.
O jovem D.S.R., 20, que cumpre medida sócio-educativa no Cenam, vislumbra um futuro melhor. “Eu penso na prevenção. É ela que fará com que outros jovens não venham a cometer os delitos que um dia eu cometi. Se eu conseguir contribuir com essa mudança, conseguirei esquecer os meus erros e amenizará a minha culpa”, ressaltou. Cláudia Raiane Santos Silva, 16 anos, falou sobre a satisfação de participar do debate. “Eu me sinto muito feliz em participar deste debate. Isso faz com que eu me sinta cidadã e contribuindo para a sociedade”, explicou a jovem.[/vc_column_text][/vc_column] [vc_column width=”1/3″][vc_column_text] [/vc_column_text][/vc_column][/vc_row]