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Na última sexta-feira, dia 1º, ocorreu a sessão premiére do Filme “O Senhor do Labirinto”, durante a realização do Festival de Cinema do Rio 2010. A película, sob direção de Geraldo Motta, com co-direção de Gisella Mello, ressalta a vida e obra do sergipano Arthur Bispo do Rosário, interpretado pelo ator Flávio Bauraqui. A produção cinematográfica teve o apoio do Governo do Estado, através do Banco do Estado de Sergipe (Banese). O filme foi gravado quase que 90% em solo sergipano. Durante sua estreia, aproximadamente 600 pessoas lotaram a sala de cinema.

Entre os representantes de Sergipe, que foram convidados pela produtora Tibet Filmes, realizadora da produção do longa, e que fizeram questão de comparecer à estreia, estavam a primeira-dama do Estado, Eliane Aquino, a secretária de Estado da Cultura, Eloísa Galdino, o superintendente do Instituto Banese, José Edson Pereira de Lima, o diretor de Projetos, Ézio Christian Déda de Araújo, o diretor de arte Sergio Silveira, e os atores Odilon Esteves, Diane Veloso e Andrea Villela.

A secretária de Estado da Cultura, Eloísa Galdino, afirma que ficou muito feliz em receber a notícia da exibição do filme na Première Brasil e ressaltou a importância de ter um filme que retrata a vida de um sergipano, e que foi produzido em Sergipe, sendo exibido mundialmente. “Nós, sergipanos, temos que nos orgulhar mais do que nunca de ter produzido este filme, que retrata a vida do grande artista que foi Arthur Bispo do Rosário. Fico muito feliz por sua participação em um festival tão importante e espero que outros filmes rodados em Sergipe tracem o mesmo caminho, e façam tanto sucesso como este. Esta é uma das metas do Governo de Sergipe, investir no audiovisual, aprimorando a técnica dos nossos atores e de toda a produção que trabalha em uma produção como esta”, completou.

De acordo com o superintendente do Instituto Banese, José Edson Pereira Lima, a premiére teve uma ótima recepção do público carioca que aplaudiu de forma efusiva o resultado da produção cinematográfica. “O filme retrata a vida e obra de uma importante personalidade sergipana que era desconhecida por muitos. O trabalho de produção do filme mobilizou uma importante estrutura local para elaboração das réplicas da obra de Arthur Bispo, divulgando seu trabalho também para os sergipanos. O resultado do filme é muito satisfatório para o Banese que tem investido na cultura sergipana de forma bastante significativa”, concluiu.

Para a representante da Tibet Filmes, Thais Mello, o apoio do Governo do Estado foi de fundamental importância para a realização do filme e o retorno do público carioca foi extremamente positivo e surpreendeu toda a produção. “O Governo do Estado de Sergipe foi fundamental para a realização do filme, atuando junto ao empresariado sergipano e mostrando como é importante investir em nossos valores culturais. A receptividade no Rio foi maravilhosa. Ouvimos vários comentários positivos de pessoas que assistiram ao filme não apenas na sessão do dia 1º, mas também nas sessões abertas ao público pagante, que aconteceram nos dias 2 e 3/10. As pessoas se emocionaram com a atuação dos atores Flávio Bauraqui e Irandhir Santos e com a história de Arthur Bispo do Rosário”, disse.

O crítico de cinema, Luiz Carlos Merten, afirmou em crônica publicada no Jornal O Estado de São Paulo, que achou o filme ‘O senhor do Labirinto’ impressionante, e que para ele a Première Brasil deste ano resume-se a dois filmes: ‘Luz nas Trevas’ e ‘O Senhor do Labirinto’. “Havia visto o filme de Geraldo Motta numa cópia de trabalho. Ontem, na cópia definitiva, com a trilha de Egberto Gismonti, percebi que não é só uma experiência sensorial. Com aquela fotografia de Kátia Coelho, a cenografia e a direção de arte ajudam a recriar na tela o mundo particular de Artur Bispo do Brasil. Tudo isso é muito bom, mas Ronaldo não teria chegado lá sem a interpretação visceral do Flávio Bauraqui”, citou.

Festival do Rio

Considerado o maior evento audiovisual da América Latina, o Festival do Rio, que acontece anualmente na cidade do Rio de Janeiro, esta sendo realizado desde o dia 24 de setembro, e segue até o dia 8 de outubro, abrangendo salas de cinema por todos os cantos da cidade. Ao longo do evento, a Première Brasil apresenta ao público e ao mercado internacional cerca de 60 filmes brasileiros inéditos, fazendo do evento a grande vitrine mundial da produção brasileira. Neste contexto, Sergipe comemora paralelamente a escolha do filme ‘O senhor do labirinto’, para ser exibido na Première. A passagem do longa, que conta a história do sergipano Arthur Bispo do Rosário, ocorreu nos dias 1º, 2 e 3 de outubro no Cinema Odéon Petrobras.

Segundo informações da Tibet Filmes, empresa produtora oficial do filme ‘O Senhor do Labirinto’, já existe o contato com possíveis distribuidores no intuito de lançar a película no circuito comercial no primeiro semestre de 2011, quando seria então realizada uma sessão especial em Aracaju.

Arthur Bispo do Rosário

Nascido no município sergipano de Japaratuba, Bispo do Rosário mudou-se para o Rio de Janeiro em 1925, onde trabalhou na Marinha Brasileira. Em 1938, após um delírio, apresentou-se a um mosteiro que o encaminhou para o Hospital dos Alienados na Praia Vermelha. Diagnosticado como esquizofrênico-paranóico, foi internado na Colônia Juliano Moreira, no bairro de Jacarepaguá, no Rio de Janeiro.

Entre 1940 e 1960, alternou os momentos no hospício e em alguns ofícios em residências cariocas. Na década de 1960, iniciou seus trabalhos, criando miniaturas, como de navios de guerra ou automóveis, e vários bordados, todos com materiais rudimentares. Bispo do Rosário criou por volta de 1.000 peças com objetos como roupas e lençóis bordados, e teve seu trabalho reconhecido não só no Brasil, mas em diversos países do mundo, como a França e Portugal, após a sua morte.

Por ser um artista além do seu tempo, as obras de Bispo do Rosário merecem destaque em exposições, assim como também em livros, como a obra de Luciana Hidalgo, e o longa-metragem dirigido por Geraldo Motta, que presta essa belíssima homenagem póstuma, a este que foi um dos grandes e peculiares ícones das artes visuais sergipanas, e do país.

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